Genealogia sem segredos
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os hospitais, os seus arquivos, e a genealogia

12/7/2021

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Livros do Hospital dos Clérigos (foto de Francisco Queiroz)


Para quem se dedica a fazer Genealogia – profissional ou não – os registos de baptismo, casamento e óbito constituem a base fundamental das suas pesquisas: fundamental, sim, mas não exclusiva. Como temos vindo a referir em outros textos do nosso blogue (caso deste), existem fontes alternativas que podem ser complemento valioso – e até essencial, não só por darem informações que não existem nos registos paroquiais, mas também, no limite, por serem as únicas disponíveis quando estes registos já desapareceram. Entre as várias fontes alternativas possíveis, incluem-se os documentos produzidos em instituições assistenciais, caso dos hospitais.

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Viana do Castelo, fachada do chamado "hospital velho". Sobre a porta lê-se que foi fundado (e dotado de rendimentos para poder funcionar) por João Pais, o Velho, em 1468 (fotografia de Guilherme Bonfim Barreiros, 1932, Arquivo Histórico Municipal do Porto).
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Penafiel, Hospital da Misericórdia, instalado na cerca do extinto Convento dos Capuchos (postal antigo).


Se há uma condição que toca a todos nós, hoje como no passado, essa é a doença e – em última instância – a morte. Ora, nos nossos arquivos públicos existem livros de registo de internamentos em hospitais. Através destes livros podemos provar o internamento de determinada pessoa e a sua infausta morte em espaço hospitalar – o que geralmente não é sequer mencionado no respectivo registo paroquial de óbito, sobretudo tratando-se de óbitos anteriores a meados do século XIX.
Do mesmo modo como sucede nos registos paroquiais, os livros de registo de internamentos tendem a conter informação óbvia para a finalidade com que eram redigidos: nome do internado, data de entrada e data de saída (por convalescença ou por morte), variando a riqueza informativa adicional. Assim, para além da informação mais óbvia, nestes livros pode encontrar-se: naturalidade, morada, estado (se solteiro, casado ou em viuvez), nome do cônjuge, filiação, actividade profissional, e – por fim – informação sobre a enfermidade e/ou sobre a causa de morte – no caso de ter havido óbito.
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Interior de um hospital (gravura do século XIX).


Curiosamente, por vezes existem registos de reinternamento. Ou seja, podemos ter acesso a novas informações, e até a discrepâncias entre registos, obtendo assim mais dados complementares, bem como um olhar mais amplo sobre a passagem da pessoa em causa pela instituição hospitalar – que, frequentemente, localizava-se em sítio afastado da sua habitual área de residência.
De facto, sobre este último ponto, recuperamos uma frase escrita pelo célebre Ricardo Jorge em 1899 – ano em que ajudou a cidade do Porto a debelar um mortífero surto de peste bubónica:
 
"O obituário dos forasteiros que vêm morrer à cidade só pode determinar-se quando o óbito se dá no hospital".
          (JORGE, Ricardo – Demografia e higiene da cidade do Porto, Porto, 1899, p. 431)
 
Bacteriologista director do Posto de Saúde Municipal da cidade do Porto, Ricardo Jorge expressava assim as dificuldades que os médicos tinham para conhecer a morbilidade e a mortalidade das populações migrantes, que, embora fossem fundamentais para a economia, eram um «elemento de risco» enquanto potenciais propagadores de enfermidades, devido à sua mobilidade.
Pondo de parte as minudências relacionadas com a salubridade pública, o que importa aqui salientar é a riqueza informativa da documentação produzida em contexto hospitalar, que pode ser um complemento valioso para a pesquisa genealógica e dar-nos informação sobre a população estrangeira ou deslocada, informação essa que dificilmente se encontra em outras fontes.
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Termo de entrada de um pobre no Hospital da Divina Providência de Vila Real, em 1796.
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Detalhe de um livro de registo de entradas e saídas de doentes no Hospital da Divina Providência, em 1817 (Arquivo Distrital de Vila Real).


É forçoso notar que, até finais do século XIX, a assistência médica era geralmente prestada em casa do próprio doente, por médicos, e o apoio da família era fundamental, para prestar os cuidados prescritos pelo clínico e para tratar do aviamento de receitas nas boticas. Por conseguinte, os hospitais estavam vocacionados sobretudo para assistir todos os que não tinham esse suporte familiar, com os deslocados logo à cabeça – fossem peregrinos, almocreves, ou indivíduos que, por alguma outra qualquer razão, estavam longe do seu domicílio quando ficavam enfermos.
Como é óbvio, isto incluía também vários migrantes e militares, sobretudo quando não constituíam família nos locais para onde se deslocavam.
Quanto aos migrantes, tratando-se de uma população que se encontrava geralmente afastada do seu entorno familiar ou social, estava simultaneamente longe dos respectivos laços de entreajuda e / ou dos mecanismos de solidariedade familiar. Contando apenas com a sua força de trabalho, muitas vezes a troco de uma baixa remuneração, eram um grupo particularmente propenso a cair na pobreza extrema, em caso de doença mais grave ou por terem sido vítimas de um acidente de trabalho. Aí «entrava em cena» a Misericórdia local, que os acolhia no seu hospital – quase sempre o único existente, tratando-se de localidades mais pequenas.
Um exemplo muito comum nos livros de internamento dos hospitais são os registos de trabalhadores rurais vindos de Espanha, particularmente dos recorrentes «galegos», que se deslocavam muitas vezes em grupo para território português, percorrendo um itinerário definido pela sazonalidade dos calendários agrícolas regionais ou por empreitadas de obras de construção, por exemplo.
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Hospital de Santo António em meados do século XIX (fotografia de M. J. S. Ferreira, Biblioteca Nacional do Brasil). Tratava-se do segundo edifício hospitalar da Misericórdia do Porto (à qual ainda se encontra parcialmente ligado, apesar de, desde 1974, pertencer à rede hospitalar do Serviço Nacional de Saúde, como um dos hospitais gerais da cidade). O primitivo edifício hospitalar da Misericórdia ficava, desde o século XVI, no centro da cidade amuralhada, sendo conhecido como o Hospital de D. Lopo.
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Registo de um galego que "saiu com saúde" do Hospital da Divina Providência de Vila Real, em 1798 (Arquivo Distrital de Vila Real).


No caso dos militares, para eles havia em Portugal alguns hospitais específicos, embora tenham sido poucos e de criação relativamente tardia aqueles hospitais militares de carácter não temporário que fossem mais do que meras enfermarias associadas a quartéis: cingiam-se a cidades maiores, ou a «praças de guerra» (ou seja, a núcleos urbanos fortificados de fronteira). Até ao início do século XX, na maior parte dos casos os hospitais militares portugueses foram meras enfermarias improvisadas em certos edifícios, durante conflitos bélicos. Eram os chamados «hospitais de sangue». Os registos destes, se subsistiram, estarão no Arquivo Histórico Militar. Porém, há também registos de militares internados em hospitais de carácter civil, em épocas de conflito, o que se explica pelas seguintes razões principais:
- face à «aproximação» da guerra, as populações locais tendiam a fugir e eram os militares que se instalavam em grande número nas localidades palco do conflito;
- muitos militares necessitavam de auxílio médico devido a ferimentos, debilidade física e a doenças directa ou indirectamente associadas à actividade bélica (a sarna ou a sífilis, por exemplo).
Enquanto grupo também marcado pela forte mobilidade, os militares têm particular visibilidade nos registos hospitalares, com a particularidade de estes nos fornecerem informações sobre a proveniência, em vários casos bastante longínqua. Para o período da Guerra Civil de 1832 a 1834, por exemplo, encontram-se registos hospitalares vários de indivíduos naturais das ilhas dos Açores e da Madeira, para além de estrangeiros.
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Vários naturais da Ilha de São Miguel assinalados num registo hospitalar de entradas de doentes, durante o período da guerra civil entre miguelistas e liberais (Arquivo Distrital de Vila Real).
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Lista de militares britânicos que, em 1832, estiveram a curar-se no chamado "Hospital Reunido do Porto" (Arquivo Histórico Militar).


Mas voltemos aos hospitais ditos «civis», que até ao século XX estavam maioritariamente na esfera das Misericórdias, embora alguns funcionassem sob a tutela de outras irmandades e ordens terceiras (como ainda hoje sucede no Porto). Em outros tempos, em alturas de paz, a esmagadora maioria dos internados nestes hospitais eram, não só os já referidos deslocados, mas também – e em muito maior número – as pessoas de muito fracos recursos económicos, que não podiam pagar a assistência médica ao domicílio, ou os medicamentos. Por conseguinte, fora do âmbito militar, os hospitais do passado eram, sobretudo, um mundo de pobres e mendigos, aos quais, em caso de necessidade extrema ou doença, eram prestados cuidados de acordo com os preceitos das 14 Obras de Misericórdia (7 espirituais e 7 corporais).
Em suma, quem tinha dinheiro, chamava o "físico" (médico) a casa, comprava ou mandava comprar os remédios na botica e, sobretudo, podia assegurar a alimentação preceituada – pois, até finais do século XIX, a alimentação ocupava uma componente forte da terapêutica recomendada pelos médicos. Daí que o ter de dar entrada num hospital revestia-se de uma carga social pejorativa forte: de acordo com alguns estudiosos desta realidade, evitar o recurso ao hospital era mesmo quase uma questão de honra. A repugnância e a desqualificação social afastavam dos hospitais todos os que podiam suportar os custos médicos, nem que, para tal, tivessem de se socorrer das economias de parentes. Esporadicamente, davam entrada no hospital doentes com meios para pagar as despesas, pois algumas «pessoas em jornada» até tinham meios pecuniários. Outras excepções eram casos muito específicos e, portanto, só confirmavam a regra. Segue-se um exemplo.
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Um dos livros de despesas do Hospital da Irmandade dos Clérigos (Arquivo da Irmandade dos Clérigos do Porto).


Embora seja hoje reconhecido como um dos mais talentosos arquitectos que trabalhou em Portugal no século XVIII, Nicolau Nasoni era de condição económica suficientemente modesta para considerar tolerável a admissão ao hospital que a Irmandade dos Clérigos havia instituído no Porto para "clérigos pobres", prerrogativa que depois estendera a algumas pessoas seculares. É claro que o hospital desta irmandade, encaixado entre a igreja e a famosa torre, não era assim tão desconsiderado socialmente, pois, na época, não havia padres verdadeiramente pobres. Aliás, em outros tempos, para se ser sacerdote era condição essencial o ter alguns rendimentos de propriedades, ou então uma família abastada – o que, logo à partida, permitia pagar os estudos religiosos. Portanto, "clérigo pobre" era uma força de expressão que hoje dificilmente compreendemos: era ser um clérigo menos afortunado – por exemplo, sem amparo familiar no local onde vivia – embora não necessariamente desprovido, por completo, de meios pecuniários.
A existência de um hospital destinado a clérigos, no Porto setecentista, mostra bem como a realidade hospitalar em Portugal era então bem diferente do paradigma actual. No caso do hospital da Irmandade dos Clérigos, tratava-se mais de um lar de cuidados continuados para sacerdotes idosos, doentes e sem amparo familiar, do que propriamente de um hospital, segundo o conceito actual - muito mais abrangente em termos de utentes, mas também mais específico em termos de medicalização. Tal conceito começou a formar-se a partir da segunda metade do século XIX, especialmente com o desenvolvimento da ciência médica e da prática clínica. A evolução no planeamento da arquitectura hospitalar foi um dos aspectos que mereceu especial atenção, de forma a dar aos doentes condições de salubridade que estes não teriam facilmente em casa, ou seja, boas condições de ventilação e iluminação. Assim, o ir para o hospital, mesmo que perdendo-se o amparo familiar, começou a ser encarado como benéfico em termos médicos.
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Hospital de Leiria, vendo-se em primeiro plano o há muito desaparecido posto de desinfecção (postal antigo).


Por outro lado, há que ter em conta que, sobretudo a partir do século XIX, começam a surgir em Portugal hospitais especializados, onde o internamento não era feito devido a enfermidades graves que poderiam levar à morte. Referimo-nos, por exemplo, ao Hospital de Runa, para militares simultaneamente pobres e inválidos, ou aos hospitais psiquiátricos de Rilhafoles (em Lisboa, posterior Hospital Miguel Bombarda) e do Conde de Ferreira (no Porto). Nestes casos, os hospitais aproximavam-se do conceito de "asilo". Ainda assim, a documentação produzida é tão ou mais importante que a dos hospitais "gerais" das diversas localidades, que, como já dissemos, eram quase sempre geridos pelas Misericórdias.
Não podemos ainda esquecer os hospitais termais, como o das Caldas da Rainha - o mais antigo em Portugal. Estes confundem-se com os estabelecimentos termais e, não só tendiam a ter muito menor percentagem de registos de saída de internamento por morte, como os utentes não eram necessariamente os mais pobres dos pobres, ou os deslocados. Muito pelo contrário.
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Real Hospital dos Inválidos Militares, em Runa, fundado por D. Maria Francisca Benedita, irmã da Rainha D. Maria I e aberto em 1827 (gravura publicada em 1844 no periódico "O Panorama").
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Estatística do Hospital / Asilo de Runa (1885).
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Hospital do Conde de Ferreira (postal antigo).
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O invulgar pavilhão panóptico, que funcionou como enfermaria-prisão do Hospital de Rilhafoles (foto de Francisco Queiroz).
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Perspectiva antiga do Hospital Termal das Caldas da Rainha.


Em conclusão, quem eram, de onde vinham, onde se fixavam e qual o perfil socioprofissional dos internados (quer convalescessem ou falecessem), são alguns dos aspectos que podem ser melhor aclarados através desta importante fonte histórica que são os fundos arquivísticos hospitalares. Contudo, com este texto, de modo algum pretendemos sugerir que tais fundos só interessam à Genealogia no respeitante a antepassados deslocados (militares, migrantes, etc.), ou aos que fossem muito pobres. Tenha-se em mente toda a documentação paralela aos registos de hospitalização, ou seja, documentos de teor administrativo ou similar, relacionados com o próprio financiamento dos hospitais: neste caso, inversamente, surge representada uma certa elite. Lembramos aqueles que constavam da lista de irmãos de uma Misericórdia, por exemplo, ou até do «pessoal» que trabalhava para a instituição: médicos, cirurgiões, boticários, fornecedores de alimentos e de sanguessugas, etc.
 
Por fim, uma curiosidade, em jeito de dica: por vezes, a menção da causa de morte num registo hospitalar não coincide com a do assento de óbito paroquial referente ao mesmo indivíduo (o que não quer dizer que a menção no registo hospitalar tenha de ser sempre mais detalhada ou fiável). Portanto, pode haver interesse em consultar os registos hospitalares mesmo quando achamos que temos já suficiente informação sobre a morte de determinado antepassado.
 
 
Texto de Manuel Couto e Francisco Queiroz
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O "Dicionário de Nomes de Baptismo" de Francisco da Silva Mengo (1889)

11/30/2020

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Dicionário de Nomes de Baptismo
Capa do Dicionário de Nomes de Baptismo, de Francisco da Silva Mengo



Anunciado como tendo "mais de quatro mil nomes de ambos os sexos" não só coligidos dos "registos officiaes", mas também "da Mythologia, da Historia, dos «Flos Sanctorum»", este dicionário publicado em 1889 é particularmente curioso. Por um lado, foi a primeira publicação do género em Portugal e - no seu propósito e no formato em que foi feita - seria também a última. Por outro lado, a obra poderá ter favorecido a grande diversificação de nomes de baptismo dados em Portugal em finais do século XIX e no início do século XX, sobretudo em zonas urbanas.
Prefaciado por Teófilo Braga, o Dicionário de Nomes de Baptismo de Francisco da Silva Mengo apresenta ainda outras curiosidades, como o facto de o autor ter elencado mais do dobro de nomes masculinos, face aos nomes femininos, quando a prática de escolha de nomes de baptismo, na época, revela-nos maior diversidade nos nomes dados a meninas. Outro detalhe curioso é a inclusão, na lista de nomes masculinos, de alguns nomes que hoje associamos ao sexo feminino, como Abigail ou Amarilis.

Recibo da casa livreira de Francisco da Silva Mengo (Museu Alberto Sampaio)
Recibo da casa livreira de Francisco da Silva Mengo (Museu Alberto Sampaio)


Quem era Francisco da Silva Mengo? Estabelecido no Porto como editor e livreiro (tendo chegado a ser dono da célebre Livraria Moré), era um erudito que privou com alguns dos mais importantes pensadores e romancistas portugueses da época, nomeadamente Camilo Castelo-Branco. À época em que escreveu o seu Dicionário de Nomes de Baptismo, encontrava-se já cego. Nesta obra compilou os nomes alfabeticamente, incluindo não só os que haviam sido "sanccionados pela Egreja", mas também muitos outros, que não correspondiam a santos ou beatos. A estes, o autor teve o cuidado de adicionar asteriscos, talvez para prevenir os leitores que a sua atribuição em baptismo poderia ser recusada.
Apesar de alguns milhares de nomes compilados, o Dicionário de Nomes de Baptismo de Francisco da Silva Mengo não abrangeu todos os nomes de baptismo que, na época, estavam a ser dados em Portugal. Aliás, numa das suas notas finais ao dicionário, o autor escreveu: "É sobrenome, assim como: Sertorio, Murillo, Cicero, Nelson, Cincinnato, Petrarca, Linneu, Collatino e outros, que actualmente estão sendo impostos como nomes de baptismo". Por conseguinte, Francisco da Silva Mengo omitiu alguns nomes de baptismo que entendia não serem apropriados para tal função. Contudo, não ficam claros os critérios seguidos pelo autor para a inclusão ou a exclusão de vários nomes. Basta referir que o dicionário inclui Elisabeto como nome masculino, mas omite Elisabete como nome feminino, embora este tenha passado a ser relativamente comum em Portugal várias décadas mais tarde. Apesar disto, o Dicionário de Nomes de Baptismo não deixa de ser uma obra interessante para quem se interessa pelo tema dos nomes dos seus antepassados, e para a Genealogia e História da Família em geral.

