Para quem se dedica a fazer Genealogia – profissional ou não – os registos de baptismo, casamento e óbito constituem a base fundamental das suas pesquisas: fundamental, sim, mas não exclusiva. Como temos vindo a referir em outros textos do nosso blogue (caso deste), existem fontes alternativas que podem ser complemento valioso – e até essencial, não só por darem informações que não existem nos registos paroquiais, mas também, no limite, por serem as únicas disponíveis quando estes registos já desapareceram. Entre as várias fontes alternativas possíveis, incluem-se os documentos produzidos em instituições assistenciais, caso dos hospitais. Se há uma condição que toca a todos nós, hoje como no passado, essa é a doença e – em última instância – a morte. Ora, nos nossos arquivos públicos existem livros de registo de internamentos em hospitais. Através destes livros podemos provar o internamento de determinada pessoa e a sua infausta morte em espaço hospitalar – o que geralmente não é sequer mencionado no respectivo registo paroquial de óbito, sobretudo tratando-se de óbitos anteriores a meados do século XIX. Do mesmo modo como sucede nos registos paroquiais, os livros de registo de internamentos tendem a conter informação óbvia para a finalidade com que eram redigidos: nome do internado, data de entrada e data de saída (por convalescença ou por morte), variando a riqueza informativa adicional. Assim, para além da informação mais óbvia, nestes livros pode encontrar-se: naturalidade, morada, estado (se solteiro, casado ou em viuvez), nome do cônjuge, filiação, actividade profissional, e – por fim – informação sobre a enfermidade e/ou sobre a causa de morte – no caso de ter havido óbito. Curiosamente, por vezes existem registos de reinternamento. Ou seja, podemos ter acesso a novas informações, e até a discrepâncias entre registos, obtendo assim mais dados complementares, bem como um olhar mais amplo sobre a passagem da pessoa em causa pela instituição hospitalar – que, frequentemente, localizava-se em sítio afastado da sua habitual área de residência. De facto, sobre este último ponto, recuperamos uma frase escrita pelo célebre Ricardo Jorge em 1899 – ano em que ajudou a cidade do Porto a debelar um mortífero surto de peste bubónica: "O obituário dos forasteiros que vêm morrer à cidade só pode determinar-se quando o óbito se dá no hospital". (JORGE, Ricardo – Demografia e higiene da cidade do Porto, Porto, 1899, p. 431) Bacteriologista director do Posto de Saúde Municipal da cidade do Porto, Ricardo Jorge expressava assim as dificuldades que os médicos tinham para conhecer a morbilidade e a mortalidade das populações migrantes, que, embora fossem fundamentais para a economia, eram um «elemento de risco» enquanto potenciais propagadores de enfermidades, devido à sua mobilidade. Pondo de parte as minudências relacionadas com a salubridade pública, o que importa aqui salientar é a riqueza informativa da documentação produzida em contexto hospitalar, que pode ser um complemento valioso para a pesquisa genealógica e dar-nos informação sobre a população estrangeira ou deslocada, informação essa que dificilmente se encontra em outras fontes. É forçoso notar que, até finais do século XIX, a assistência médica era geralmente prestada em casa do próprio doente, por médicos, e o apoio da família era fundamental, para prestar os cuidados prescritos pelo clínico e para tratar do aviamento de receitas nas boticas. Por conseguinte, os hospitais estavam vocacionados sobretudo para assistir todos os que não tinham esse suporte familiar, com os deslocados logo à cabeça – fossem peregrinos, almocreves, ou indivíduos que, por alguma outra qualquer razão, estavam longe do seu domicílio quando ficavam enfermos. Como é