Segue abaixo o texto integral da obra, com a grafia da época. A transcrição foi feita por Francisco Queiroz e por Cristina Moscatel, investigadores do projecto "Genealogia sem segredos" que têm em preparação uma obra exclusivamente dedicada ao tema dos nomes, apelidos e alcunhas dos portugueses.




Diccionario de Nomes de Baptismo comprehendendo mais de quatro mil nomes de ambos os sexos coligidos nos registos officiaes, da Mythologia, da Historia, dos "Flos Sanctorum", etc.
Por Francisco da Silva Mengo.
Com um prefácio do Dr. Teophilo Braga, Professor do Curso Superior de Letras.
Porto, Typographia Elzeviriana, annexa à Livraria Civilisação, 1889.
 
 
 
 
 
Ao Excellentissimo Senhor José Eduardo Ferreira Pinheiro, em homenagem aos seus altissimos dotes do coração e como prova de reconhecimento pelo muito que deve à sua carinhosa e velha amisade,
dedica
o autor.
 
 
 
 
 
PREFACIO
Para fazer um Diccionario de Nomes proprios, ha dois processos, que não se excluem, antes mutuamente se coadjuvam; o primeiro é scientifico, applicando os methodos da Glottologia aos nomes individuaes ou locaes, estabelecendo os themas e modificações phoneticas de que derivam, segundo as linguas e épocas sociaes que contribuíram para a civilisação actual, e determinando as fórmas, por que esses nomes passaram, segundo os cruzamentos das raças que constituem um dado povo. O segundo processo é empírico; consiste em colligir a maior somma de nomes, quer do uso vulgar, quer dos documentos, inscripções ou escripturas, para, diante de séries completíssimas, fixar as correlações e os themas ethnolinguisticos por onde esses nomes generativamente se agrupam.
Em Portugal, como parte da península hispanica, um perfeito Diccionario onomatologico exigiria um estudo particular dos nomes bascos, celticos, romanos, germanicos e arabes. Em relação aos nomes locaes, esse estudo leva, a importantes descobertas sobre o conhecimento das raças e sua distribuição topographica, como ensaiou Guilherme Humboldt; pelo seu lado, os nomes individuaes são magnificos elementos de uma paleontologia social.
Façamos uma rapida comprovação: O antigo elemento iberico apoiava-se na aggregação territorial da cidade, e o caracter das suas instituições sociaes conhece-se pelo sentido local dos radicaes ili, iri, eli, com o notou Jubainville; com o elemento celtico prepondéra a qualidade pessoal, na fórma da tribu como se vê no touto ou tauta, na thiuda germanica e na gens romana.
Os nomes, em que o filho toma o appellido da mãe, como se vê por uma inscripção de Terragona, revelam-nos uma fórma social ginecocratica; nas inscripções hispano-latinas o nome de familia prevalece sobre o de tribu. A forma em ez, peculiar dos patronymicos (Alvares, filho de Alvaro; Fernandes, de Fernando; Mendes, de Mendo), que subsiste no euskariano em ez e iz, apparece no cantábrico e asturiano na fórma de ves, como notou Fernandes Guerra, que a liga ao primitivo ives, prenome iberico. O nome gentilico
faz-se conhecer nas inscripções hispanoromanas pelos suffixos cum e co.
O cruzamento successivo de raças differentes e a confusão anarchica de estados sociaes vieram alterar o sentido dos nomes individuaes, e muitas vezes agglutinar os nomes de proveniência linguistica a mais afastada. Assim o patronymico arabe Ibn, filho, agglutinado ao nome germânico Egas (Ibn-Egas), produziu por modificações phoneticas Venegas e Viegas; e estas modificações são um factor fecundo, como vemos com certos nomes latinos: Benedictus, que se desdobra em Benedito, Beneito, Bieito (vid. Sá de Miranda) Vieito e Bento; ou Aegidius, que dá Egydio e Gil. Do nome germanico Ermenendo do thema irmin, vem por aphérese Menendo, Mendo e Mem.
O auctor do presente Diccionario não visou estes problemas de Onomatologia, não pretendeu fazer um livro de sciencia. Na sua modestia, no seu infortunio (o maior de quantos poderiam affligil-o, a cegueira) quiz unicamente fazer um livro util, ao alcance de todos, e conseguiu-o, apesar das condições profundamente dolorosas em que effectuou o seu trabalho.
Isto só basta para aquilatar o merecimento do livro; tudo nos leva, pois, a chamar para o exito da obra o favor do público.
 
Theophilo Braga.
 
 
 
 
 
DUAS PALAVRAS
Em razão do seu objectivo especial, nenhum Diccionario da Lingua Portugueza dá á estampa os nomes de baptismo.
Seguindo rumo differente, outros porém, destinados ao estudo de linguas extrangeiras, addicionam uma lista d'estes nomes, mas essa lista — evidentemente reproduzida, apenas com leves variantes, de umas para outras edições — deixa muito a desejar por deficiente, ou incorrecta. Demais, o elevado preço d'estes diccionarios e o facto de serem, como já dissemos, destinados a linguas extranhas, nem a todos permittem possuil-os, ou consultal-os; assim, a maioria das pessôas não tem para onde recorrer em casos de duvida, infelizmente frequentíssimos, quer elles digam respeito á nomenclatura, quer á orthographia.
Preencher (pelo menos, diminuir em grande parte) uma tão sensivel  lacuna e facilitar ao mesmo tempo, de conformidade com as fontes mais auctorisadas, o conhecimento dos nomes sanccionados pela Egreja, — eis o intuito do presente opusculo, o primeiro no seu género até hoje publicado em Portugal.
Que esta circumstancia, sobretudo, desperte nos leitores alguma indulgencia para os defeitos do livro, e o auctor dará por bem empregadas as longas horas que consumiu na elaboração do seu trabalho.
Elle fez o que pôde, e não foi muito; outros virão talvez que, com menor esforço e maior applauso, farão mais e melhor.
 
F. da Silva Mengo.
 
 
 
 
 
NOMES MASCULINOS
 
 
N.B. — Os nomes que não são precedidos do asterisco (*) designam individuos santificados ou beatificados pela Egreja.
 
 
A
 
Aarão
Abacco
Abalphato *
Abantidas *
Abbão
Abbatino *
Abdão
Abdas
Abdechalo
Abdias
Abdiel *
Abdieso
Abeilardo *
Abel
Abelamio *
Abercio
Abeto *
Abibo
Abigail *
Abilino *
Abilio
Abimelech *
Abner *
Abrahão
Abraleão
Abrosimo
Abrotheu *
Absalão
Abscodio
Absidio
Absthemio *
Abudemio
Abundancio
Abundio
Acacio
Acantho *
Acatho
Accio
Accursio
Acelo *
Acepsimo
Achario
Acheolo
Achilles
Achilleu
Acisclo
Acrisio *
Acteao
Acucio
Acusilau
Acyllino
Acyndino
Adalardo
Adalbaldo
Adalbero
Adalberto
Adamantho *
Adão
Adauco
Adaucto
Adaulpho
Adelberto
Adelelmo
Adelindo *
Adelino
Adelio *
Adelmaro
Adelmo
Adelpho
Adeodato
Aderito
Adhemaro
Adherbal *
Adjuto
Adjutor
Admeto *
Ado
Adolphino *
Adolpho
Adrasto *
Adriano
Adrião
Adroaldo *
Adulpho
Adventino *
Adventor
Aecio *
Affonso
Africano
Agabo
Agacio
Agamemnon *
Agamundo
Agapio
Agapito
Agathangelo
Agathão
Agathias *
Agathodoro
Agathonico
Agathopo
Agathopodo
Agenor *
Agerico
Agesandro *
Ageseu *
Aggeu
Agil
Agilberto
Agileu
Agliberto
Agnelo
Agoardo
Agostinho
Agricio
Agricola
Agrippa *
Agrippino
Aguiberto *
Aichardo
Aidano
Aigulpho
Aithamio *
Ajax *
Aladino *
Alano
Alarico *
Albano
Alberico
Albertino
Alberto
Albino
Albuino
Alceu *
Alcibiades *
Alcidio *
Alcino *
Aldeberto
Aldelmo
Alderico
Aldiro *
Aldo *
Aldobrando
Aleixo
Alerano
Aleu *
Alexandre
Alexandrino *
Alfredino *
Alfredo *
Alibaldo *
Alipio
Allacio *
Allyrio
Almachio
Almão
Almaro
Almeno *
Almerindo *
Almerio *
Almyro *
Alno *
Alodio
Alonso
Alopho
Aloro
Aloysio
Alpheu
Alphio
Alpiniano
Alpino
Altigiano
Altino *
Alvaro
Alysio *
Amadeu
Amadis *
Amado
Amador
Amalarico *
Amalasonthe
Amalio *
Amancio
Amandino
Amandio
Amaniano *
Amaranto
Amarino
Amaro
Amaryllis *
Amasis *
Amatalidio *
Amavel
Ambico
Ambrosino *
Ambrosio
Amedeu
Amelio *
Ameno
Americo *
Amidio
Amilcar *
Amino *
Ammiano
Ammon
Ammonio
Amor (1) (Veja-se as notas no fim d'este opusculo)
Amós
Ampelio
Amphiano
Amphilochio
Amphion
Amphurio
Ampliato
Amycleu *
Amyto
Anachario
Anacharsis *
Anacleto
Anacreonte *
Anafias *
Ananias
Anastacio
Anathalão
Anatoliano
Anatolio
Anaxagoras *
Anaximandro *
Anaximenes *
Anaximenio *
Anaxiodoro *
Anaxippes *
Anchises *
Andeolo
Andochio
Andocides *
Andoeno
André
Androgeu *
Andronico
Anecto
Anempodisto
Anesio
Anfinomio *
Anfriso
Angadresmio
Angelelmo
Angelino *
Angelo
Angilberto
Anhelo *
Aniano
Aniceto
Anicio *
Annibal *
Annonio
Anoberto
Ansano
Ansaraco
Ansberto
Anschario
Ansegiso
Anselino *
Anselmo
Anserico
Ansilio
Ansiulpho
Ansovino
Ansur *
Ansurio
Ansuto
Antão
Anthelmo
Anthemio *
Anthero
Antheu *
Anthimo
Anthuso *
Antoliano
Antoniano
Antonino
Antonio
Anysio
Aunio *
Apelles
Aphraates
Aphrodisio
Aphthonio
Anticrato *
Antides
Antidio
Antigono
Antimacho *
Antino *
Antinogenes
Antiocheno
Antiocho
Antipas
Antisthenes *
Apicio *
Apodemio
Apollinario
Apolimo
Apollo
Apollodoro
Apollonio
Apparicio *
Appelio
Appiano
Appias
Aprigio *
Apro
Aproniano
Apuleu
Aquilas
Aquilino
Arador
Arbogasto
Arcadio
Archanjo
Archelau
Archibaldo
Archimedes *
Archimimo
Archippo
Arconcio
Ardagno
Ardaleão
Ardenio *
Arduino
Arecio
Aredio
Aresio
Aretas
Areteu *
Aretino *
Argeberto
Argelau *
Argeu
Argilo
Argiovitro
Argivo
Argymiro
Ariadneu
Ariamiro *
Ariano
Arias *
Arigio
Ariosto * (2)
Arisberto
Aristandro *
Aristão
Aristarcho
Aristeu
Aristides
Aristo
Aristobulo
Aristocles
Aristonico
Aristophanes *
Aristoteles *
Arlindo *
Armagilo
Armandino *
Armando
Armenio *
Armentario
Armindo *
Arminio *
Armogastes
Arnaldo
Arnolpho
Arnulpho
Arsacio
Arselino *
Arsenio
Artaxio
Artemão
Artemidoro
Artemio
Artemiso
Artesio
Arthur *
Asapho
Ascanio *
Ascensio *
Asclas
Asclepiades
Asclepio
Asclepiodoro
Asdrubal *
Asincrito
Aspasio
Aspremio
Assuero
Assyrio
Astebaldo
Asterio
Asthelio
Astio
Astolpho *
Astoro *
Astrideu
Astrimiro *
Asuil *
Asynerito
Ataulpho *
Athalarico *
Athanagildo *
Athanasio
Athão
Athenodoro
Athenogenes
Athephalio *
Atilío *
Atreu
Attalo
Attiano *
Attico
Attila *
Attilano
Aucto
Audacto
Audax
Audeno
Audifax
Audo
Audomaro
Auduino *
Aufidio *
Augulo
Augurio
Augustal
Augustiniano
Augusto
Aunoberto
Aureliano
Aurelino *
Aurelio
Aureo
Auro *
Ausberto
Ausendo *
Ausonio
Auspicio
Austero
Austreberto
Austrecliniano
Austregesilo
Austremonio
Autonomo
Auxano
Auxencio
Auxilio
Auzirio *
Avelino
Avelio *
Aventino
Avertano
Avertino
Avesio
Avio
Avito
Aymaro
Ayres *
Azadamio
Azades
Azarias
Azas
 
 
B
 
Babio *
Babolino
Babylas
Babylonio
Baccho (3)
Badenio
Bafolo
Bajulo
Balbino *
Balconio *
Balderico
Baldo *
Baldomero
Baldomiro
Balduino
Balthazar *
Barachisio
Baradato
Barbaciano
Barbado
Bardomiano
Barlaão
Barnabé
Baroncio
Barsabás
Barsabé
Barsanuphio
Barsemeu
Barsenio
Bartholo *
Bartholomeu
Barulas
Basileu
Basiliano
Basilides
Basilio
Basilisco (4)
Basinio
Bassiano
Basso
Baudelio
Bavo
Beano
Beato
Beda
Belarmino *
Belchior *
Beldoro *
Belisando *
Belisario *
Bellimecio *
Bellino
Belmiro *
Beltrão
Bemdiz
Bemvindo
Benedicto
Benevolo
Benicio *
Benigno
Benjamin
Benno
Bento
BeraIdo *
Berardo
Berchario
Beregiso
Berengario
Berillo
Bermudo
Bernardim
Bernardino
Bernardo
Bernario
Bernino *
Bernualdo
Bernulpho *
Berthario
Berthillo *
Bertholdo
Bertholino *
Bertino
Besanulpho
Besas
Bessarião
Betario
Betefo
Bethurio
Bianor
Bibiano *
Biblidio
Bicor
Biliulpho *
Bimaracio *
Biodoro *
Birino
Biromnio *
Bisino
Blaano
Blandino
Blando *
Blidonio *
Blimundo *
Blisio *
Boasil
Boaventura
Bobino
Bobo
Bodonio
Boecio *
Boleslau
Bom
Bomfilho
Bomhomem
Bonifacio
Boniro
Bonoso
Booz *
Brancardo
Branchiades *
Brancio
Brancolino *
Brandano
Branderico *
Brando *
Brasão
Braulio
Bravo
Braz
Brazilino *
Brazilio *
Bretanião
Briando
Briareu *
Bricio
Brioco
Briseu *
Brisolino *
Brivaldo
Brocardo
Broctoveu
Bromio *
Brumelio *
Bruno
Budoco
Bupalo
 
 
C
 
Caetano
Caio
Calepodio
Calimerio
Callinico
Calliopo
Callisthenio *
Callistrato
Callixto
Calmo
Calocero
Calogero
Camerino
Camillo
Cammino
Canciano
Cancio
Candido
Caneão
Canido
Cannato
Cantidiano
Cantidio
Canto
Canulio *
Canuto
Capistrano *
Capitão
Capitolino *
Caprasio
Caradoco
Caralampio
Caratippo
Carauno
Cariberto *
Carilepho
Carino *
Carisio
Caritão
Caritino *
Carlindo *
Carlino *
Carlos
Carmelino *
Carmelio *
Carmindo *
Carmosino *
Carneto
Carolino *
Carpo
Carponio
Carpophoro
Cartherio
Casimiro
Cassiano
Cassio
Cassiodoro *
Casto
Castor
Castosio
Castrense
Castriciano
Castulo
CataIdo
Catão
Catharino *
Catullino
Catullo *
Ceciliano
Cecilio
Ceddo
Celerino
Celestino
Celiano
Celino *
Celio *
Celsino
Celso
Censorino *
Censurio
Ceramo
Cerbonio
Cereal
Cervino
Cesar *
Cesariano *
Cesario
Ceserindo *
Cesidio
Ceslau
Chadio
Chelidonio
Cheremão
Cherubim *
Cherubino *
Childeberto *
Childerico *
Chiliano
Chilperico *
Chremetis
Chrinauro *
Chrisino *
Chrismelio *
Chrismundo *
Chrisophoro
Christiano
Christilio *
Christiniano *
Christino
Christophoro
Christovão
Chrodegando
Chromacio
Chronião
Chronidas
Chrysanthiano
Chrysantho
Chrysippo *
Chrysogono
Chrysostomo
Chrysotelo
Ciateu
Cicero *
Cincinnato *
Cindeu
Cisello
Clarencio
Clarimundo *
Claro
Classico
Clateu
Claudemil *
Claudemiro *
Claudiano
Claudino *
Claudio
Cleandro *
Clelio *
Clemenciano
Clemencio *
Clemente
Clementino
Cleobaldo *
Cleodonte *
Cleodoro *
Cleodulpho
Cleomenes
Cleonico
Cleophas
Cleostrato *
Clero
Cleto
Climaco *
Clinico
Clitomaco *
Clivio *
Clodoaldo
Clodomiro *
Clodoveu *
Clorindo *
Clotario
Clovis *
Codrato
Collatino *
Colmano
Colombino *
Colorino *
Columbano
Columbo
Commodo
Concesso
Concordio
Condorino *
Conradino *
Conrado
Constanciano
Constancio
Constante
Constantino
Contesto
Convuldio
Copernico *
Copres
Copronymo *
Corado
Corebo
Corentino
Coriolano *
Cornelio
Corviniano
Corvino *
Cosmado
Cosme
Cosmelino *
Cosmelio *
Cottido
Cratão
Cratino *
Cremencio
Crescenciano
Crescencio
Cresconio
Creso *
Crisco
Crisfal *
Crispim
Crispiniano
Crispo
Crispulo
Crotato
Crumiro *
Ctesiphonte
Cucuphato
Culmacio
Cuniberto
Cupertino *
Curcodomo
Cursino *
Custodio
Cutheberto
Cygirano *
Cymodoceo
Cynegiro *
Cypriano
Cyrano
Cyriaco
Cyrião
Cyrillo
Cyrino
Cyro
Cysbellio *
Cythino
 