óbvio, isto incluía também vários migrantes e militares, sobretudo quando não constituíam família nos locais para onde se deslocavam. Quanto aos migrantes, tratando-se de uma população que se encontrava geralmente afastada do seu entorno familiar ou social, estava simultaneamente longe dos respectivos laços de entreajuda e / ou dos mecanismos de solidariedade familiar. Contando apenas com a sua força de trabalho, muitas vezes a troco de uma baixa remuneração, eram um grupo particularmente propenso a cair na pobreza extrema, em caso de doença mais grave ou por terem sido vítimas de um acidente de trabalho. Aí «entrava em cena» a Misericórdia local, que os acolhia no seu hospital – quase sempre o único existente, tratando-se de localidades mais pequenas. Um exemplo muito comum nos livros de internamento dos hospitais são os registos de trabalhadores rurais vindos de Espanha, particularmente dos recorrentes «galegos», que se deslocavam muitas vezes em grupo para território português, percorrendo um itinerário definido pela sazonalidade dos calendários agrícolas regionais ou por empreitadas de obras de construção, por exemplo. ![]() Hospital de Santo António em meados do século XIX (fotografia de M. J. S. Ferreira, Biblioteca Nacional do Brasil). Tratava-se do segundo edifício hospitalar da Misericórdia do Porto (à qual ainda se encontra parcialmente ligado, apesar de, desde 1974, pertencer à rede hospitalar do Serviço Nacional de Saúde, como um dos hospitais gerais da cidade). O primitivo edifício hospitalar da Misericórdia ficava, desde o século XVI, no centro da cidade amuralhada, sendo conhecido como o Hospital de D. Lopo. No caso dos militares, para eles havia em Portugal alguns hospitais específicos, embora tenham sido poucos e de criação relativamente tardia aqueles hospitais militares de carácter não temporário que fossem mais do que meras enfermarias associadas a quartéis: cingiam-se a cidades maiores, ou a «praças de guerra» (ou seja, a núcleos urbanos fortificados de fronteira). Até ao início do século XX, na maior parte dos casos os hospitais militares portugueses foram meras enfermarias improvisadas em certos edifícios, durante conflitos bélicos. Eram os chamados «hospitais de sangue». Os registos destes, se subsistiram, estarão no Arquivo Histórico Militar. Porém, há também registos de militares internados em hospitais de carácter civil, em épocas de conflito, o que se explica pelas seguintes razões principais: - face à «aproximação» da guerra, as populações locais tendiam a fugir e eram os militares que se instalavam em grande número nas localidades palco do conflito; - muitos militares necessitavam de auxílio médico devido a ferimentos, debilidade física e a doenças directa ou indirectamente associadas à actividade bélica (a sarna ou a sífilis, por exemplo). Enquanto grupo também marcado pela forte mobilidade, os militares têm particular visibilidade nos registos hospitalares, com a particularidade de estes nos fornecerem informações sobre a proveniência, em vários casos bastante longínqua. Para o período da Guerra Civil de 1832 a 1834, por exemplo, encontram-se registos hospitalares vários de indivíduos naturais das ilhas dos Açores e da Madeira, para além de estrangeiros. Mas voltemos aos hospitais ditos «civis», que até ao século XX estavam maioritariamente na esfera das Misericórdias, embora alguns funcionassem sob a tutela de outras irmandades e ordens terceiras (como ainda hoje sucede no Porto). Em outros tempos, em alturas de paz, a esmagadora maioria dos internados nestes hospitais eram, não só os já referidos deslocados, mas também – e em muito maior número – as pessoas de muito fracos recursos económicos, que não podiam pagar a assistência médica ao domicílio, ou os medicamentos. Por conseguinte, fora do âmbito militar, os hospitais do passado eram, sobretudo, um mundo de pobres e mendigos, aos quais, em caso de necessidade extrema ou doença, eram prestados cuidados de acordo com os preceitos das 14 Obras de Misericórdia (7 espirituais e 7 corporais). Em suma, quem tinha dinheiro, chamava o "físico" (médico) a casa, comprava ou mandava comprar os remédios na botica e, sobretudo, podia assegurar a alimentação preceituada – pois, até finais do século XIX, a alimentação ocupava uma componente forte da terapêutica recomendada pelos médicos. Daí que o ter de dar entrada num hospital revestia-se de uma carga social pejorativa forte: de acordo com alguns estudiosos desta realidade, evitar o recurso ao hospital era mesmo quase uma questão de honra. A repugnância e a desqualificação social afastavam dos hospitais todos os que podiam suportar os custos médicos, nem que, para tal, tivessem de se socorrer das economias de parentes. Esporadicamente, davam entrada no hospital doentes com meios para pagar as despesas, pois algumas «pessoas em jornada» até tinham meios pecuniários. Outras excepções eram casos muito específicos e, portanto, só confirmavam a regra. Segue-se um exemplo. Embora seja hoje reconhecido como um dos mais talentosos arquitectos que trabalhou em Portugal no século XVIII, Nicolau Nasoni era de condição económica suficientemente modesta para considerar tolerável a admissão ao hospital que a Irmandade dos Clérigos havia instituído no Porto para "clérigos pobres", prerrogativa que depois estendera a algumas pessoas seculares. É claro que o hospital desta irmandade, encaixado entre a igreja e a famosa torre, não era assim tão desconsiderado socialmente, pois, na época, não havia padres verdadeiramente pobres. Aliás, em outros tempos, para se ser sacerdote era condição essencial o ter alguns rendimentos de propriedades, ou então uma família abastada – o que, logo à partida, permitia pagar os estudos religiosos. Portanto, "clérigo pobre" era uma força de expressão que hoje dificilmente compreendemos: era ser um clérigo menos afortunado – por exemplo, sem amparo familiar no local onde vivia – embora não necessariamente desprovido, por completo, de meios pecuniários. A existência de um hospital destinado a clérigos, no Porto setecentista, mostra bem como a realidade hospitalar em Portugal era então bem diferente do paradigma actual. No caso do hospital da Irmandade dos Clérigos, tratava-se mais de um lar de cuidados continuados para sacerdotes idosos, doentes e sem amparo familiar, do que propriamente de um hospital, segundo o conceito actual - muito mais abrangente em termos de utentes, mas também mais específico em termos de medicalização. Tal conceito começou a formar-se a partir da segunda metade do século XIX, especialmente com o desenvolvimento da ciência médica e da prática clínica. A evolução no planeamento da arquitectura hospitalar foi um dos aspectos que mereceu especial atenção, de forma a dar aos doentes condições de salubridade que estes não teriam facilmente em casa, ou seja, boas condições de ventilação e iluminação. Assim, o ir para o hospital, mesmo que perdendo-se o amparo familiar, começou a ser encarado como benéfico em termos médicos. Por outro lado, há que ter em conta que, sobretudo a partir do século XIX, começam a surgir em Portugal hospitais especializados, onde o internamento não era feito devido a enfermidades graves que poderiam levar à morte. Referimo-nos, por exemplo, ao Hospital de Runa, para militares simultaneamente pobres e inválidos, ou aos hospitais psiquiátricos de Rilhafoles (em Lisboa, posterior Hospital Miguel Bombarda) e do Conde de Ferreira (no Porto). Nestes casos, os hospitais aproximavam-se do conceito de "asilo". Ainda