 
D
 
Daciano
Dacio
Dado
Dagoberto
Dagonio
Dalio *
Dalmacio
Dalimindo *
Dalmo *
Damasceno *
Damasio *
Damaso
Damião
Damocrito *
Daniel
Dante *
Dardano *
Dariano
Dario
Dasio
Dativo
Daudato
David
Davino
Decadio
Decio *
Declovio
Decoroso
Defendente
Deicola
Delio *
Delphim
Delphino *
Delpho *
Demeterio *
Demetriano
Demetrio
Democrito
Demosthenes *
Deodato
Deolindo *
Desiderio
Deucaleão *
Deusodeu
Diacono
Diamantino *
Dião
Diaquino *
Dictinio
Didacio
Didio
Didimo
Digno *
Diniz
Dinocrato *
Dinostrato *
Diocleciano *
Dioclecio
Diocles
Diodoro
Diogenes
Diogo
Diomedes
Dionysio
Diophante *
Dioscorides
Dioscoro
Dirceu *
Diviciano
Domiciano
Domicio
Dominador
Domingos
Domnião
Domnino
Domno
Donaciano
Donadio
Donaldo
Donato
Donoso
Dorindo *
Dorino *
Dorotheu
Dorymedonte
Dositheu
Droctovio
Drogão
Drogoveu
Droselio *
Dructilio *
Drumario
Druzo
Duarte *
Dulas
Dulcardo *
Dulcidio *
Dulcidonio *
Dunstano
Durando
Durval *
Durvino *
Dynamio
Dyrio *
 
 
E
 
Ebbo
Ebrulpho
Ederio *
Ederlindo *
Edesio
Edgardo *
Edilberto
Edisto
Edmaro *
Edmundo
Edrisio *
Eduardo
Egas *
Egberto
Egdemio
Egdunio
Egeu *
Eginardo *
Egistho
Egolio *
Egydio
Eleazar
Eleoveu
Elepho
Elesbão
Eleucadio
Eleusino *
Eleusio *
Eleusippo
Eleutherio
Elfrido *
Eliacim *
Eliacino *
Eliano
Eliantho *
Elias
Eligio
Elipando *
Eliphio
Elisabetho *
Elisario
Eliseu
Elmano *
Elmino *
Elocio *
Eloy
Elphego
Elpidephoro
Elpidio
Elpino *
Elredo
Elvino *
Elviro *
Elysio *
Emercindo *
Emerenciano *
Emerencio *
Emerico
Emerito
Emiliano
Emilio
Emmelino *
Emmelio *
Emmerano
Empcio
Emygdio
Enceão
Encelavio *
Endymião *
Eneas *
Engelberto
Engelmaro
Engracio *
Enguerrando
Ennemundo
Ennio *
Ennodio
Eobano
Eonio
Epagatho
Epalio *
Epaminondas *
Epaphras
Epaphrodito
Eparchio
Ephebo
Ephiso
Ephoro *
Ephraim
Ephrem
Epicharides
Epicteto
Epicuro *
Epigmenio
Epigonio *
Epimacho
Epimenides *
Epimetheu *
Epiphanio
Epipodio
Epistemio
Epitacio
Epulonio
Equicio
Erasistrato *
Erasmo
Erasto
Erblando
Erchinoaldo *
Erconvaldo
Eremberto
Ergino *
Erico
Eridano *
Erlindo *
Ermancio *
Ermelindo *
Ermelino *
Ermenaldo *
Ermesendo *
Ernestino *
Ernesto
Ernulphio
Erostrato *
Erotio
Erymantho *
Eryntho *
Erythreu *
Esaú *
Eschylo
Esculapio *
Esdras
Esladio *
Esmeraldino *
Esmeraldo *
Esopo *
Especioso
Estaciano
Estacio *
Estanislau
Estavel
Estellino *
Estevão
Estrategio
Estyliano
Esullio *
Eteocles *
Ethebaldo *
Ethebino
Ethelberto
Ethelvino *
Ethelvoldo
Ethereo
Ethesio
Euberto
Eubulo
Eucarpio
Euchario
Euchesio
Euclides *
Eudoro *
Eudoxio
Eugendo
Eugeniano
Eugenio
Eugrapho
Eulalio *
Eulampio
Eulogio
Eumenio
Eumiro *
Euniciano
Euno
Eupergio
Euphebio
Euphemio *
Euphorio *
Euphrasio
Euphronio
Euphrosino *
Euplio
Euporo
Euprepio
Eupsychio
Eurico
Euripides *
Eurybio
Eusebio
Ensico *
Eusinio
Eustachio
Eustasio
Eustochio
Eustorgio
Eustracio
Euthalio
Eutropio
Eutychiano
Eutychio
Eutymio
Euvandio *
Evagrio
Evaldo
Evancio
Evandro *
Evangelino *
Evangelo
Evaristo
Evasio
Evelino *
Evelio
Evencio
Everardo
Evergelio *
Evergisto
EveriIdo *
Evermundo
Evidosio
Evilasio
Evodio
Evonnio *
Evorcio
Exaltino *
Exantho
Expedito
Exuperancio
Exuperio
Ezechias *
Ezechiel
 
 
F
 
Fabiano
Fabião
Fabio
Fabriciano
Fabricio
Factor *
Facundino
Facundo
Fagundo
Famagusto *
Famião
Fandilas
Fantino
Faronio
Fasciolo
Faustiniano
Faustino
Fausto
Favonio *
Favorino *
Feliciano
Felicio *
Felicissimo
Felino
Felisberto *
Felix
Feliz
Felizardo *
Fergeolo
Fernando
Fernão *
Ferreolo
Ferrucio
Festo
Fiacrio
Fibicio
Fidelio
Fidenciano
Fidencio
Fidolo
Fiel
Filandro *
Filderico
Filinto *
Fingal *
Finiano
Fioncio
Fioniso
Firmado
Firmino
Firmo
Flamiano
Flaminio *
Flausino *
Flaviano
Flavio
Flocello
Flodoveu
Floremio
Florenciano *
Florencio
Florente
Florentino
Floreo
Floresindo *
Florestano *
Florestino *
Floriano
Floriberto
Flórido
Floridoro *
Florimundo *
Florindo *
Floro
Flosculo
Flosmarte
Forte
Fortunato
Fradique *
Francisco
Franco
Frandilano
Franklin *
Fraterno
Frederico
Fredulpho
Friardo
Fridiano
Fridolino
Frigerio
Froalengo (5)
Froarico
Frodoberto
Froilão
Fronimiro
Frontão
Fructulo
Fructuoso
Fruiselo *
Frumencio
Fuas *
Fulberto *
Fulco
Fulcrano
Fulgencio
Fulrado
Fulviano *
Furseu
Fusciano
Fusco
Fusculo
 
 
G
 
Gabbo *
Gabedelio
Gabriel
Gaesto *
Gaiano
Galan
Galathas
Galatheão
Galeno *
Galerio
Galgano
Galiero
Galileu *
Galindo *
Galliano *
Gallo
Gamaliel
Gancherio
Gandulpho
Garcia (6)
Gardeato
Gaspar *
Gastão *
Gathaceão
Gathello *
Gaudencio
Gaudioso
Gaufredo *
Gaugerico
Gavino
Gedeão
Gelasio
Gemello
Gemil
Geminiano
Gemino
Gencerico *
Genciano
Gendulpho
Genebaldo *
General
Generoso
Genesio
Geneveu
Gennadio
Gens
Gentil
Genuino
Genulpho *
Geofredo
Geraldo
Geranio *
Gerardo
Gerasimo
Gerberto
Gereão
GerebaIdo
Geremaro
Gerino
Gerlacio
Germanico
Germano
Germino *
Germosino
Geroncio
Geronno
Gerundio
Gervasio
Gervino
Getulo
Gião
Gibello
Gibriano
Gil
Gilberto
Gildardo
Gildasio *
Gildoino
Giraldino *
Giraldo
Gisberto *
Gisello *
Gisleno
Glauco *
Glycerio
Goar
Goato
Gobbano
Goberto
Godardo
Godefredo
Godo
Goerico
Gofredo *
Gollutho *
Gomes * (7)
Gomorindo *
Gonzalo
Gondeberto
Gondelio
Gondino *
Gondolpho
Gontrano
Gordiano
Gordio
Gorgonio
Gornesildo *
Graciano
Graciliano
Gracindo *
Graciniano
Grandolpho *
Grato
Gregorio
Grimbaldo
Grimoaldo
Griseldo *
Groelio *
Gualdemiro *
Gualdim
Gualdino
Gualfardo
Gualter
Gualterio
Gudevandro *
Guerino
Guibaldo
Guiberto
Guido
Guildoro *
Guilherme
Guilhermino *
GuillebaIdo
Guirando
Gumeado *
Gumersindo
Gumesindo
Gummaro
Gundemaro *
Gundenio *
Gunderico *
Guniforte
Gunthero
Gurdino
Gurias
Gurval
Gustavo *
 
 
H
 
Habacucio
Habencio
Haduindo *
Haggeas *
Halesio *
Halio *
Hamilton *
Harmodio *
Heberto *
Heduino *
Hegesippo
Heitor *
Helanio
Helconides
Heldrado
Helenio *
Heleno *
Heliberto
Helimeno
Helio
Heliodoro
Heliogabalo *
Helionidas
Helladio
Helychio *
Hemeterio
Henedino *
Henneberto
Henrique
Heracleas
Heraclides
Heraclio
Heraclito *
Heradio
Herberto
Herculano
Hercules *
Herenio *
Hermillo
Herminio
Hermippo
Hermocrates
Hermogenes
Hermogio
Hermolau
Herenio *
Heribaldo *
Heriberto
Hermagoras
Hermano
Hermelando
Hermenegildo
Hermenerico *
Hermenfrido
Hermengaudo
Hermes
Hermeto
Hermias
Hermigio *
Hermon
Hernani *
Herodião
Herodoto *
Herophilo *
Heros
Herosino *
Hersendo *
Herundino *
Hervanio *
Hesichio
Hesiodo *
Hidulpho
Hierão
Hieronides
Hierotheu
Hilarião
Hilarino *
Hilario
Hildeberto
Hildebrando
Hildemano
Hilderico *
Himario *
Himerio
Himmemodo
Hipparcho *
Hippocrates *
Hippolyto
Hippomenes
Homero *
Honesto
Honorato
Honorio
Horacio *
Hormidas
Hornulpho *
Hortensio
Hortulano
Hospicio
Huberto
Hugo
Humbertino *
Humberto
Hygino
Hypacio
Hyrcanio
 
 
I
 
Ibrahim *
Icario *
Icelo *
Idacio *
Idalino *
Idalio *
Idalmiro *
Idemão
Iderico *
Ideu *
Idilio *
Idomeneu *
Idomeu *
Ignacio
Ilberino *
Ilberio *
Ildefonso
Ildegario
Ildemiro *
Ilduaro *
Ilioneu *
IIuminado
Ilydio
Ilmenio *
Ilo *
Imberto
Imeldo *
Inacho *
Indalecio
Indes
Inesillo *
Infante
Ingeu
Injurioso (8)
Innocencio
Innocente
Iphicrato *
Iphimenio *
Irenarcho
Ireneu
Irenião
Irmino
Irnerio
Isaac
Isacio
Isaías
Isalio *
Isarno
Isaurindo *
Isauro
Isbrido
Ischyrião
Iseu *
Isidoro
Isidro
Isildo *
Ismael
Ismalio *
Ismenio *
Isocrates *
Isolino *
Israel
Ivo
 
 
J
 
Jacintho
Jacob
Jacobino
Jacome *
Jader
Januario
Jasão
Jasmim *
Jayme
Jeremias
Jeronymo
Jesuino
Joannicio
Joanninho
João
Joaquim
Job
Jocelyno *
Joel
Jonas
Jonathas *
Jordão
Jorge
Jorio
Joroboão *
Josaphat
Josceranno
José
Josias *
Josino *
Josué
Joviano
Joviniano
Jovino
Joviro
Jovito
Jucundiano
Jucundino
Jucundo
Judas (9)
Judoco
Juliano
Julião
Julio
Juniano
Junio *
Junquelino *
Justiniano
Justino
Justo
Juvenal
Juvencio
Juventino
 
 
K
 
Kenerino
Kennico
 
 
L
 
Lacinio *
Ladislau
Lamberto
Lamech *
Lampronio *
Landelino
Landerico
Lando
Landoaldo
Landolpho *
Laonico *
Largião
Largo
Larisseu *
Latino
Latuino
Laudato
Laureano
Laurentino
Laurindo *
Lauro
Lausberto
Lauto
Laviano *
Lazaro
Leandro
Leão
Lector
Legonciano
Lelio *
Lemnio *
Leobaldo
Leobano *
Leobardo
Leobino
Leocadio *
Leocricio *
Leodegario
Leodicio *
Leodilio *
Leodolpho
Leofredo
Leolindo *
Leolino *
Leomiro *
Leonardo
Leoncio
Leonel *
Leoniano
Leonidas
Leonido *
Leonildo *
Leonilio *
Leoniso *
Leontino *
Leopardo
Leopindo *
Leopoldino
Leopoldo
Leovigildo
Leovigitho *
Letancio
Lethardo
Letho
Leucio
Leucippo *
Levinno *
Levy *
Libanio
Liberal
Liberato
Liberiano
Liberio
Liberto
Liborio
Libyssino *
Licerio *
Liciniano *
Licinio
Lidonio
Lidorio
Lifardo
Ligysto *
Liliano *
Lindoro *
Lindorpho *
Linencio
Linneu *
Lino
Linobio *
Lipharião *
Lisbano *
Literio *
Litteu
Livino
Livio *
Ló
Lomaro
Lomelindo *
Longino
Longuinhos
Lopo
Lorildo *
Losmenio *
Lothario
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Lourenço
Lubindo *
Lubippo
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Lucas
Lucencio *
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Luciliano
Lucilio *
Lucindo *
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Lucino *
Lucio
Luciolo
Lucrecio *
Ludardo
Ludgero
Ludolpho
Ludomiro
Ludovino *
Ludulpho
Lufredo
Luglio
Luiz
Lullo
Lumano
Luperco
Luperio
Lupiano
Lupicio
Lupino
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Luso *
Luxorio
Lyboso
Lycarião
Lycelio *
Lycio *
Lycurgo *
Lydo *
Lynceu *
Lysandro *
Lysio *
 
 
M
 
Macario
Macedonio
Machabeu
Maciel *
Maclovio
Macorato
Macrino
Macrobio
Macuro
Madeveu *
Madiro
Magino
Maglorio
Magnerico
Magno
Magnolio *
Maguncio
Majolo
Majorico
Malaquias
Malberto *
Malcho
Mallulpho
Malveu
Mamante
Mamas
Mamede
Mamertino
Mamerto
Mamilliano
Mamillo
Mammerio
Manaheno
Manahés
Mancio
Manços
Mandal
Manecio
Manetto
Manfredo *
Manlio *
Manrico *
Manso *
Mansueto
Manucio
Manuel
Manuelino *
Mappalico
Mapril
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Marçal
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Marcellino
Marcello
Marcial
Marciano
Marcio
Marcolino
Marcos
Marculpho
Mardasio
Mardocheu *
Mardonio
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Marfido *
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Mario
Marolo
Marsilio *
Martim *
Martinho
Martiniano
Martyrio
Marutho
Masculo
Masoriano
Massilitano
Materno
Matheus
Mathias
Mathildio *
Mathurino
Matroniano
Matuario
Maturo
Maufredo
Maurencio *
Mauricio
Maurilio
Maurino
Mauro
Maurolico
Mauroncio
Mavilio
Maxencio
Maximiano
Maximiliano
Maximino
Máximo
Mayolo
Mecenas *
Medardo
Mederico
Medulpho
Melanio
Melasippo
Melchiades
Melchior *
Melibeu *
Melicio
Mellito
Mellono
Mem *
Memmio
Memnon
Memorio
Menalchio
Menalippo
Menandro
Menardo *
Mencio
Mendo *
Menecrato *
Menedemo
Menelau *
Meneleu
Meneu
Meneusippo
Menigno
Menno
Menophio *
Menulpho
Meraldo
Mercurial
Mercurio
Merolo
Meroveu *
Messiano
Metello
Methodio
Metranio
Metrão
Metrobio
Metrodoro *
Metronio
Metrophanes
Meynardo
Michêas
Micomero
Migdonio
Miguel
Milas
Mileto *
Militão
Millesio
Minervino
Minervo
Minias
Miniato
Minucio *
MirocIes
Misencio *
Mithridates *
Mitro
Mizael
Mnesitheu
Modario *
Modesto
Modoaldo
Molusdião
Mommoleno
Mommulo
Monas
Mondulpho
Moninho *
Monitor
Monophonio *
Montano
Morando
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Moseu
Moyses
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Mucio
Mundo
Munio
Murillo *
Muritto
Musonio
Mycenio
Myron
Myrtilo *
 