assim, a documentação produzida é tão ou mais importante que a dos hospitais "gerais" das diversas localidades, que, como já dissemos, eram quase sempre geridos pelas Misericórdias. Não podemos ainda esquecer os hospitais termais, como o das Caldas da Rainha - o mais antigo em Portugal. Estes confundem-se com os estabelecimentos termais e, não só tendiam a ter muito menor percentagem de registos de saída de internamento por morte, como os utentes não eram necessariamente os mais pobres dos pobres, ou os deslocados. Muito pelo contrário. Em conclusão, quem eram, de onde vinham, onde se fixavam e qual o perfil socioprofissional dos internados (quer convalescessem ou falecessem), são alguns dos aspectos que podem ser melhor aclarados através desta importante fonte histórica que são os fundos arquivísticos hospitalares. Contudo, com este texto, de modo algum pretendemos sugerir que tais fundos só interessam à Genealogia no respeitante a antepassados deslocados (militares, migrantes, etc.), ou aos que fossem muito pobres. Tenha-se em mente toda a documentação paralela aos registos de hospitalização, ou seja, documentos de teor administrativo ou similar, relacionados com o próprio financiamento dos hospitais: neste caso, inversamente, surge representada uma certa elite. Lembramos aqueles que constavam da lista de irmãos de uma Misericórdia, por exemplo, ou até do «pessoal» que trabalhava para a instituição: médicos, cirurgiões, boticários, fornecedores de alimentos e de sanguessugas, etc. Por fim, uma curiosidade, em jeito de dica: por vezes, a menção da causa de morte num registo hospitalar não coincide com a do assento de óbito paroquial referente ao mesmo indivíduo (o que não quer dizer que a menção no registo hospitalar tenha de ser sempre mais detalhada ou fiável). Portanto, pode haver interesse em consultar os registos hospitalares mesmo quando achamos que temos já suficiente informação sobre a morte de determinado antepassado. Texto de Manuel Couto e Francisco Queiroz
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Anunciado como tendo "mais de quatro mil nomes de ambos os sexos" não só coligidos dos "registos officiaes", mas também "da Mythologia, da Historia, dos «Flos Sanctorum»", este dicionário publicado em 1889 é particularmente curioso. Por um lado, foi a primeira publicação do género em Portugal e - no seu propósito e no formato em que foi feita - seria também a última. Por outro lado, a obra poderá ter favorecido a grande diversificação de nomes de baptismo dados em Portugal em finais do século XIX e no início do século XX, sobretudo em zonas urbanas. Prefaciado por Teófilo Braga, o Dicionário de Nomes de Baptismo de Francisco da Silva Mengo apresenta ainda outras curiosidades, como o facto de o autor ter elencado mais do dobro de nomes masculinos, face aos nomes femininos, quando a prática de escolha de nomes de baptismo, na época, revela-nos maior diversidade nos nomes dados a meninas. Outro detalhe curioso é a inclusão, na lista de nomes masculinos, de alguns nomes que hoje associamos ao sexo feminino, como Abigail ou Amarilis. Quem era Francisco da Silva Mengo? Estabelecido no Porto como editor e livreiro (tendo chegado a ser dono da célebre Livraria Moré), era um erudito que privou com alguns dos mais importantes pensadores e romancistas portugueses da época, nomeadamente Camilo Castelo-Branco. À época em que escreveu o seu Dicionário de Nomes de Baptismo, encontrava-se já cego. Nesta obra compilou os nomes alfabeticamente, incluindo não só os que haviam sido "sanccionados pela Egreja", mas também muitos outros, que não correspondiam a santos ou beatos. A estes, o autor teve o cuidado de adicionar asteriscos, talvez para prevenir os leitores que a sua atribuição em baptismo