 
N
 
Nabor
Nacario *
Nahum
Namacio
Namphanião
Namphasio
Napoleão
Narciso
Narno
Narselio *
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Narseu
Narsindo *
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Narzeto
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Natalino *
Nathan *
Nathaniel
Nauplio
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Navito
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Nebridio *
Nectario
Necterio
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Neleu *
Nelson *
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Nemesio
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Nemorino *
Nemorio
Nennio
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Neoto
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Nestorio
Neutel
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Nidio *
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Noé
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Nonego
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Nonno
Nonnoso
Norbano *
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O
 
Obolo
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Oleno *
Olgando
Olindo *
Oliveiros
Oliverio
Olivio *
Ollegario
Olympio
Olympiodoro *
Olyntho *
Omnion
Onesandro *
Onesimo
Onesiphoro
Onofre
Optaciano
Optato
Ordonho *
Orencio
Orestes
Orfino *
Oriculo
Orígenes
Orlando
Oroncio
Orpheu *
Orphilio
Ortario
Orthelio
Ortygio
Oscar *
Osêas
Osias *
Osmandino *
Osmaro
Osmundo
Ossian *
Ostiano
Ostindo
Oswaldo
Othalyro *
Othão
Othegero
Othelindo *
Othello *
Othemaro
Oveco
Ovidio
 
 
P
 
Paciano
Paciente
Pacifico
Pacomio
Pacoro *
Paduino
Palamedio *
Palameneu *
Palatino
Palemon
Palladio
Pallico *
Palmacio
Pamerio *
Pammachio
Pamphalão
Pamphilio
Panchario
Pancraciano
Pancracio
Panecio *
Panormio
Pantagatho
Pantaleão
Pantalemon
Panteno
Papa (10)
Paphenucio
Papias
Papiniano
Papulo
Papylo
Papyrio
Paracodio
Paramon
Pardulpho
Paregorio
Parente
Páris
Parisio
Parmenas
Parmenio
Parthenio
Paschanio
Paschasio
Paschoal
Pasicrates
Passidio
Passiodoro
Pastor
Patapio
Paterio
Patermucio
Patemiano
Paterno
Patricio
Patrobas
Patrocinio *
Patroclo
Pauliano
Paulillo
Paulino
Paulo
Pauperio *
Pausides
Pausilippo
Paxencio
Payo
Pedro
Pegasio
Pelagio
Pelasgo *
Peleu
Peleusio
Pepino
Peregrino
Perfeito
Pergencio
Pergentino
Periandro *
Pericles *
Pero *
Perpetuo
Perseu *
Petrarca *
Petronio
Pharnacio
Phebo
Phedro *
Phidias *
Philadelpho
Philagrio
Philanto
Philappiano
Philareto
Philastrio
Philéas
Philemon
Phileto
Philippe
Philo
Philocarpo
Philodemo *
Philogonio
Philomeno
Philoromo
Philostrato *
Philothero
Philotheu
Phinéas *
Phlegão *
Phocas
Phocio
Photides
Photino
Phylaco *
Phyleu *
Phyllacides *
Phyllodocio *
Phytalmio *
Pião
Piatão
Piencio
Pigmenio
Pindaro *
Piniano
Piniemo
Pio
Pionio
Piperião
Pipio
Pisistrato *
Placidio
Placido
Platão
Platónico
Platonides
Platurgio *
Planto
Plechelmo
Plexippo *
Plinio *
Plisthenes *
Plutarcho
Podalyrio *
Podio
Poental
Polemocrates
Pollião
Polybio *
Polycarpo
Polychronio
Polycleto
Polydoro *
Polyeno
Polyeucto
Polygio *
Polymnestor *
Polymo *
Polyodoro
Polyphemo *
Polyxeno *
Pompeu
Pompilio *
Pompino
Pomponio
Ponciano
Poncio
Pontico
Pophronio
Porchario
Porciano
Porcio *
Porphyrio
Portumno *
Possessor
Possidio
Possidonio *
Possino
Potamião
Potamio
Potenciano
Potencio
Potito
Pousano *
Povideu
Pragmatico
Praxiteles *
Presidio
Pretextato
Priamo
Prião *
Prilidiano
Primiano
Primitivo
Primo
Principino
Principio
Prior
Prisciano
Priscilliano
Prisco
Privado
Probo
Processo
Prochoro
Proclo (11)
Procopio
Proculo (12)
Prodomeu *
Prodomiano *
Profuturo
Projecto
Promacho
Prosdocimo
Prospero
Protasio
Proterio
Protesilau *
Protheu *
Proto
Protoclo
Protogenes
Prudenciano *
Prudencio
Ptolomeu
Publiciano
Publio
Pudencio
Pulcherio *
Pusicio
Pygmaleão *
Pyramo *
Pyrrho *
Pythagoras *
 
 
Q
 
Quadragesimo
Quadrato
Quarto
Quasimodo *
Quelmindo *
Quepronio *
Querano
Querencio *
Querido *
Questor
Quieto *
Quiliano
Quinciano
Quinião
Quinidio
Quinóco
Quintiliano
Quintillo
Quintino
Quinto
Quiriaco
Quirillo *
Quirino
 
 
R
 
Rabulas
Radbodo
Rademio *
Ramberto
Ramesendo *
Ramesio
Ramiro
Randelino *
Randoalbo
Randolpho *
Ranulpho
Raphael
Rasypho
Raul *
Raurino *
Ravenno
Ravirio *
Raymundo
Raynerio
Reatrio
Recarano *
Redempto
Refredo *
Regimundo
Reginaldo
Regulo
Reinulpho
Remaclo
Remberto
Remedio
Remigio
Remo *
Remorio
Renaldo *
Renano
Renato
Renoberto
Renomio
Reparato
Rephario
Residio
Respicio
Restituto
Reticio
Reverencio
Reveriano
Revocato
Reynaldo
Rhadamantho *
Rhadamistho *
Rhais
Rhecio *
Rhodopiano
Ribario
Riberto
Ricardino *
Ricardo
Richario
Rigoberto
Rigomero
Rioco
Riovenno
Ripheu *
Rixio
Rizerio
Roberto
Robustiano
Rodaldo
Rodano
Rodesindo
Rodolpho
Rodrigo
Rogaciano
Rogato
Rogelio
Rogerio
Rolindo *
Rollino *
Romano
Romão
Romarico
Romeu
Romildo *
Romo *
Romualdo
Romulo
Roque
Rosalino *
Rosauro *
Roselio *
Rosendo
Rosco
Rosilvo *
Rosino *
Rostagno
Rubim *
Rufillo
Rufiniano
Rufino
Rufo
Rumilio *
Rumino
Rustiano *
Rustico
Rutilo
Rutulo
Ruy *
 
 
S
 
Sabarico *
Sabas
Sabbacio
Sabelio
Sabino
Saborino *
Sacerdote
Sadoco
Sadoth
Sagar
Salacio *
Salamino *
Sallustiano
Sallustio
Salmoneu *
Salomão
Salonio
Salutar
Salvador
Salviano *
Salvino
Salvio
Samerio *
Samonas
Samsão
Samuel
Sancho
Sanctino
Sandalo
Sandraz
Santos (13)
Saphiro
Sapidico
Sapor
Sarbelio
Sarmatha
Satullo
Saturiano
Saturnino
Saturno
Saturo
Satyro
Saul *
Saviniano
Scipião *
Scubiculo
Sebaldo
Sebastião
Sebbo
Secundario
Secundiano
Secundino
Secundo
Secundulo
Sedasto *
Sedecias *
Seguro
Selesio
Seleuco
Seloyno *
Sempronio
Senador
Seneca *
Sennen
Senoch
Sensio
Septimio
Sequano
Seraphim
Serapião
Sereno
Sergesto *
Sergio
Seridião
Serronio
Sertorio *
Servacio
Servadio
Servando
Servano
Servideu
Serviliano
Servilio
Servio *
Servo
Servulo
Sesostris *
Setimo
Severiano
Severim *
Severino
Severo
Sexto
Siacrio
Siardo
Sicario
Siculo *
Sidonio
Sidronio
Sifredo
Siginardo *
Sigisberto *
Sigismundo
Signo
Silano
Silas
Silencio *
Silfrido *
Silvano
Silverino *
Silverio
Silvestre
Silvino
Silvio
Simão
Simeão
Similiano
Simitrio
Simpliciano
Simplicio
Simplides
Sina
Sindimo
Sindulpho
Sinerio
Sinibaldo
Sinyto
Sirenio
Sisberto
Sisenando
Sisinnio
Sisisclo
Sisnando
Sisypho *
Siviardo
Sixto
Smaragno
Sobel
Socrates
Solano
Solario *
Solemne
Solochano
Solon
Solutor
Sophocles *
Sophonias
Sophronio
Soro
Sosias *
Sosio
Sositheu
Sosoneas
Sostheneu
Sosthenio
Soter
Spacio
Sperato
Speusippo
Spiridião
Stacteu
Stapino
Statilino *
Statuliano
Stenio *
Strabão *
Stratão
Stratonico
Sturmio
Styriaco
Suacrio
Suario
Successo
Sueiro *
Suetonio *
Suiberto
Sulpicio
Summano *
Sunifredo *
Superio
Surano
Suzandro
Suzão
Syagrio
Sygeu *
Sylo *
Symmacho
Symphoriano
Symphorino
Symphosio
Symphronio
Synesio
Syricio
 
 
T
 
Taciano
Tacito *
Talassião *
Talma *
Talthybio *
Tammaro
Tancredo *
Taraquio
Tarquinio *
Tasão
Tasso
Taureo
Taurino
Telamon *
Telchio *
Telegono *
Telemaco *
Telesphoro
Teleucio *
Tello *
Telmesso *
Telmo
Temeseu *
Tercio
Terenciano
Terencio
Tergemino *
Tertulliano
Tertullino
Tertullo
Tetradio
Teucro *
Thacio
Thaddeu
Thalaleu
Thaleu *
Thalo
Thamel
Thamusio *
Tharasio
Tharsicio
Thatuel
Thebaldo *
Themistio
Themistocles
Theobaldo *
Theocrito *
Theoctisto
Theodardo
Theodato *
Theodefrido *
Theodomiro
Theodo
Theodolindo *
Theodoreto
Theodorico
Theodoro
Theodosio
Theodoto
Theodulo
Theodulpho
Theofredo
Theogenes
Theogono
Theonando *
Theonas
Theonesto
Theoneu *
Theonitas
Theophanes
Theophilo
Theophrasto *
Theophylacto
Theopisto
Theopompo
Theoprepido
Theorio *
Theosonio
Theotico
Theotimo
Theotonio
Theresto
Theseu *
Thesidio
Thespecio
Theuderio
Thiago
Thilo
Thomaz
Thomé
Thrasêas
Thrason
Thucydides *
Thuderio *
Thyestes *
Thyrso
Tiberino *
Tiberio
Tibullo *
Tiburcio
Tichio
Ticiano
Tigides
Tigre
Tigrio
Tilmano *
Timagenio *
Timesio *
Timolau
Timoleão
Timon
Timotheo
Tirynthio *
Tito
Tobias
Tolentino *
Torello
Toriano
Torquato
Tortuano
Tradulo
Trajano *
Tranquillino
Tranquillo
Trefaldino *
Tremorio
Tresano
Treverio
Tribinio
Trino
Triphino
Triphylio
Tripodo
Triptolemo *
Tristão *
Troadio
Trocosendo *
Trojano
Tropes
Trophimo
Tructemundo *
Trudão
Tryphonio
Tude
Tullio *
Turibio
Tussano *
Tychico
Tycon
Tyndaro *
Tyrannio
 
 
U
 
Ubaldino *
Ubaldo
Ubarico *
Udolpho
Ugolino
Ugucião
Ulberto
Ulfacio
Ulpiano
Ulrico
Ulysses *
Umbelino *
Umbronio *
Unfredo *
Urbano
Urbicio
Urbino *
Urias
Urminio *
Urpiano *
Ursicino
Ursicio
Ursino
Urso
Usdamino *
Usibefo *
Usuardo
 
 
V
 
Valabonso
Valencio
Valentem
Valentiniano
Valeriano
Valerico
Valerio
Valorino *
Valsenio *
Vamberto
Vandelino
Vandregisilo
Vanulpho
Varico
Varo
Veccio
Vedasto
Venancio
Vendimiano
Venerando
Venero
Ventura *
Venustiano
Venusto
Verano
Verecundo
Veredemo
Veremundo
Vergilio (14)
Veriano
Veridiano *
Veríssimo
Vero
Verociano
Verulo
Vespasiano *
Veterio
Viador
Vicente
Victo
Victor
Victoriano
Victorico
Victorino
Victricio
Vigilio
Vigor
Vilicario
Vilmaro
Vindemial
Vindiciano
Vindonio
Vinnoco
Viriato *
Vital
Vitaliano
Vitalino *
Vitellio *
Vitruvio *
Vivaldo *
Vivencio
Vivenciolo
Volmaro
Volusiano
Vulgiso
Vulsino
Vulstano
 
 
W
 
Walfredo *
Walter *
Waltheno
Wenceslau
Wenefredo *
Wigberto
Wilfrido
Willibrodo
Winebaldo
Wistanno
Wistremundo
Wladmiro
Wolfando
Wulfranno
 
 
X
 
Xenophonte *
Xisto
 
 
Z
 
Zacharias
Zacheu
Zaleuco *
Zamas
Zanitas
Zarbello
Zebedeu
Zebinas
Zelotes
Zenas
Zenobio
Zenon
Zephyrino (15)
Zephyro
Zeto
Zetulio
Zocio
Zodino *
Zoello
Zoilo
Zomaro
Zophimo
Zophoro
Zopyro *
Zoroastro *
Zotico
Zozimo
Zulmiro *
 
 
 
 
 
NOMES FEMININOS
 
 
N.B. — Os nomes que não são precedidos do asterisco (*) designam individuos santificados ou beatificados pela Egreja.
 
 
A
 
Abelamia *
Abilia *
Abilina *
Abrosima *
Abundancia
Abundia *
Acacia *
Acidalia *
Acrisia
Acyllina
Ada
Adalberta *
Adalcina *
Adalcinda
Adalgisa *
Adelaide
Adelberta *
Adelia
Adelina *
Adelinda
Adilia
Adla *
Adolphina *
Adosinda
Adria
Adriana *
Adventina *
Affonsa *
Affonsina *
Afra
Africa *
Agamunda *
Agapia
Agar *
Agarista *
Agatha
Agathoclia
Agathonica
Agelia *
Agenoria *
Aglaia
Agostinha *
Agricia *
Agrippina
Agueda
Aguiberta
Aida *
Albana *
Alberta *
Albertina *
Albina
Alceste *
Alcida *
Alcidamia *
Alcina *
Alcippe *
Alemena *
Alda
Aldeberta *
Aldegundes
Aldetrudes
Aldina *
Aldira *
Aldonsa
Aldora *
Alêa *
Alecta *
Alcide
Aleixa *
Aleixina *
Alena
Alexandra
Alexandrina
Alfreda
Alfredina *
Algiva
Alice
Alina
Alipia *
Allyria *
Almerinda *
Almyra *
Alodia
Alonsa *
Aloysia
Alva *
Alvarina *
Alveria
Alysia *
Alzira *
Amada
Amalberga
Amalia *
Amaltrudes *
Amancia *
Amandia *
Amandina *
Amarina *
Amarynthia *
Amatalidia
Ambrosia *
Ambrosina *
Amelia
Amelina *
Amena *
America *
Amicia
Amidia *
Amina *
Ammia
Ammonária
Anacleta *
Anaide *
Anaísa *
Anastacia
Anathilde *
Anatolia
Anaxandra *
Andrelina *
Andresa
Andromacha *
Anelide *
Angadresmia
Angela
Angelica *
Angelina
Aniceta *
Anna
Annalia *
Annalydia *
Anoberta *
Anselina *
Anselma *
Anthia
Anthilia
Anthusa
Antigone
Antiopa *
Antonia
Antoniella *
Antonieta *
Antonina
Anysia
Aphrodita *
Apollina
Apollinaria
Apollonia
Apparicia *
Appia
Apra *
Aprigia *
Aprincia
Apronia
Aquila
Aquilina
Arabella *
Arabia
Aragonta
Archangela *
Archanja *
Archelaide
Arcilma *
Ardelina *
Ardesira *
Areta
Arethusa *
Argentina *
Argina
Argyra *
Ariadne
Ariana *
Alicia
Aricina *
Alinda *
Arlinda *
Armanda *
Armandina *
Armenia *
Arminda *
Arminia *
Arnaldina *
Arnulpha *
Arselina *
Arsenia *
Artemia
Artemisa *
Artesia *
Arthelaide
Arthura *
Artiga
Asarina *
Ascensia *
Ascla
Asella
Aspasia *
Assucena *
Asteria
Astréa *
Átala *
Atalanta *
Athalia *
Athanasia
Athenaíde *
Athenaísa *
Attála
Aucta
Auda
Aufidia
Augia
Augusta *
Aura
Aurea
Aurelia
Aureliana *
Aurelina *
Aurora *
Ausenda
Austreberta
Auxilia
Auziria *
Avelia *
Avelina
Avia
Azalea *
Azesia *
 
 
B
 
Bada
Balbina
Baldomira *
Balduina *
Balsamina
Baptistina *
Barbara
Barlababia
Barthola *
Bartholomêa *
Basilia
Basilissa
Basinia *
Bassa
Bathilde
Bathilla *
Beata
Beatriz
Begga
Belarmina *
Beldora *
Belilla *
Belisa *
Belisanda *
Bellalma *
Bellina
Belmira *
Beltrana *
Bemvinda
Benedicta
Benedictina
Benevola *
Benicia *
Benigna
Benilde
Benta
Berecymthia *
Berelinda
Berengaria *
Berenice *
Bernarda *
Bernardina
Bertha
Berthilde *
Berthilla
Bibiana
Bibliades
Blanda
Blandina
Blidonia *
Blimunda *
Blithilde *
Boanova *
Bona
Bonanza *
Bonifacia *
Bonina *
Bonosa
Branca
Brancolina *
Braulia *
Brázia *
Brasilia *
Brazilina *
Brigida
Briolanja
Brites *
 
 
C
 
Cacilda
Caetana *
Calligenia *
Callinica
Calliope
Callisthenia
Callixta
Calma *
Camilla
Candida
Cantianilla
Canulia *
Capitola *
Capitolina
Cardovilia *
Cariberta *
Caricia *
Caridade
Carina
Carisa
Caritina
Carlinda *
Carlota *
Carmelia *
Carmelina *
Cármina *
Carmina *
Carminda *
Carmosina *
Carolina *
Casdoa
Casimira *
Cassandra *
Cassia
Cassiana *
Cassiodora *
Casta *
Castalia *
Castorina
Catharina
Catullina *
Cecilia
Celerina
Celeste *
Celestina *
Celia *
Celiana *
Celimena *
Celina *
Celinia
Celisa *
Celsa *
Censorina *
Cephysa *
Cesaria
Cesariana *
Cesarina
Ceserinda *
Chama *
Chelidonia
Cherubina *
Chionia
Chloé *
Chloris *
Chrisina *
Chrismelia *
Chrismunda *
Christeta
Chiristiana
Christilia *
Christina
Christiniana *
Christolinda *
Chrysallida *
Chrysantha *
Chrysanthina *
Cisella *
Clara
Clarencia *
Clarinda *
Clarisse *
Claudia
Claudina *
Cleandra *
Clelia *
Clemencia *
Clementina *
Cleodice *
Cleodora *
Cleonida
Cleopatra
Climena *
Clivia *
Clorinda *
Clotilde
Cointha
Coleta
Colombina *
Colorina *
Columba
Columbana *
Comba
Conceição *
Concessa
Concordia
Condorina *
Conrada *
Conradina *
Consorcia
Constança
Constantina *
Cora *
Coralia *
Cordelia *
Cordolina *
Cordula
Coresia *
Corinna *
Corintha *
Corisandra *
Cornelia
Corona
Cosmelia *
Cosmelina *
Craphailde
Cremilde *
Crescencia
Crescenciana
Creusa *
Crisfalia *
Crisolina *
Crispina
Crispiniana *
Crispula *
Crymira *
Crysphelia *
Crystallina *
Cucia
Cunegundes
Custodia *
Cydalia *
Cydalisa *
Cymodocêa
Cynira *
Cynthia *
Cypriana *
Cyprilla
Cyra
Cyriaca
Cyrilla
Cysbellia *
 
 
D
 
Dacia *
Daciana *
Dactilia *
Dafrosia
Dalia
Dalila *
Dalma *
Dalminda *
Damascena
Damasia *
Damia *
Damiana *
Daniella *
Daria
Dativa
Davina *
Debora *
Deidamia *
Dejanira *
Delia *
Delminda *
Delmira *
Delphina
Demetria
Deolinda *
Derphuta
Desdemona *
Desideria *
Dhalia *
Diamantina *
Diana *
Didia *
Didyma *
Digna
Dina *
Diniza
Dinorah *
Diocleciana *
Diodora *
Dioguina *
Diomeda *
Dionysia
Dirce *
Disciola
Doda
Domicia
Domiciana *
Domingas
Domitilla
Domna
Domnina
Donaciana *
Donalda *
Donata
Donatilla
Donvina
Dora *
Dordia
Dorina *
Dorinda *
Dorothêa
Drosela
Duartina *
Dula
Dulce *
Dulcidia *
Dympna
 
 
E
 
Ederia *
Ederlinda *
Edilbarga
Edilberta *
Edista *
Editha
Edmunda *
Eduarda *
Edulia *
Egberta *
Egeria *
Egira *
Eglantina *
Elampia
Electa
Electra *
Eleucadia *
Eleusina *
Eleutheria *
Elfleda
Eliana *
Elisa
Elisaria *
Elmina *
Elodia
Elpidia
Elvina *
Elvira *
Emercinda *
Emerencia
Emerenciana
Emerita
Emilia
Emiliana
Emma *
Emmelia
Emmelina
Endrequina
Engracia
Ennatha
Ephisa
Epicharia
Epiphania
Eponina *
Erasma
Eremberta *
Ergina *
Erlinda *
Ermancia *
Ermelina *
Ermelinda
Ermenilde
Ermesenda
Ernesta *
Ernestina *
Erotheide
Erycina *
Escholastica
Esêa *
Esladia *
Esmeralda *
Esmeraldina *
Especiosa
Esperanza
Estanislada *
Estella *
Estellina *
Estephania
Esther *
Estrella *
Esullia *
Ethebina *
Ethelberga
Ethelberta *
Ethelinda *
Ethelvina *
Etherea *
Eubula
Eudora *
Eudoxia
Eugenda
Eugenia
Eulalia
Eulampia
Eumenia *
Eunicia *
Eunomia
Euphemia
Euphrasia
Euphrosina
Euprepia
Eupuria
Eurosa
Eurybia *
Eurydice *
Eusebia
Eustochia
Eustolia
Euthalia
Eutropia
Eva
Evangelina *
Evarista *
Evelia *
Evelina *
Everilde *
Evodia *
Exuperancia
Exuperia
 
 
F
 
Fabia *
Fabiana *
Fabiola
Fabriciana *
Facunda *
Fara
Farailde
Farsilla
Fausta
Faustina
Favorina *
Fé
Febronia
Fédora *
Felicia *
Feliciana *
Felicidade
Felicíssima
Felicula
Felisbella *
Felisberta *
Felismina *
Felizarda *
Fercinta
Fernanda *
Fernandina *
Fidelia *
Fidrina *
Fina
Fionisa *
Firmeza *
Firmina
Flaminia
Flausina *
Flavia
Flaviana
Flôr *
Flora
Flôrbella *
Florencia
Florenciana *
Florentina
Floresinda *
Florestina *
Floriana
Floriberta *
Flórida
Floridora *
Florimunda *
Florina
Florinda *
Floripes
Fortunata
Franca
Francelina *
Francina *
Francisca
Fredegunda
Frederica *
Fredesuinda
Fridolina *
Frodoberta *
Froila
Frolina *
Fructuosa
Fulgencia *
Fulvia *
Fusca
 
 
G
 
Gabriella *
Gaiana
Galathêa *
Galla
Gasparina *
Gaudencia
Gavina
Gemina *
Gemma
Generosa
Genesia
Genoveva
Georgeta
Georgia
Georgiana *
Georgina
Gerarda *
Gerasima *
Gerburges
Germana
Germania
Germina *
Germosina *
Gertha *
Gertrudes
Gertruria *
Gerundia *
Gervasia *
Getrusa *
Gilberta *
Gilda *
Giralda *
Giraldina *
Giselda *
Gisella
Glaphyra
Glyceria
Glycinia *
Goberta
Godulia
Gomorinda *
Gonçala *
Gondina *
Gorgonia
Gornesilde *
Graça
Gracia *
Graciana *
Graciliana *
Gracinda *
Graciosa *
Grata
Graziella *
Gregoria
Griselda *
Groelia *
Grothilde
Gualberta *
Gualdina *
Gudelia
Guilhermina *
Guiomar
Gulnara *
Gumersinda *
Gundenia
 
 
H
 
Haduinda *
Halesia *
Halia *
Haydêa *
Hebe *
Hedda
Heduina *
Hedwiges
Helania *
Helconida
Helena
Helia
Heliberta *
Helimena *
Helina *
Heliodora *
Helionida *
Helladia *
Heloisa *
Henedina
Henneberta *
Henriqueta *
Heradia *
Herberta *
Herculana *
Herculina *
Herenia
Heribalda *
Hermana *
Hermelanda
Hermenegilda *
Hermenerica *
Hermenfrida *
Hermengarda *
Herminia *
Hermione
Hermogenia
Hero *
Herosina *
Hersenda *
Hersilia *
Hersippe *
Herundina
Hervania *
Hervima *
Hierothêa
Hilaria
Hilarina *
Hilda
Hildeberta *
Hildegarda
Hilderica *
Himaria *
Hippodamia *
Hippolyta *
Hippomenia *
Honesta *
Honorata
Honoria
Honorina
Hortensia *
Huberta *
Humberga
Humbertina *
Humildade
Humiliana
Hygina *
 
 
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Ida
Idalina *
Idalmira *
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Ignacia *
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Ilduara *
Illuminada
Imelda
Imperia *
Inesilla *
Innocencia
Iphigenia
Iraíde
Irene
Iria
Irma *
Irmina
Isabel
Isalia *
Isaura *
Isaurinda *
Isidora
Isilda *
Ismalia *
Ismenia *
Isolina *
Iva *
Iveta
 
 
J
 
Jacintha
Januaria
Jarilla *
Jeronyma *
Jesualda *
Jesuina *
Joanna
Joaquina *
Jocelyna *
Jolenta
Jonilla
Jorgelina *
Josepha *
Josephina *
Josina *
Jovina *
Jovita
Jucunda
Jucundina *
Judith
Julia
Juliana
Julieta *
Julitta
Junquelina *
Justa
Justina
Justiniana *
Juvencia *
Juventina *
 
 
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Kerma *
Kyola
 
 
L
 
Laborina *
Lacinia *
Ladislada *
Laire *
Lamberta *
Landelina *
Landerica
Landoalda
Landolpha
Laodice *
Latuina *
Laura *
Laureana
Laurentina *
Laurinda *
Laviana *
Lavinia *
Lazarina *
Lêa
Leandra *
Leda *
Lelia *
Leocadia
Leocricia
Leofreda *
Leolina *
Leolinda *
Leomira *
Leonarda *
Leoncia
Leonia
Leonida
Leonilda *
Leonilia
Leonisa *
Leonor
Leontina *
Leopolda *
Leopoldina *
Leovigilda *
Lesbia *
Lethêa *
Leticia *
Leucippe *
Levinna
Lia *
Libania *
Libeja
Libentina
Liberata
Liberia
Liberiana *
Liboria *
Liceria
Liciniana *
Lidonia *
Ligêa *
Lilia *
Liliosa
Lilitha *
Limbania
Lina *
Linda *
Lindora
Lioba
Lisbana *
Liseta *
Livia
Lomelinda *
Losmenia *
Lourença
Lubecia
Lubinda *
Lucencia
Lucia
Luciana *
Lucidia
Lucilia
Lucina
Lucinda *
Luciola *
Lucioldina *
Lucrecia
Ludovina *
Luiza
Luminosa
Lutgarda
Luz *
Luzia
Lycia
Lydia
 
 
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Mabelina *
Macaria
Macra
Macrina
Madira
Mafalda
Magdalena
Magina
Magna
Magnencia
Magnerica *
Malberta
Malchia
Malvina *
Mama
Mameltha
Mancelina *
Manna
Mannêa
Manuela *
Maonia *
Marana
Marçala *
Marcella
Marcellina
Marcia
Marciana
Marcionilla
Marcolina *
Marfida *
Margarida
Maria
Marianna
Marieta *
Marilia *
Marina
Marinha
Marispala
Marqueza *
Marsilia *
Martha
Martinha
Martiniana *
Marucyna *
Marutha
Massilitana *
Materna
Mathia
Mathilde
Mathurina *
Matrona
Matutina
Maura
Maurencia *
Mauricia *
Mavildia *
Mavilia *
Maxellenda
Maxencia
Maxima
Maximiana *
Maximiliana *
Maximina *
Mecia *
Medêa *
Medula
Medulina *
Megara *
Melania
Melibêa *
Melicerta *
Melissa *
Mellona *
Melusina *
Memmia
Mena *
Menalia *
Menalippe *
Menodora
Mentha *
Meralda *
Mercedona *
Mercuria
Merope *
Metella *
Metrodora
Michaella
Mictêa *
Midia *
Milburges
Militina
Mimosa *
Mindina
Minervina *
Minna *
Miquelina
Modesta
Modoalda *
Monegunes
Monica
Montana
Muciana *
Muma
Musa
Mustiola
Myra *
Myrope
Myrta *
Mysia *
 
 
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Nanthilde *
Narcisa *
Natalia
Natalina
Nathercia *
Nemesia *
Neomadia
Neomisia
Neonia
Neophyta
Nicerata
Niceria
Niceta
Nicolêta *
Nicolina *
Nicostrata *
Nimmia
Nina *
Nisandra *
Nise *
Niserta *
Noemia *
Nominanda
Nonna
Norbana *
Norberta *
Norma *
Numisia *
Nympha
Nymphodora
 
 
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Obdulia
Oblata
Obsidiana
Oceanira *
Ocrisia *
Octacilia *
Octavia *
Octaviana *
Octavilia *
Oda
Odefrida *
Odilia
Odorina *
Odyxe *
Ofrania *
Ogga *
Oggeria *
Olaia
Olderica *
Oldrada
Olena *
Olga *
Olganda *
Olinda *
Olivia
Olympia
Olympiodora *
Olyntha *
Omphalia *
Ondina *
Onesandra *
Onesima *
Onofria *
Opalina *
Ophelia *
Opportuna
Optaciana *
Orbania
Orencia *
Oréstea *
Orfina *
Oringa
Oriola *
Orisia *
Ormenia *
Orphilia
Ortaria *
Orthelia *
Orthesia *
Ortygia *
Osanna
Oscarina *
Ositha
Osmandina *
Osmanna
Osmarina *
Osmunda *
Ostiana *
Ostinda *
Othegera
Othelinda *
Othelina *
Othilde
Othilia
Ouriana
 
 
P
 
Paciencia
Palladia
Palmyra *
Pamella *
Pantagapa
Parthenia *
Paschasia
Paschoa *
Patralia
Patricia
Paula
Paulina
Paz *
Pelagia
Penelope *
Peregrina *
Perina *
Perpetua
Perseveranda
Petronilha
Pheba
Phedra *
Philippa
Philomela *
Philomena
Philonilla
Philyra *
Photina
Pia
Piencia
Placida
Placidia
Plautilla
Plautina *
Pollena
Polymnia *
Polyxena
Pomposa
Poncia
Porchária
Porcia
Porcina *
Porphyria *
Possidonia *
Potamia
Potamiana
Potenciana
Praxedes
Preciosa *
Prepedigna
Primavera *
Primicia
Primitiva
Primorosa *
Prisca
Priscilla
Priscilliana *
Prosdocia
Proserpina *
Protasia
Prudencia
Prudenciana *
Publia
Pudenciana
Pulcheria
Purina *
Pusinna
 
 
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Quaresmina *
Quartilla
Quelminda *
Quieta
Quinta
Quintilla
Quirilla
Quiteria
 
 
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Rachel *
RachiIde
Radegundes
Raingarda
Raphaella
Rastragena
Raymunda *
Ravenosa
Rebecca *
Redempta
Refreda
Regina
Regiola
Renata *
Renofria
Reparata
Restituta
Revocata
Ricardina *
Ridenta *
Rita
Roberta *
Rogelia *
Rolinda *
Rollina *
Romana
RomiIda *
Romula
Rosa
Rosalba *
Rosalia
Rosalía *
Rosalina
Rosalinda *
Rosamunda *
Rosaria *
Rosaura *
Resella *
Rosenda
Rosina *
Rosinda *
Rosula
Roxana *
Rufina
Rustica
Rusticula
Ruth *
 
 
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Sabina
Saborina *
Salaberga
Sallustia
Sallustiana *
Salomé
Salominia *
Salonina *
Salviana *
Salvina *
Sancha
Saphira *
Sara
Saturnina
Saúla
Sebastiana
Secunda
Secundilla
Secundina
Secundula
Sedopha
Segulena
Selima *
Seloyna *
Semiramis *
Senhorinha
Sephora *
Septimia
Seraphina
Serapia
Serena
Seridiana
Serotina
Servilia *
Severa
Severina *
Sibylla
Sibyllina
Sicaria
Sidonia *
Sigillinda
Sigismunda *
Silfrida *
Silvana *
Silveria *
Silverina *
Silvia
Silvina *
Simeana *
Simôa *
Simplicia *
Sirenia
Sizaltina *
Solanja
Solina
Soluta *
Somnina
Sopatra
Sophia
Sotera
Sothêa
Speranda
Suzanna
Sylvandira *
Symphorosa
Syncletica
Syntixe
 
 
T
 
Taciana
Tagilda
Talida
Tanaíde *
Tanca
Tarbula
Tarsicia
Tatta
Tauricia
Tedifera *
Telegona *
Telesphora *
Telethusa *
Tenciana *
Tenestina
Terencia *
Tergemina *
Tertulla
Tertulliana *
Tertullina *
Teucria *
Thaísa
Thalia *
Thêa
Thecla
Thecusa
Themistia *
Theoctista
Theodemira *
Theodesta
Theodolinda *
Theodora
Theodorina *
Theodosia
Theodata
Theola
Theonia
Theonilla
Theophana *
Theophila
Theopista
Theoseta
Theothilde
Theresa
Theresina *
Thermesia *
Thesmophora *
Thessalonice
Thomazia
Thrasilla
Thyella *
Tiburcia *
Tilia *
Timoria *
Timothea *
Titania *
Toda * (16)
Toscana
Tridonia
Triglina *
Triphina
Tritogenia *
Trivia *
Tryphonia
Tryphosa
Tullia
Tusca
 
 
u
 
Ubalda *
Ubaldesca
Ubaldina *
Uberilde *
Udesira *
Udolpha *
Ufrisia *
Ulberta *
Ulfia
Ullina *
Ulmara *
Ulmina *
Ulrica *
Umbelina
Umbronia *
Unfredina *
Unigena *
Urania *
Urbana *
Urbina *
Urganda *
Urgelia *
Urgemira *
Urinthia *
Urminia *
Urraca
Ursicia *
Ursula
Usca
Usdamina *
 
 
V
 
Valentina
Valeria
Valeriana
Vandelina *
Velleda *
Venancia *
Veneranda
Venilia *
Venturosa *
Verena
Veridiana
Verissima *
Verona
Veronica
Vestina
Veturia
Vicencia *
Vicentina *
Victoria
Victoriana
Victorina
Vinciana
Viola
Violante
Violeta *
Virginia *
Vissia
Vitalina
Vivencia
Vivina
 
 
W
 
Walburga
Walfreda *
Waltrudes
Wanda *
Wellinska
Wenceslina *
Wenefrida
Wenusca
Wereburges
Wilgeforte
Wulfida
 
 
X
 
Xantippa
Xena
Ximena *
 
 
z
 
Zahara *
Zaida *
Zêa *
Zebina
Zelia *
Zenaide
Zenobia
Zephyrina *
Zerlina *
Zitulia *
Zina *
Zita
Zoé
Zora *
Zosteria *
Zozima
Zulima *
Zulma *
Zulmira *
Zydia *
 
 
FIM.
 