poderia ser recusada. Apesar de alguns milhares de nomes compilados, o Dicionário de Nomes de Baptismo de Francisco da Silva Mengo não abrangeu todos os nomes de baptismo que, na época, estavam a ser dados em Portugal. Aliás, numa das suas notas finais ao dicionário, o autor escreveu: "É sobrenome, assim como: Sertorio, Murillo, Cicero, Nelson, Cincinnato, Petrarca, Linneu, Collatino e outros, que actualmente estão sendo impostos como nomes de baptismo". Por conseguinte, Francisco da Silva Mengo omitiu alguns nomes de baptismo que entendia não serem apropriados para tal função. Contudo, não ficam claros os critérios seguidos pelo autor para a inclusão ou a exclusão de vários nomes. Basta referir que o dicionário inclui Elisabeto como nome masculino, mas omite Elisabete como nome feminino, embora este tenha passado a ser relativamente comum em Portugal várias décadas mais tarde. Apesar disto, o Dicionário de Nomes de Baptismo não deixa de ser uma obra interessante para quem se interessa pelo tema dos nomes dos seus antepassados, e para a Genealogia e História da Família em geral. Segue abaixo o texto integral da obra, com a grafia da época. A transcrição foi feita por Francisco Queiroz e por Cristina Moscatel, investigadores do projecto "Genealogia sem segredos" que têm em preparação uma obra exclusivamente dedicada ao tema dos nomes, apelidos e alcunhas dos portugueses. Diccionario de Nomes de Baptismo comprehendendo mais de quatro mil nomes de ambos os sexos coligidos nos registos officiaes, da Mythologia, da Historia, dos "Flos Sanctorum", etc. Por Francisco da Silva Mengo. Com um prefácio do Dr. Teophilo Braga, Professor do Curso Superior de Letras. Porto, Typographia Elzeviriana, annexa à Livraria Civilisação, 1889. Ao Excellentissimo Senhor José Eduardo Ferreira Pinheiro, em homenagem aos seus altissimos dotes do coração e como prova de reconhecimento pelo muito que deve à sua carinhosa e velha amisade, dedica o autor. PREFACIO Para fazer um Diccionario de Nomes proprios, ha dois processos, que não se excluem, antes mutuamente se coadjuvam; o primeiro é scientifico, applicando os methodos da Glottologia aos nomes individuaes ou locaes, estabelecendo os themas e modificações phoneticas de que derivam, segundo as linguas e épocas sociaes que contribuíram para a civilisação actual, e determinando as fórmas, por que esses nomes passaram, segundo os cruzamentos das raças que constituem um dado povo. O segundo processo é empírico; consiste em colligir a maior somma de nomes, quer do uso vulgar, quer dos documentos, inscripções ou escripturas, para, diante de séries completíssimas, fixar as correlações e os themas ethnolinguisticos por onde esses nomes generativamente se agrupam. Em Portugal, como parte da península hispanica, um perfeito Diccionario onomatologico exigiria um estudo particular dos nomes bascos, celticos, romanos, germanicos e arabes. Em relação aos nomes locaes, esse estudo leva, a importantes descobertas sobre o conhecimento das raças e sua distribuição topographica, como ensaiou Guilherme Humboldt; pelo seu lado, os nomes individuaes são magnificos elementos de uma paleontologia social. Façamos uma rapida comprovação: O antigo elemento iberico apoiava-se na aggregação territorial da cidade, e o caracter das suas instituições sociaes conhece-se pelo sentido local dos radicaes ili, iri, eli, com o notou Jubainville; com o elemento celtico prepondéra a qualidade pessoal, na fórma da tribu como se vê no touto ou tauta, na thiuda germanica e na gens romana. Os nomes, em que o filho toma o appellido da mãe, como se vê por uma inscripção de Terragona, revelam-nos uma fórma social ginecocratica; nas inscripções hispano-latinas o nome de familia prevalece sobre o de tribu. A forma em