 
NOTAS
(1) Diácono, martyrisado em Tongres. (Véde «Vies des Saints» par J. Ambroise. — Bruxelles, 1805.)
(2) É sobrenome, assim como: Sertorio, Murillo, Cicero, Nelson, Cincinnato, Petrarca, Linneu, Collatino e outros, que actualmente estão sendo impostos como nomes de baptismo.
(3) Nome catholico, com idêntico na mythologia. Do mesmo modo: Apollo, Mercurio, Saturno, Orestes, Phebo, Ugolino, Nereu, Polyxena, Narciso, Calliope, Aggeu, Achilles, Iphigenia, Jasão, Ia, Alpheu, Patroclo, Ariadne, Priamo, Amphion, Hippolyto, Aristeu, Páris, Antigone, Philemon, Oceano, Hermione, Peleu, Anthia, Proclo, Gorgonia, Hermes, Musa, Nympha e outros.
(4) São egualmcnte santificados: Leopardo, Urso, Castor, Leão, Tigre, Phocas, Felino, Taureo, etc.
(5) Froalengo, Froarico, Gumeado e Usibefo, prelados portuenses. (V. «Catalogo dos Bispos do Porto» por D. Rodrigo da Cunha e Antonio Cerqueira Pinto. — Porto, 1742.)
(6-7) Apesar de muito conhecidos como appellidos, são tambem nomes de baptismo e assim os usaram alguns portugueses iIlustres, entre os quaes Garcia de Rezende, Garcia de Orta, Gomes Eannes de Azurara, Gomes Freire de Andrade, etc.
(8) Abbade, martyr. (V. «Flos Sanctorum Augustiniano» por Frei Manuel de Figueiredo. — Lisboa, 1737.)
(9) S. Judas Thaddeu, apostolo.
(10) Martyr em Lycaonia. (V. «FIos Sanctorum» pelo Padre Diogo do Rosario. Lisboa, 1870.)
(11-12) Nomes diversos, posto que de pronuncia semelhante. Refere-se o 1.º a S. Proclo, bispo de Constantinopla; o 2.º a S. Proculo, martyr em Bolonha.
(13) Pouco usado em Portugal como nome de baptismo, mas não assim em França e noutros paizes, aonde o seu equivalente é bastante conhecido.
(14) É esta a orthographia mais conforme com a etymologia e por isso a adoptamos aqui, escudados com a aucturidade e o exemplo dos nossos mais distinctos latinistas.
(15) Geralmente, pronuncia-se e escreve-se ZEFERINO; nós porém, entendemos dever preferir ainda, uma vez a orthographia etymologica, como mais correcta.
(16) Foi uma dama d'este nome, D. Toda Hermigues, a bisavó do celebrado Egas Moniz, aio de D. Affonso Henriques.
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as amas de leite

9/5/2020

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Antony Mars e a sua ama por F. Nadar (BNF)

Vários dos nossos antepassados podem ter sido alimentados na primeira infância por amas de leite, com as quais não eram minimamente aparentados. Embora os seus nomes não surjam na nossa árvore genealógica, estas amas foram, pois, importantes para a história da família. Por outro lado, algumas das nossas antepassadas podem até ter sido, elas próprias, amas de leite: quer pontualmente, quer sistematicamente e quase como se fosse uma profissão. Neste texto desvendamos um pouco da história das amas de leite, sob o olhar da Genealogia.

Algumas amas de leite de príncipes franceses, em detalhes de gravuras do espólio da BNF: a ama de leite de Luís, Duque da Borgonha (1682-1711); Luís, Duque da Bretanha (1707-1712), filho do precedente, ao colo da sua ama de leite; Napoleão II, o Rei de Roma (1811-1832), filho de Napoleão Bonaparte, também ao colo da sua ama de leite. O papel das amas de leite era de tal modo importante que, no caso daquelas a quem fora incumbida a missão de amamentar grandes figuras da realeza europeia, não raramente elas privavam com toda a família real dentro do palácio e eram representadas nos retratos dessas figuras enquanto príncipes. Ainda assim, quase sempre o seu nome era formalmente omitido, como se o seu trabalho fosse uma honraria que lhes era concedida. Na primeira destas três gravuras, a legenda (não reproduzida) alude mesmo ao "ofício glorioso" de cuidar da infância de tão ilustre pessoa, como era o caso do Duque da Borgonha, neto do célebre "Rei Sol" - Luís XIV de França.

As amas de leite são um ofício quase tão antigo como as sociedades humanas, na medida em que desde muito cedo houve a necessidade de amamentar filhos alheios, quer por impedimento biológico ou por questões sociais, entre outras possíveis razões.
Se considerarmos as circunstâncias em que era desempenhado este ofício, podemos dividi-lo em:
1) amas de leite domiciliárias ou particulares;
2) amas de leite externas.
As primeiras eram contratadas como criadas para trabalharem na casa de uma família com posses, onde exerciam a tarefa específica de amamentar e cuidar de crianças, por vezes também como amas secas, ou seja, continuando a cuidar dessas crianças já numa idade em que não eram amamentadas. Podiam também ser contratadas por uma instituição, como uma Câmara Municipal ou uma Misericórdia, para amamentar crianças expostas à caridade pública.
As segundas eram, por norma, mulheres que viviam no campo e que estabeleciam uma espécie de contrato de criação com uma família de posses ou com uma instituição assistencial, ficando obrigadas a acolher o bebé. Eram responsáveis pela sua criação até cerca dos dois anos de idade, altura em que a criança regressava ao seio da família biológica ou à instituição.

O tema das amas de leite externas é recorrente na arte europeia, desde, pelo menos, o século XVI. O primeiro exemplo é precisamente do século XVI e do pintor flamengo Maerten van Cleve. Trata-se de um detalhe da pintura "A visita à ama" (Musée des Beaux Arts, Orléans), podendo ver-se um casal de cortesãos em casa da ama de leite, estando a dama com o filho, junto à ama, e ele a pagar o respectivo serviço ao homem posicionado do lado direito. O segundo exemplo, de meados do século XVIII, é um detalhe da gravura "As despedidas à ama", de De Launay, com base em quadro de E. Aubry. Dedicada à Condessa de Merle, embaixadora do Rei de França em Portugal, a gravura mostra o momento em que a criança abandona a casa da ama, com quem, naturalmente, criara uma ligação afectiva, mostrando não querer separar-se da ama, apesar de estar já nos braços da mãe. Pelo modo como as figuras se encontram vestidas, percebe-se uma clara diferenciação social entre a ama e a dama que lhe confiara o filho. O terceiro exemplo é o quadro de Silvestro Lega intitulado "A visita à ama", de cerca de 1870 (Palácio Pitti, Florença).

Quer as amas de leite domiciliárias ou particulares, quer as amas de leite externas tendiam a ser oriundas de zonas rurais. Porém, as primeiras geralmente mudavam-se para casas de fidalgos ou burgueses endinheirados. As segundas continuavam a residir no campo, por vezes com condições de habitabilidade algo precárias. Não por acaso, a mortalidade infantil tendia a ser mais alta entre os bebés alimentados por amas externas. Aliás, a opção pelas amas de leite externas foi mais comum até ao século XVIII, sobretudo em França. Na centúria de Oitocentos, e muito devido à influência britânica, a tendência inverteu-se a favor da contratação preferencial de amas de leite particulares. Estávamos já no Romantismo e a privacidade no contexto familiar ganhara mais importância.
Esta mudança de tendência também derivou do exemplo dado pelas casas reais. A rainha Vitória de Inglaterra contratou amas de leite para os seus filhos, uma das quais - Mary Ann Brough, que amamentou o príncipe Edward - ficou célebre por ter, posteriormente, assassinado os seus seis filhos. Em Espanha, o rei Fernando VII, ao escolher uma ama de leite da região cantábrica de Vale de Pas para amamentar a sua filha e sucessora, Isabel II, criou em Espanha a moda da contratação das "amas pasiegas". Assim, não é de todo surpreendente que, no século XIX, a contratação de amas de leite particulares se tenha tornado uma marca de status social.

Três exemplos de amas de leite oriundas de zonas rurais, representadas com os trajes tradicionais das regiões de proveniência: Francisca Ramón González (ama da filha do rei Fernando VII de Espanha, quadro de c. 1830 por Vicente López Portaña, Palácio Real de Madrid); a ama de Manuel II de Portugal, com o príncipe ao colo; uma ama passeando com a sua patroa na estância balnear de Monte Carlo, no ano de 1905 (espólio da BNF).

É claro que a história das amas de leite é mais complexa do que possa parecer à primeira vista. Basta referir que cada território tinha particularidades próprias no que a esse ofício dizia respeito. Por vezes, ser ama de leite nem sequer era um ofício remunerado, mas um trabalho forçado. No continente americano, por exemplo, foi comum a amamentação de bebés da elite branca por escravas negras, tendo este fenómeno dado origem ao conceito de “mãe negra” - uma das imagens mais marcantes da escravidão doméstica sentimentalizada.

O tema das amas de leite em postais antigos.

Por outro lado, e voltando ao continente europeu, no caso das amas de leite remuneradas, a sua disponibilidade para serem contratadas podia ocultar realidades difíceis. Por vezes, ofereciam-se para tal serviço por terem acabado de deixar um filho recém-nascido na roda dos expostos, directamente ou através de terceira pessoa. Outras vezes, eram mães cujos filhos haviam falecido durante o parto ou muito pouco tempo depois - o que era relativamente comum em outros tempos, atendendo à alta taxa de mortalidade nos primeiros meses de vida. Em outros casos, as amas de leite não expunham os seus filhos à caridade pública, nem tinham a infelicidade de os perder nos primeiros meses de vida e simplesmente aceitavam outras crianças para amamentar se tivessem leite suficiente para tal. Em todos estes casos, era transversal a frágil situação económica das amas: a disponibilidade de leite para amamentar filhos de outras mulheres era um activo que tinha de ser aproveitado, quando o orçamento familiar era escasso. Por isso, e numa época em que vulgarmente as mulheres tinham muito filhos, com intervalos não muito superiores a um ano entre cada parto, ser ama de leite era entendido por várias mulheres quase como uma espécie de profissão, a qual poderia ser exercida ao longo de 10, 15 ou mais anos, podendo ser ainda mais duradoura se considerarmos que várias continuariam a exercer como amas secas já depois de terem tido o seu último filho.
No caso das amas externas que simultaneamente amamentavam o próprio filho e eram também pagas para dar o seu leite ao filho de outra pessoa, esta situação propiciava alguma tensão. Quem contratava tinha de ser vigilante face ao comportamento da ama, que, naturalmente, tendia a incidir a atenção no seu filho, preterindo a criança deixada sob os seus cuidados.
Essas crianças amamentadas numa mesma época pela mesma mulher, mas sem terem qualquer relação de consanguinidade entre si, designavam-se “irmãos colaços” ou “irmãos de leite”. Em alguns casos, se a ama de leite passava a ama seca, nomeadamente por trabalhar como criada em casa dos pais da criança que amamentara, os irmãos colaços poderiam até criar uma certa cumplicidade entre si, mesmo sendo de díspar condição social: cresciam juntos e brincavam juntos. Mesmo assim, as árvores genealógicas omitem estas ligações, que eram sobretudo afectivas.


Exemplos de anúncios a amas de leite: o primeiro do "Diário de Lisboa" de 12 de Março de 1828 e o segundo de "A Persuasão" de 14 de Outubro de 1891.

A partir do século XIX, a contratação das amas de leite passou cada vez mais pela publicação de anúncios em jornais, embora tivesse permanecido o tradicional sistema das recomendações: feitas por familiares e amigos, pelas parteiras, ou por médicos (nomeadamente os ligados a hospitais ou às rodas dos expostos). Em cidades de maior dimensão, no século XIX existiram mesmo agências de amas, onde os interessados poderiam contratar as mulheres que ali se dirigiam para oferecer os seus serviços. Nestas agências de amas, os clientes examinavam o aspecto físico das mulheres disponíveis para contratação - procedimento que, sob o olhar actual, pode ser considerado bizarro, mas que era uma forma de garantir a qualidade do serviço. Era mais facilmente seleccionada uma mulher com aspecto sadio, robusto e jovem (mas não demasiado jovem) e que parecesse ter muito leite. As candidatas a amas levavam consigo os seus próprios filhos em amamentação, pois o exame ao estado de saúde destes bebés ajudava a aferir a qualidade do leite da mãe. Em alguns casos, fossem contratadas a partir de agências ou por outros meios, estas mulheres  deixavam logo depois o seu bebé entregue a uma parente ou vizinha que tivesse leite. De facto, aquilo que teriam de pagar por tal serviço era compensado pelo valor bastante superior que ganhariam como amas de leite em casa de fidalgos ou burgueses endinheirados.


Imagem
Artigo sobre as amas em Madrid em finais do século XIX e sobre a escolha da ama real de Espanha ("Diário de Annuncios", 5 de Julho de 1886).

Três ilustrações referentes às agências de amas em França: entrada da Agência da Direcção Geral das Amas, em Paris (litografia editada em Londres no ano de 1822); interior de uma agência de amas, vendo-se em primeiro plano um médico examinando uma das amas (pintura de José Frappa, finais do século XIX, Musée Assistance Publique/Hôpitaux de Paris); e uma das agências de amas que existiram em Paris na viragem para o século XX, a de G. Pommereuil, em cujas montras lia-se que as amas eram provenientes do campo e poderiam ser examinadas no local (postal ilustrado).

Em suma, para a Genealogia e, sobretudo, para a História da Família, a questão das amas é particularmente interessante.

E na sua árvore genealógica, haverá alguma mulher que se tenha dedicado a este ofício, com o propósito de obter um rendimento complementar para o orçamento familiar? Inversamente, entre os seus antepassados haverá quem tenha optado por contratar uma ama de leite, de modo a não descurar o que eram então as exigências sociais para os elementos femininos dos estratos mais favorecidos da sociedade? Quem sabe se alguma mulher da sua família não terá até amamentado um rei, um artista, ou uma personalidade marcante...

Texto de Joana Medeiros Couto e Francisco Queiroz



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Dando vida aos retratos antigos

3/28/2020

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Imagem
Fotografia de costumes representando uma mulher dos arredores do Porto (acervo do Arquivo Histórico Municipal do Porto) e resultado da colorização produzida pela aplicação "Colorize-it", ao centro, e pela aplicação do MyHeritage, à direita.

No início de 2020, o MyHeritage passou a oferecer um serviço complementar de colorização de fotografias antigas. Entretanto, devido às restrições à mobilidade impostas no contexto do combate à pandemia de COVID-19, o MyHeritage optou por tornar esse serviço temporariamente gratuito. Fomos testá-lo e deixamos aqui a apreciação, assim como alguns comentários adicionais e dicas sobre a colorização de fotos antigas.

Em primeiro lugar, refira-se que a colorização de fotografias antigas não é um tema novo e que já há vários anos existem na Internet diversas aplicações com esse fim, algumas das quais gratuitas: em versão de teste, até um certo número de imagens, ou então sem limite de imagens mas com aposição de marca de água e/ou redução da resolução. Ora, a aplicação para colorir imagens disponibilizada pelo MyHeritage é, em geral, melhor do que outras que estão disponíveis. Na comparação que mostramos acima, pode ver-se como a aplicação do MyHeritage consegue perceber com maior facilidade onde está a vegetação, para a colocar em tons de verde, e ao mesmo tempo uniformiza melhor o fundo e separa melhor as cores.
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Monda do arroz em Coruche há cerca de cem anos atrás e respectiva versão colorizada (fotografia publicada em SOUSA, Fernando de / QUEIROZ, Francisco / SERÉN, Maria do Carmo et al. – Espólio Fotográfico Português / Portuguese Photographic Heritage. Porto, CEPESE, 2008, URL: http://www.franciscoqueiroz.com/Espolio_Fotografico_Portugues.pdf)

Uma vez que a aplicação do MyHeritage em muitos casos é capaz de detectar a vegetação, fornece geralmente boas colorizações em fotografias de exterior, sobretudo se o que é verde tem uma incidência de luz mais ou menos uniforme, como nesta fotografia que mostramos de mulheres a mondar o arroz em Coruche. Contudo, os testes que fizemos à aplicação do MyHeritage permitem também concluir que a cor das roupas é geralmente problemática. Por vezes, surgem todas as vestimentas em tons muito ténues e com cores mais ou menos aleatórias, como se fosse assumida pela aplicação a incapacidade em detectar a cor autêntica mas, ao mesmo tempo, fosse criado algum tipo de coloração, para que o todo da imagem pareça realmente uma fotografia a cores. A fotografia também aqui mostrada de vários desportistas no Oporto Cricket Club em finais da década de 1920 permite deduzir este problema facilmente, pois os vários uniformes eram necessariamente todos iguais entre si, e as listas eram forçosamente da mesma cor de alto a baixo. Ora, a aplicação do MyHeritage (assim como outras aplicações semelhantes) dá como resultado colorações diferentes, às vezes até dentro da mesma lista de um dos uniformes, sendo que, na prática, os vários uniformes surgem com tonalidades desmaiadas e muito parecidas, quando na realidade seriam cores fortes para melhor se distinguirem as equipas. Um conjunto de quatro retratos em formato carte-de-visite que pertenceu ao espólio de uma família da Póvoa de Varzim também evidencia esta incapacidade do software de colorização, visto que se trata de uma só sessão fotográfica e, mesmo tendo sido a imagem carregada já em montagem, a aplicação não conseguiu reconhecer que a faixa na cintura da menina é a mesma em todas as fotos, surgindo por vezes acastanhada e outras vezes preta/azulada.
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Desportistas no Oporto Cricket Club há cerca de cem anos atrás (versão colorizada de uma fotografia publicada em SOUSA, Fernando de / QUEIROZ, Francisco / SERÉN, Maria do Carmo et al. – Espólio Fotográfico Português / Portuguese Photographic Heritage. Porto, CEPESE, 2008, URL: http://www.franciscoqueiroz.com/Espolio_Fotografico_Portugues.pdf)
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Sessão fotográfica com membros da família Sousa Calheiros da Póvoa de Varzim, possivelmente durante uma viagem que fizeram, atendendo ao timbre do fotógrafo (versão colorizada de uma ilustração publicada em QUEIROZ, Francisco / MOSCATEL, Cristina - Descubra as suas origens. Manual de Genealogia e História da Família. Lisboa, A Esfera dos Livros, 2016, https://genealogiasemsegredos.weebly.com/manual.html)

Apesar de a fotografia colorizada com vários desportistas no Oporto Cricket Club apresentar dois deles com mãos de cores diferentes: uma da cor da pele e outra acinzentada, um dos pontos fortes da aplicação do MyHeritage é conseguir detectar não só os rostos como também as mãos, e mesmo as pernas. Este retrato de uma pastora da Serra do Caramulo tirado há cerca de um século evidencia bem essa capacidade. Aliás, a mencionada aplicação consegue fazer essa detecção mesmo em gravuras ou litografias, portanto em imagens não reais.
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Pastora do Caramulo há cerca de cem anos atrás e respectiva versão colorizada (fotografia publicada em SOUSA, Fernando de / QUEIROZ, Francisco / SERÉN, Maria do Carmo et al. – Espólio Fotográfico Português / Portuguese Photographic Heritage. Porto, CEPESE, 2008, URL: http://www.franciscoqueiroz.com/Espolio_Fotografico_Portugues.pdf)
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Elias da Cunha Pessoa e versão colorizada (litografia publicada em QUEIROZ, José Francisco Ferreira - A Casa do Terreiro. História da Família Ataíde em Leiria. Volume III: Do Século XIX à Actualidade. Leiria, Fundação Caixa Agrícola de Leiria / Jorlis – Edições e Publicidade, Lda., 2018)

A aplicação do MyHeritage consegue também colorizar razoavelmente fotografias que não mostrem pessoas, quer vistas urbanas, quer vistas de campo - como a que apresentamos, do sítio de Porto Moniz nos arredores de Leiria (hoje parte integrante da cidade). Também neste género de imagens sem pessoas, a aplicação do MyHeritage consegue colorizar razoavelmente até as litografias, como a que mostramos abaixo, referente a Lisboa.
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Sítio de Porto Moniz, em Leiria, e versão colorizada (fotografia publicada em QUEIROZ, José Francisco Ferreira - A Casa do Terreiro. História da Família Ataíde em Leiria. Volume III: Do Século XIX à Actualidade. Leiria, Fundação Caixa Agrícola de Leiria / Jorlis – Edições e Publicidade, Lda., 2018)
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Lisboa, litografia da década de 1840 e versão colorizada (colecção particular)

Tal como sucede frequentemente com fotografias de pessoas, nomeadamente ao nível das roupas, também com as fotografias de paisagens a aplicação do MyHeritage tende a não assumir cores fortes, talvez para que, em caso de inverosimilhança, não se note tanto o erro. Porém, se as cores resultantes do processo de colorização não forem incorrectas face à realidade, esta característica da aplicação em análise facilmente pode ser contornada. Damos como exemplo uma fotografia antiga da fachada da Igreja dos Clérigos, no Porto. A aplicação do MyHeritage consegue clarear e azular partes do céu, e ainda distinguir uma árvore ao fundo. Ora, para obtermos uma imagem com cores mais aproximadas da realidade basta-nos utilizar depois um programa simples de edição de imagem e saturar mais as cores - o que é feito num só passo e, em muitos programas de edição de imagem pode até ser feito automaticamente se pedirmos ao software simplesmente para melhorar a imagem. Não poderíamos seguir este passo se a imagem não tivesse sido previamente colorizada.
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Fachada da Igreja dos Clérigos, versão colorizada e versão colorizada com posterior saturação de cor (fotografia publicada em LOPES, Beatriz Hierro / QUEIROZ, Francisco - A Igreja e a Torre dos Clérigos. Porto, Irmandade dos Clérigos, 2013)

É importante referir que a aplicação do MyHeritage, além de colorizar, corrige os níveis do histograma da imagem, conferindo contraste se a imagem estiver baça. Porém, imagens muito baças à partida frequentemente dão maus resultados de colorização, mesmo tratando-se de retratos. Significa isto que um dos pontos fortes da aplicação em análise - o reconhecimento dos rostos - tende a não funcionar nas muito comuns fotografias da segunda metade do século XIX que estão bastante esbatidas, sobretudo se não forem retratos de corpo inteiro. Apresentamos aqui dois exemplos. Em ambos os casos, mostramos o resultado da colorização a partir da imagem original e o resultado da colorização após tratamento prévio à imagem original para lhe dar maior contraste. Pode verificar-se que, no caso da fotografia feminina em "close up", a aplicação confere alguma cor mas não distingue bem que se trata de um rosto. No caso da fotografia de tipo cartão-de-visita, a aplicação limita-se a alterar ligeiramente o tom sépia, mas não introduz qualquer cor, nem mesmo depois de conferirmos maior contraste à fotografia original. Para todos nós é óbvio que se trata de rostos, mas tudo indica que as aplicações de colorização, em geral, ainda têm bastante margem para evoluir, neste e noutros aspectos. Em alguns casos, os resultados já são muito interessantes e, no caso de retratos, conquanto tenham à partida bom contraste e o fundo seja neutro ou menos nítido que o que está em primeiro plano, de modo a ressaltar as silhuetas humanas, há fotografias antigas que literalmente ganham vida com a colorização, como a de três raparigas beirãs com o tradicional penteado "de martelo", fotografadas há cerca de cem anos atrás (ver abaixo). Portanto, nada como experimentar!
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Retrato feminino e versão colorizada, estando em baixo à esquerda uma versão com mais contraste e respectivo resultado da colorização (fotografia pertencente ao espólio da família do último governador de Moçambique e publicada em PORTELA, Ana Margarida / QUEIROZ, Francisco - A Casa de Tralhariz e a Capela do Bom Jesus. Porto, Instituto de Genealogia e Heráldica da Universidade Lusófona do Porto / GEHVID – Grupo de Estudos de História da Viticultura Duriense e do Vinho do Porto, 2008)
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Retrato de um homem de relevo na história da Ourém, estando em baixo à esquerda uma versão com mais contraste e respectivo resultado da colorização (fotografia publicada em QUEIROZ, José Francisco Ferreira - A Casa do Terreiro. História da Família Ataíde em Leiria. Volume III: Do Século XIX à Actualidade. Leiria, Fundação Caixa Agrícola de Leiria / Jorlis – Edições e Publicidade, Lda., 2018)
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Raparigas de Malpica do Tejo há cerca de cem anos atrás (versão colorizada de uma fotografia publicada em SOUSA, Fernando de / QUEIROZ, Francisco / SERÉN, Maria do Carmo et al. – Espólio Fotográfico Português / Portuguese Photographic Heritage. Porto, CEPESE, 2008, URL: http://www.franciscoqueiroz.com/Espolio_Fotografico_Portugues.pdf)


Uma dica final e um conselho:
 
Para evitar a marca de água que, no caso da aplicação do MyHeritage, é gerada no canto inferior esquerdo de cada foto, caso ainda não tenha digitalizado as fotografias que pretende colorizar, ao digitalizá-las não recorte as fotografias pelos limites mas deixe sempre uma margem em branco no rodapé. Depois é só recortar esse rodapé quando estiver colorizada e já não terá qualquer marca de água a atrapalhar. Também pode criar rodapé nas fotografias estando estas já digitalizadas, usando qualquer software simples de edição de imagem e ampliando a moldura para baixo.
 
Não se esqueça que a colorização é um processo sem garantia de autenticidade nas cores, mesmo nos casos em que ela parece mais bem sucedida. Aliás, se pegar numa fotografia a cores e a gravar num ficheiro de imagem em escala de cinzas para depois a carregar na aplicação do MyHeritage (ou noutra qualquer aplicação para colorizar), é muito provável que algumas cores, sobretudo nas roupas, não batam certo com as cores que aparecem na fotografia a cores original. Por conseguinte, a bem do rigor, se pretende usar fotografias colorizadas em livros de família, por exemplo, não se esqueça de mencionar na legenda que a fotografia foi colorizada.
 
Boas colorizações!
 
Francisco Queiroz
(projecto "Genealogia sem segredos")
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DIGIGOV - DICAS DE PESQUISA NA BASE DE DADOS do "diário do governo"

10/31/2019

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DIGIGOV
No final de Julho de 2019 revelámos aqui uma nova base de dados desenvolvida pelo CEPESE, chamada "DIGIGOV - Diário do Governo Digital (1820-1910)".
Já em outro texto demonstrámos como esta base de dados é muito importante para a pesquisa genealógica, em alguns casos contendo informação que não podemos encontrar em outras fontes.
Como prometido, neste texto iremos dar algumas dicas para pesquisar na referida base de dados, no sentido de se obter a maior quantidade possível de dados que nos interessem.
Não iremos aqui explicar quais os cuidados a ter e quais as estratégias a seguir na pesquisa em bases de dados "online", pois isso levar-nos-ia muito longe. É um tema importantíssimo no panorama actual da pesquisa genealógica e até objecto de abordagem na formação "Genealogia sem segredos", mesmo assim apenas de forma resumida, pois muito há a dizer sobre o assunto. Aliás, estamos a trabalhar para que, brevemente, seja possível a realização de workshops práticos que colmatem as muitas falhas notadas na pesquisa genealógica "online". É que, em geral, quem pesquisa na Internet os seus antepassados não faz sequer ideia de que as informações encontradas frequentemente são apenas uma pequena parte das informações que estão disponíveis.
Também na base de dados "DIGIGOV - Diário do Governo Digital (1820-1910)", se não soubermos como pesquisar de modo eficiente, muita da informação que nos interessa não a iremos encontrar.
Portanto, neste texto vamos apenas dar dicas especificamente relacionadas com o modo como foi construída a base de dados "DIGIGOV".
No próprio interface de pesquisa, existem já algumas instruções. Porém, vamos aqui explicar o porquê dessas instruções e ainda como dar a volta a alguns problemas de compatibilidade entre a semântica inerente à pesquisa e aquilo que podemos querer encontrar.

Em primeiro lugar, e como é referido no final do menu do lado direito do interface de pesquisa, deve-se pesquisar com a grafia da época: por exemplo, "parochia" em vez de "paróquia", "Emigdio" em vez de Emídio", "Jacintho" em vez de "Jacinto", etc.. Porém, e sobretudo no caso de nomes próprios e apelidos, convém pesquisar com as duas variantes, pois muitas vezes havia mais do que uma forma possível de os escrever. Assim, se na base de dados "DIGIGOV" procura um antepassado com o nome "Emídio", pesquise não só "Emigdio", como também "Emídio", e ainda "Emygdio". No caso de "Jacinto", pesquise com a grafia antiga "Jacintho" e também com a grafia actual. Irá encontrar resultados pesquisando de uma maneira que não encontrará pesquisando de outra maneira.
 
Em segundo lugar, as muitas experiências que já fizemos com esta base de dados permitiram perceber que, além das normais deficiências do reconhecimento óptico de caracteres (vulgarmente designado como OCR) em jornais antigos - deficiências essas que não iremos aqui abordar em geral, por serem um tema à parte - há uma em concreto que se nota bastante na base de dados "DIGIGOV" e que podemos contornar no sentido de obtermos maior número de resultados que nos interessem. Referimo-nos ao facto de o OCR frequentemente ter assumido que, entre uma inicial maiúscula e um bloco de letras minúsculas, existia um espaço. Por exemplo: se pesquisarmos "Xavier Pereira" e depois "X avier Pereira", os resultados da segunda pesquisa, embora muito menos numerosos, não surgem necessariamente na primeira pesquisa e, quando surgem, é porque a mesma expressão composta repete-se nessa página: uma vez com um OCR deficiente e outra(s) vez(es) com um OCR eficiente.
Isto significa que, se pesquisarmos "Jacintho" e "Jacinto" devemos também pesquisar "J acintho" e "J acinto", pois iremos recuperar resultados que não surgem sem introduzirmos o espaço entre a inicial maiúscula e o resto do nome.
Em suma, e passando para expressões compostas, se quisermos procurar no "DIGIGOV", por exemplo, um antepassado chamado "Francisco Eleutério", devemos pesquisar, cumulativamente:
- com a grafia antiga "Francisco Eleutherio",
- com a grafia actual "Francisco Eleutério",
- com a grafia antiga mas com espaços entre as iniciais e o resto do nome, primeiro "F rancisco Eleutherio", depois "Francisco E leutherio", e ainda "F rancisco E leutherio",
- com a grafia actual mas com espaços entre as iniciais e o resto do nome, primeiro "F rancisco Eleutério", depois "Francisco E leutério", e ainda "F rancisco E leutério".
Note-se que, ao pesquisarmos "Francisco E leutherio", "F rancisco E leutherio", "Francisco E leutério" e "F rancisco E leutério", se não colocarmos toda a expressão entre aspas a base de dados pode interpretar esse "E" como operador de pesquisa, equivalente ao sinal "+" e, em vez do que desejamos procurar, vai-nos dar resultados em que surjam as palavras "Francisco" ou "F rancisco" em conjunto com "leutério" ou "leutherio", consoante os casos.
Quando o conjunto de palavras ou expressão composta que estamos a pesquisar não contém nenhuma palavra que funcione na base de dados como operador de pesquisa - nomeadamente "E", "OU" e "SEM", conforme é explicado nas instruções contidas no próprio interface de pesquisa - então podemos não usar sequer as aspas, pois a base de dados assume a priori que queremos encontrar resultados para uma expressão composta.

Portanto, e pegando agora na lista de operadores de pesquisa constante do próprio interface de pesquisa do "DIGIGOV":

- As aspas usam-se para pesquisarmos uma expressão exacta, ainda que a não colocação de aspas tenha o mesmo efeito, desde que na expressão que queiramos pesquisar não surjam pelo meio palavras que a base de dados possa interpretar como operadores de pesquisa (os já referidos "E", "OU" e "SEM").
À partida, em Genealogia, pesquisar expressões compostas parece ser a forma mais indicada para pesquisar, mas não pode ser a única, sobretudo quando a expressão que queremos encontrar tem mais do que duas palavras. É que a probabilidade de haver deficiências de OCR aumenta quanto maior for o número de palavras. Ora, se pesquisarmos, por exemplo, "José Estevão Coelho de Magalhães", basta que o OCR, em algumas das ocorrências, tenha lido um dos "h" como "b" ou um dos "e" como "c" e não iremos encontrar esse resultado na base de dados "DIGIGOV" se pesquisarmos o nome inteiro tal e qual ele deve ser escrito. Portanto, ao pesquisarmos nomes completos compostos por várias palavras devemos começar sempre com a conjugação das duas palavras menos vulgares e, só no caso de surgirem demasiados resultados, então sim devemos acrescentar mais uma das palavras do nome, e assim sucessivamente - se for mesmo necessário para evitar que nos resultados surjam muitos nomes similares que não nos interessam.

- O operador de pesquisa "E" usa-se para obtermos ocorrências simultâneas de duas palavras na mesma página, mesmo que elas estejam afastadas uma da outra e mesmo que uma das palavras surja, por hipótese, 40 vezes na página e a outra surja apenas uma vez. Pesquisando "Francisco E Eleutério" (mas sem colocar as aspas, ou o sistema interpretará que queremos obter ocorrências dessa expressão exacta), surgirão todas as páginas em que, além da palavra "Francisco" também surja a palavra "Eleutério", mesmo que não na mesma linha ou no mesmo parágrafo.
Este operador não é muito relevante para pesquisa genealógica, sobretudo porque pode ser substituído por um outro, mais complexo mas com a vantagem de ser ajustável em termos de distância entre palavras, como adiante indicaremos.

- O operador de pesquisa "OU" usa-se para obtermos ocorrências de uma só palavra ou de duas palavras numa mesma página e, portanto, é menos relevante ainda do que o operador "E", sobretudo quando as palavras são comuns, pois poderão surgir demasiados resultados que não nos interessam.