ez, peculiar dos patronymicos (Alvares, filho de Alvaro; Fernandes, de Fernando; Mendes, de Mendo), que subsiste no euskariano em ez e iz, apparece no cantábrico e asturiano na fórma de ves, como notou Fernandes Guerra, que a liga ao primitivo ives, prenome iberico. O nome gentilico faz-se conhecer nas inscripções hispanoromanas pelos suffixos cum e co. O cruzamento successivo de raças differentes e a confusão anarchica de estados sociaes vieram alterar o sentido dos nomes individuaes, e muitas vezes agglutinar os nomes de proveniência linguistica a mais afastada. Assim o patronymico arabe Ibn, filho, agglutinado ao nome germânico Egas (Ibn-Egas), produziu por modificações phoneticas Venegas e Viegas; e estas modificações são um factor fecundo, como vemos com certos nomes latinos: Benedictus, que se desdobra em Benedito, Beneito, Bieito (vid. Sá de Miranda) Vieito e Bento; ou Aegidius, que dá Egydio e Gil. Do nome germanico Ermenendo do thema irmin, vem por aphérese Menendo, Mendo e Mem. O auctor do presente Diccionario não visou estes problemas de Onomatologia, não pretendeu fazer um livro de sciencia. Na sua modestia, no seu infortunio (o maior de quantos poderiam affligil-o, a cegueira) quiz unicamente fazer um livro util, ao alcance de todos, e conseguiu-o, apesar das condições profundamente dolorosas em que effectuou o seu trabalho. Isto só basta para aquilatar o merecimento do livro; tudo nos leva, pois, a chamar para o exito da obra o favor do público. Theophilo Braga. DUAS PALAVRAS Em razão do seu objectivo especial, nenhum Diccionario da Lingua Portugueza dá á estampa os nomes de baptismo. Seguindo rumo differente, outros porém, destinados ao estudo de linguas extrangeiras, addicionam uma lista d'estes nomes, mas essa lista — evidentemente reproduzida, apenas com leves variantes, de umas para outras edições — deixa muito a desejar por deficiente, ou incorrecta. Demais, o elevado preço d'estes diccionarios e o facto de serem, como já dissemos, destinados a linguas extranhas, nem a todos permittem possuil-os, ou consultal-os; assim, a maioria das pessôas não tem para onde recorrer em casos de duvida, infelizmente frequentíssimos, quer elles digam respeito á nomenclatura, quer á orthographia. Preencher (pelo menos, diminuir em grande parte) uma tão sensivel lacuna e facilitar ao mesmo tempo, de conformidade com as fontes mais auctorisadas, o conhecimento dos nomes sanccionados pela Egreja, — eis o intuito do presente opusculo, o primeiro no seu género até hoje publicado em Portugal. Que esta circumstancia, sobretudo, desperte nos leitores alguma indulgencia para os defeitos do livro, e o auctor dará por bem empregadas as longas horas que consumiu na elaboração do seu trabalho. Elle fez o que pôde, e não foi muito; outros virão talvez que, com menor esforço e maior applauso, farão mais e melhor. F. da Silva Mengo. NOMES MASCULINOS N.B. — Os nomes que não são precedidos do asterisco (*) designam individuos santificados ou beatificados pela Egreja. A Aarão Abacco Abalphato * Abantidas * Abbão Abbatino * Abdão Abdas Abdechalo Abdias Abdiel * Abdieso Abeilardo * Abel Abelamio * Abercio Abeto * Abibo Abigail * Abilino * Abilio Abimelech * Abner * Abrahão Abraleão Abrosimo Abrotheu * Absalão Abscodio Absidio Absthemio * Abudemio Abundancio Abundio Acacio Acantho * Acatho Accio Accursio Acelo * Acepsimo Achario Acheolo Achilles Achilleu Acisclo Acrisio * Acteao Acucio Acusilau Acyllino Acyndino Adalardo Adalbaldo Adalbero Adalberto Adamantho * Adão Adauco Adaucto Adaulpho Adelberto Adelelmo Adelindo * Adelino Adelio * Adelmaro Adelmo Adelpho Adeodato Aderito Adhemaro Adherbal * Adjuto Adjutor Admeto * Ado Adolphino * Adolpho Adrasto * Adriano Adrião Adroaldo * Adulpho Adventino * Adventor Aecio * Affonso Africano Agabo Agacio Agamemnon * Agamundo Agapio Agapito Agathangelo Agathão Agathias * Agathodoro Agathonico Agathopo Agathopodo Agenor * Agerico Agesandro * Ageseu * Aggeu Agil Agilberto Agileu Agliberto Agnelo Agoardo Agostinho Agricio Agricola Agrippa * Agrippino Aguiberto * Aichardo Aidano Aigulpho Aithamio * Ajax * Aladino * Alano Alarico * Albano Alberico Albertino Alberto Albino Albuino Alceu * Alcibiades * Alcidio * Alcino * Aldeberto Aldelmo Alderico Aldiro * Aldo * Aldobrando Aleixo Alerano Aleu * Alexandre Alexandrino * Alfredino * Alfredo * Alibaldo * Alipio Allacio * Allyrio Almachio Almão Almaro Almeno * Almerindo * Almerio * Almyro * Alno * Alodio Alonso Alopho Aloro Aloysio Alpheu Alphio Alpiniano Alpino Altigiano Altino * Alvaro Alysio * Amadeu Amadis * Amado Amador Amalarico * Amalasonthe Amalio * Amancio Amandino Amandio Amaniano * Amaranto Amarino Amaro Amaryllis * Amasis * Amatalidio * Amavel Ambico Ambrosino * Ambrosio Amedeu Amelio * Ameno Americo * Amidio Amilcar * Amino * Ammiano Ammon Ammonio Amor (1) (Veja-se as notas no fim d'este opusculo) Amós Ampelio Amphiano Amphilochio Amphion Amphurio Ampliato Amycleu * Amyto Anachario Anacharsis * Anacleto Anacreonte * Anafias * Ananias Anastacio Anathalão Anatoliano Anatolio Anaxagoras * Anaximandro * Anaximenes * Anaximenio * Anaxiodoro * Anaxippes * Anchises * Andeolo Andochio Andocides * Andoeno André Androgeu * Andronico Anecto Anempodisto Anesio Anfinomio * Anfriso Angadresmio Angelelmo Angelino * Angelo Angilberto Anhelo * Aniano Aniceto Anicio * Annibal * Annonio Anoberto Ansano Ansaraco Ansberto Anschario Ansegiso Anselino * Anselmo Anserico Ansilio Ansiulpho Ansovino Ansur * Ansurio Ansuto Antão Anthelmo Anthemio * Anthero Antheu * Anthimo Anthuso * Antoliano Antoniano Antonino Antonio Anysio Aunio * Apelles Aphraates Aphrodisio Aphthonio Anticrato * Antides Antidio Antigono Antimacho * Antino * Antinogenes Antiocheno Antiocho Antipas Antisthenes * Apicio * Apodemio Apollinario Apolimo Apollo Apollodoro Apollonio Apparicio * Appelio Appiano Appias Aprigio * Apro Aproniano Apuleu Aquilas Aquilino Arador Arbogasto Arcadio Archanjo Archelau Archibaldo Archimedes * Archimimo Archippo Arconcio Ardagno Ardaleão Ardenio * Arduino Arecio Aredio Aresio Aretas Areteu * Aretino * Argeberto Argelau * Argeu Argilo Argiovitro Argivo Argymiro Ariadneu Ariamiro * Ariano Arias * Arigio Ariosto * (2) Arisberto Aristandro * Aristão Aristarcho Aristeu Aristides Aristo Aristobulo Aristocles Aristonico Aristophanes * Aristoteles * Arlindo * Armagilo Armandino * Armando Armenio * Armentario Armindo * Arminio * Armogastes Arnaldo Arnolpho Arnulpho Arsacio Arselino * Arsenio Artaxio Artemão Artemidoro Artemio Artemiso Artesio Arthur * Asapho Ascanio * Ascensio * Asclas Asclepiades Asclepio Asclepiodoro Asdrubal * Asincrito Aspasio Aspremio Assuero Assyrio Astebaldo Asterio Asthelio Astio Astolpho * Astoro * Astrideu Astrimiro * Asuil * Asynerito Ataulpho * Athalarico * Athanagildo * Athanasio Athão Athenodoro Athenogenes Athephalio * Atilío * Atreu Attalo Attiano * Attico Attila * Attilano Aucto Audacto Audax Audeno Audifax Audo Audomaro Auduino * Aufidio * Augulo Augurio Augustal Augustiniano Augusto Aunoberto Aureliano Aurelino * Aurelio Aureo Auro * Ausberto Ausendo * Ausonio Auspicio Austero Austreberto Austrecliniano Austregesilo Austremonio Autonomo Auxano Auxencio Auxilio Auzirio * Avelino Avelio * Aventino Avertano Avertino Avesio Avio Avito Aymaro Ayres * Azadamio Azades Azarias Azas B Babio * Babolino Babylas Babylonio Baccho (3) Badenio Bafolo Bajulo Balbino * Balconio * Balderico Baldo * Baldomero Baldomiro Balduino Balthazar * Barachisio Baradato Barbaciano Barbado Bardomiano Barlaão Barnabé Baroncio Barsabás Barsabé Barsanuphio