- O operador de pesquisa "SEM" (quase equivalente ao sinal "-" na semântica da Internet) usa-se para obtermos ocorrências de uma palavra em que não haja outra palavra numa mesma página.
Trata-se de um operador que, em certos casos, tem utilidade para evitar perdas de tempo, quando as palavras que queremos pesquisar são muito comuns.
Por exemplo, se quisermos pesquisar um antepassado sobre o qual apenas sabemos que era conhecido como o "Capitão", mas sabemos também que não era militar de carreira nem integrava as ordenanças, usando este operador de pesquisa podemos obter apenas resultados para a palavra "Capitão" em que, na mesma página, não surjam palavras que lhe estão habitualmente associadas, como "Ordenanças", "Regimento", "Infantaria", ou "Cavalaria".
 
Note-se que os operadores de pesquisa "E", "OU" e "SEM" devem ser usados sem aspas. Inversamente, se quisermos, por exemplo, encontrar referências ao célebre "Geraldo sem pavor" temos de usar aspas para conseguir encontrar algum resultado pois, se não as usarmos, apenas iremos recuperar a palavra "Geraldo" quando a palavra "pavor" não se encontre na página, pois o "sem" do nome "Geraldo sem pavor" é lido pelo sistema como o operador de pesquisa "SEM".

Note-se ainda que todos os operadores de pesquisa acima mencionados podem ainda ser usados com recurso a parêntesis para incluir ou excluir expressões compostas. Esta funcionalidade é mais interessante para a pesquisa genealógica do que usar apenas duas palavras separadas por um operador de pesquisa. Retomando o exemplo do tal antepassado sobre quem sabemos não ter sido militar nem membro das ordenanças mas era conhecido como o "Capitão": se pesquisarmos desta forma - (Capitão OU Capitam) SEM "de Ordenanças" - podemos simultaneamente recuperar resultados com duas grafias diferentes para a palavra que nos interessa e ainda por cima evitar uma das expressões que não nos interessa, filtrando os resultados.

Outro aspecto importante a considerar no "DIGIGOV" tem a ver com a acentuação e as cedilhas. Devemos evitar pesquisar com acentos, tiles ou cedilhas. A base de dados consegue recuperar o que queremos, pesquisando de uma forma ou da outra. Porém, na prática torna-se mais lento procurar nos resultados se, ao pesquisarmos, colocarmos na palavra que nos interessa os acentos, tiles ou cedilhas, consoante os casos. A título de exemplo, ao pesquisarmos por "Cândido" surgem-nos todos os "Cândido" e "Candido" que o sistema consegue recuperar. Porém, ao abrirmos, um por um, os respectivos ficheiros pdf com as ocorrências, é nos ficheiros pdf que abrimos depois de termos pesquisado "Candido" - palavra que surge sem acento na caixa superior de pesquisa na página - que mais provavelmente iremos recuperar de imediato o que queremos na dita página. Façamos uma experiência simples para demonstrar como a pesquisa sem acentuação permite chegar mais rapidamente à palavra ou expressão que nos interessa dentro do ficheiro pdf: se pesquisarmos "Capitães" vamos obter 18705 resultados no "DIGIGOV". O mesmo número de resultados vai surgir se pesquisarmos "Capitaes". Porém, ao clicarmos logo no primeiro resultado, depois de termos feito esta pesquisa com a palavra "Capitães", o sistema não consegue assinalar no ficheiro pdf a palavra que pesquisámos. Em vez disso mostra-nos o topo da página onde a ocorrência se encontra e, a vermelho, em cima, o campo com a palavra que usámos para a pesquisa. Neste caso, para que o sistema nos indique em que lugar da página está a palavra que queremos, basta simplesmente ir à caixa assinalada a vermelho e... retirar o til! Porém, se começássemoss logo por pesquisar "Capitaes", portanto sem o til, ao clicarmos na primeira ocorrência o sistema apontaria de imediato para a parte da página que continha a palavra.
Note-se que, por vezes, mesmo sem usarmos acentuação, sobretudo no caso de pesquisarmos palavras grandes ou expressões compostas, a base de dados recupera ocorrências mas, abrindo-se uma delas ao acaso, o sistema pode insistir em mostrar-nos apenas o topo da página, ficando a vermelho o campo que mostra a palavra ou expressão usada nessa pesquisa, portanto sem surgir sombreada na página a dita palavra ou expressão pesquisada. Nesse caso, é possível que o problema seja de espaçamento entre letras ou palavras. Para que a base de dados nos mostre então o que queremos no meio do texto da página, no campo a vermelho devemos eliminar uma palavra (no caso de expressões compostas) ou, no caso de termos pesquisado uma só palavra, devemos eliminar a última ou a primeira letra e, se a palavra for grande, mais algumas letras ainda, até que esse campo deixe de ficar vermelho e a base de dados nos diga que há um ou mais resultados na página para vermos. Nessa altura, clicamos sucessivamente na seta para a direita, situada logo ao lado direito do campo com a palavra pesquisada, até encontrarmos o resultado que realmente nos interessa. De qualquer modo, se não conseguirmos perceber como alterar a palavra ou expressão pesquisada no campo a vermelho, de modo a esse campo deixar de ficar vermelho e podermos ver a palavra, ou expressão, assinalada no próprio texto do pdf, temos sempre a hipótese de ler o conteúdo da página na diagonal, pois acabaremos por encontrar o que queremos.

Outra advertência parece-nos ser importante no que diz respeito ao "DIGIGOV". Quando fazemos uma pesquisa, a lista de resultados surge com caracteres a negro e a palavra ou expressão pesquisada aparece sombreada a amarelo. Contudo, várias pesquisas podem gerar resultados sem palavra ou expressão alguma sombreada a amarelo e com todos os caracteres a cinza. Ao clicarmos em algum desses resultados apresentados em caracteres cinza, possivelmente vai-nos surgir a vermelho o campo com a palavra ou expressão pesquisada. Para localizarmos a palavra ou expressão na respectiva página do ficheiro pdf devemos então seguir os mesmos procedimentos indicados acima.
Em suma, devemos consultar mesmo aqueles resultados que na lista de resultados surjam a cinza e sem estar realçada a amarelo a palavra ou expressão que pesquisámos. É que os resultados apresentados a cinza não são necessariamente falsos positivos, podendo surgir assim por termos usado na pesquisa acentos ou algum caractere que o sistema não reconheça ao tentar recuperar no pdf a localização exacta.

Deixamos aqui outra dica importante: se, ao pesquisar uma palavra ou expressão no "DIGIGOV", não surgir lista de resultados, verifique sempre no rodapé se o número de resultados é mesmo zero, pois, por vezes, a base de dados consegue encontrar alguns resultados mas não apresenta qualquer lista. Nesse caso, refrescar a página e voltar a fazer a pesquisa geralmente resolve o problema.
 
Deixamos para o final deste texto com dicas sobre o "DIGIGOV" duas expressões de pesquisa particularmente úteis e que raramente surgem em outras bases de dados.
São expressões de pesquisa complexas e, para ambas, o mais fácil é copiar as mesmas a partir do menu do lado direito do interface de pesquisa e colá-las no campo de pesquisa, substituindo depois as palavras que constam na dita expressão a título de exemplo por aquelas palavras que nos interessam pesquisar. Assim evitamos digitar mal a expressão, o que invariavelmente terá como consequência não obtermos os resultados esperados.

Uma destas duas expressões de pesquisa é a [APROXIMADO("Termo1")], a qual permite pesquisar também palavras parecidas com aquela que colocamos no campo de pesquisa, incluindo a palavra no plural, o mesmo verbo mas noutros tempos verbais - se a palavra pesquisada for um verbo, e até variações de género.
Por exemplo, se pesquisarmos no "DIGIGOV" com [APROXIMADO("Paterna")] são devolvidos resultados com a palavra "Paterna" mas também com palavras como "Paternal", "Paterno", "Paternas", etc.
É claro que esta expressão de pesquisa tende a devolver muitos falsos positivos, mas pode ser bastante útil, por exemplo, quando não sabemos a grafia exacta de um nome ou de uma localidade que nos interessa.
 
A outra expressão de pesquisa que deixamos para o final é a [PROXIMO((Termo1,Termo2),distância)]. Trata-se da mais complexa de todas, mas, nos casos mais complicados de pesquisa, também pode ser a mais útil. De facto, permite filtrar resultados que não nos interessam quando pesquisamos palavras muito comuns na imprensa da época - o que não é possível com os operadores de pesquisa já mencionados acima. Por outro lado, com esta expressão de pesquisa podemos filtrar sem que resultados que eventualmente nos interessem deixem de aparecer. Tem também a vantagem de ser uma expressão de pesquisa configurável, pois podemos definir a distância máxima entre as palavras que queremos pesquisar e ainda permite-nos combinar uma palavra isolada com uma expressão composta, definindo a distância entre ambas, ou até mesmo combinar duas expressões!
Alguns exemplos:
- Se pesquisarmos [PROXIMO((Maria,Carneiro),10)] vamos recuperar todos os conjuntos de palavras em que surge o nome "Maria" e, menos de dez palavras mais à frente, também a palavra "Carneiro". Entre os resultados que surgem contam-se, por exemplo: "Maria Romana, 40 forçuras de carneiro", "Maria Rita Theodora da Conceição Pereira, D. Helena Barbara Carneiro", ou "Maria Nunes Tavares (Viuva Carneiro)". Como se pode verificar, em apenas dois destes três casos estamos perante uma mulher com o primeiro nome "Maria" e o apelido "Carneiro". Porém, se com o modo como configuramos esta expressão de pesquisa surgirem demasiados resultados e se aquilo que queremos pesquisar for o nome de uma pessoa que foi conhecida como Maria Carneiro, Maria de Sousa Carneiro, ou Maria Rita Carneiro, mas sem termos a certeza destes nomes; uma vez que em todas estas hipóteses o "Carneiro" nunca se situa a mais de 3 palavras de "Maria", na expressão de pesquisa podemos substituir o "10" por "4", por exemplo, e com isso diminuímos o número de resultados que não interessam. É que, ao passarmos de 10 para 4, deixam de surgir os mencionados resultados "Maria Romana, 40 forçuras de carneiro" e "Maria Rita Theodora da Conceição Pereira, D. Helena Barbara Carneiro", pois a distância entre "Maria" e "Carneiro" é, nestes dois casos, superior a 4 palavras. Inversamente, se colocarmos um número baixo na expressão de pesquisa e surgirem depois muito poucos resultados, convém colocar um número maior, para abarcar maior número de possibilidades.
- Se pesquisarmos [PROXIMO(("Francisco Xavier",Falcao),20)] isso permitirá recuperar eventuais referências a um homem que nos interessa e que sabemos ter-se chamado "Francisco Xavier" e pertencer a uma família "Falcão" mas não sabemos o seu nome completo.
Note-se que, nesta expressão de pesquisa, as expressões compostas devem estar entre aspas dentro dos parêntesis.
Note-se ainda que esta expressão de pesquisa só consegue recuperar os resultados em que a palavra ou expressão que colocamos em primeiro lugar dentro dos parêntesis também surja em primeiro lugar na página. Por exemplo, se pesquisarmos [PROXIMO((António,Carrapito),5)], vamos encontrar a referência a um hipotético "António Manuel de Sousa Carrapito", mas não encontraremos referência a um hipotético "Manuel Carrapito, filho de António Manuel de Sousa", que pode ser importante para a nossa pesquisa, pois talvez seja da mesma família. Portanto, convém pesquisar com esta expressão invertendo também a ordem das palavras ou das expressões compostas entre os parêntesis.

Em suma, além de a base de dados "DIGIGOV - Diário do Governo Digital" ser muito importante por aquilo que contém, apresenta um interface de pesquisa com muitas possibilidades, concebido para permitir extrair o máximo de informação que nos interessa. Os operadores de pesquisa e, sobretudo, as expressões de pesquisa mais complexas constantes do menu do lado direito, parecem à primeira vista complicados. Porém, assim que os assimilamos sem dúvida que nos serão muito úteis.
Além de tudo isto, a base de dados "DIGIGOV" tem como outro ponto forte o modo prático como são apresentados os resultados. É gerada uma lista numerada e ordenada cronologicamente com menção ao exemplar do jornal e página, lista essa composta por excertos do texto contendo os resultados e as ligações para os ficheiros pdf, fazendo com que os resultados não demorem a carregar e sejam facimente guardados num ficheiro word, o qual pode ser depois visto com calma, pois clicando nos resultados que nos interessam, um a um, não é necessário voltar à base de dados. Além disso, ao clicarmos nas ligações elas ganham outra cor e isso permite-nos perceber de imediato, numa pesquisa sobre termos semelhantes, se a ligação em causa já foi por nós consultada antes ou não.
Outro aspecto bastante interessante da base de dados "DIGIGOV" é o modo como são apresentados os resultados quando existe mais do que um no mesmo número do jornal e/ou na mesma página, pois todos os resultados surgem dentro de um excerto de texto, para melhor enquadramento. Por outro lado, se pesquisarmos, por exemplo, "Montalegre" e, num mesmo número do "Diário do Governo", surgirem dois anúncios ou notícias sobre Montalegre em páginas diferentes, a busca recupera dois resultados nesse número do jornal mas atribui-lhe um único número sequencial. Outro aspecto muito positivo do "DIGIGOV" é o de abrir por defeito uma janela à parte quando clicamos nas ligações, o que permite pesquisas mais intituitivas e rápidas, até porque as janelas que apresentam os pdfs permitem arrastar, seleccionar texto, descarregar em pdf ou em imagem, e até optar por visualizar uma versão com maior resolução.
Porém, a funcionalidade que consideramos mais interessante no modo de apresentar os resultados desta base de dados é aquela que nos permite configurar o número de caracteres que deve surgir em cada resultado, até um máximo de 800 caracteres, ficando o termo pesquisado sensivelmente a meio do número de caracteres que escolhemos, quando os resultados são apresentados. Esta funcionalidade é extremamente útil pois, por a distância ser sempre igual numa lista de resultados, permite-nos com facilidade despistar casos de referências repetidas. Por outro lado, um grande número de caracteres para cada resultado permite perceber melhor o contexto em que surgem as palavras pesquisadas e desde logo apurar se determinados resultados interessam ou não, na maior parte das vezes sem termos de ir verificar o contexto no próprio número do jornal onde constam.
Aconselhamos, pois, a que a pesquisa seja sempre configurada para apresentar os resultados no meio de excertos de texto com 800 caracteres. No caso de pesquisas com a expressão [PROXIMO((Termo1,Termo2),distância)] em que a distância colocada é superior a 20, convém mesmo que se opte por resultados até 800 caracteres, pois de outro modo alguns resultados podem não surgir na lista de resultados com qualquer texto sombreado a amarelo, o que obriga a abrir a página do jornal para verificar se estamos, ou não, perante um resultado que nos interessa.
 
Os únicos aspectos menos conseguidos no "DIGIGOV", no meio de tantas virtualidades desta importantíssima base de dados, são:
- O termos de usar expressões complexas, em vez de formulários com botões que as substituam.
- O não serem geralmente recuperados resultados quando, nos jornais, as palavras que nos interessam estão translineadas. Por exemplo, se pesquisarmos "Montalegre" e num dos jornais metade dessa palavra está no fim de uma coluna e a outra metade no início da coluna seguinte, ficando a palavra separada por hífen, muito dificilmente conseguiremos recuperar esse resultado.
- O de o sistema não conseguir processar correctamente buscas por palavras adicionadas de pontuação, o que nos pode impedir de pesquisar, por exemplo, abreviaturas ou monogramas.
- O de o sistema não conseguir processar correctamente buscas que incluam o "&" comercial. Por exemplo, se quisermos encontrar uma sociedade formada por membros da família Colares, ao colocarmos simplesmente "Collares" surgem muitos falsos positivos, pois há outros "Collares" que não interessam e bastantes referências à freguesia com este nome. Porém, se pesquisarmos "Collares &" para restringirmos a pesquisa, o sistema não consegue recuperar apenas os resultados que incluam também o "&". Aliás, se pesquisarmos apenas com "&" para, por exemplo, encontramos todas as sociedades comerciais mencionadas numa determinada época, o sistema não recupera quaisquer resultados, embora o "Diário do Governo" esteja repleto de referências com o "&" comercial.
- O de o sistema não conseguir diferenciar maiúsculas e minúsculas. Esta é, talvez, a maior fraqueza da base de dados. Por exemplo, se pesquisarmos por "Lícia" - nome próprio de uma senhora que viveu em Portugal no século XIX - surgem inúmeros resultados em que a palavra que consta no jornal é "Polícia" ou "Milícia" mas onde o OCR leu um espaço entre "Po" e "lícia" ou entre "Mi" e "lícia". Em praticamente todos estes casos, o "l" é minúsculo, mas, como a base de dados não distingue maiúsculas de minúsculas, torna-se extenuante procurar o que nos interessa, pois há que encontrar o nome próprio "Lícia" no meio de 2391 resultados do "DIGIGOV"! Um outro exemplo: se estamos a estudar um tema portuário e colocamos "porto" na pesquisa, vão surgir milhares e milhares de resultados que não dizem respeito a portos mas sim à cidade do Porto em geral.
Chegou a ser testada uma caixa de verificação que permitia diferenciar maiúsculas e minúsculas na pesquisa, mas, por dificuldades técnicas, não veio a ser implementada. Porém, esperamos que no futuro esse problema seja resolvido e a base de dados "DIGIGOV" venha a ter ainda mais funcionalidades úteis, além daquelas que já tem.
 
E agora que já sabe melhor como funciona esta incontornável base de dados, o melhor conselho que podemos dar é experimentá-la, ou então voltar a pesquisar o que já nela pesquisou antes, mas agora com as funcionalidades que aqui indicámos e observando as dicas que demos. É provável que venha a ter agradáveis surpresas.

Boas pesquisas!
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