Barsemeu Barsenio Bartholo * Bartholomeu Barulas Basileu Basiliano Basilides Basilio Basilisco (4) Basinio Bassiano Basso Baudelio Bavo Beano Beato Beda Belarmino * Belchior * Beldoro * Belisando * Belisario * Bellimecio * Bellino Belmiro * Beltrão Bemdiz Bemvindo Benedicto Benevolo Benicio * Benigno Benjamin Benno Bento BeraIdo * Berardo Berchario Beregiso Berengario Berillo Bermudo Bernardim Bernardino Bernardo Bernario Bernino * Bernualdo Bernulpho * Berthario Berthillo * Bertholdo Bertholino * Bertino Besanulpho Besas Bessarião Betario Betefo Bethurio Bianor Bibiano * Biblidio Bicor Biliulpho * Bimaracio * Biodoro * Birino Biromnio * Bisino Blaano Blandino Blando * Blidonio * Blimundo * Blisio * Boasil Boaventura Bobino Bobo Bodonio Boecio * Boleslau Bom Bomfilho Bomhomem Bonifacio Boniro Bonoso Booz * Brancardo Branchiades * Brancio Brancolino * Brandano Branderico * Brando * Brasão Braulio Bravo Braz Brazilino * Brazilio * Bretanião Briando Briareu * Bricio Brioco Briseu * Brisolino * Brivaldo Brocardo Broctoveu Bromio * Brumelio * Bruno Budoco Bupalo C Caetano Caio Calepodio Calimerio Callinico Calliopo Callisthenio * Callistrato Callixto Calmo Calocero Calogero Camerino Camillo Cammino Canciano Cancio Candido Caneão Canido Cannato Cantidiano Cantidio Canto Canulio * Canuto Capistrano * Capitão Capitolino * Caprasio Caradoco Caralampio Caratippo Carauno Cariberto * Carilepho Carino * Carisio Caritão Caritino * Carlindo * 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Damocrito * Daniel Dante * Dardano * Dariano Dario Dasio Dativo Daudato David Davino Decadio Decio * Declovio Decoroso Defendente Deicola Delio * Delphim Delphino * Delpho * Demeterio * Demetriano Demetrio Democrito Demosthenes * Deodato Deolindo * Desiderio Deucaleão * Deusodeu Diacono Diamantino * Dião Diaquino * Dictinio Didacio Didio Didimo Digno * Diniz Dinocrato * Dinostrato * Diocleciano * Dioclecio Diocles Diodoro Diogenes Diogo Diomedes Dionysio Diophante * Dioscorides Dioscoro Dirceu * Diviciano Domiciano Domicio Dominador Domingos Domnião Domnino Domno Donaciano Donadio Donaldo Donato Donoso Dorindo * Dorino * Dorotheu Dorymedonte Dositheu Droctovio Drogão Drogoveu Droselio * Dructilio * Drumario Druzo Duarte * Dulas Dulcardo * Dulcidio * Dulcidonio * Dunstano Durando Durval * Durvino * Dynamio Dyrio * E Ebbo Ebrulpho Ederio * Ederlindo * Edesio Edgardo * Edilberto Edisto Edmaro * Edmundo Edrisio * Eduardo Egas * Egberto Egdemio Egdunio Egeu * Eginardo * Egistho Egolio * Egydio Eleazar Eleoveu Elepho Elesbão Eleucadio Eleusino * Eleusio * Eleusippo Eleutherio Elfrido * Eliacim * Eliacino * Eliano Eliantho * Elias Eligio Elipando * Eliphio Elisabetho * Elisario Eliseu Elmano * Elmino * Elocio * Eloy Elphego Elpidephoro Elpidio Elpino * Elredo Elvino * Elviro * Elysio * Emercindo * Emerenciano * Emerencio * Emerico Emerito Emiliano Emilio Emmelino * Emmelio * Emmerano Empcio Emygdio Enceão Encelavio * Endymião * Eneas * Engelberto Engelmaro Engracio * Enguerrando Ennemundo Ennio * Ennodio Eobano Eonio Epagatho Epalio * Epaminondas * Epaphras Epaphrodito Eparchio Ephebo Ephiso Ephoro * Ephraim Ephrem Epicharides Epicteto Epicuro * Epigmenio Epigonio * Epimacho Epimenides * Epimetheu * Epiphanio Epipodio Epistemio Epitacio Epulonio Equicio Erasistrato * Erasmo Erasto Erblando Erchinoaldo * Erconvaldo Eremberto Ergino * Erico Eridano * Erlindo * Ermancio * Ermelindo * Ermelino * Ermenaldo * Ermesendo * Ernestino * Ernesto Ernulphio Erostrato * Erotio Erymantho * Eryntho * Erythreu * Esaú * Eschylo Esculapio * Esdras Esladio * Esmeraldino * Esmeraldo * Esopo * Especioso Estaciano Estacio * Estanislau Estavel Estellino * Estevão Estrategio Estyliano Esullio * Eteocles * Ethebaldo * Ethebino Ethelberto Ethelvino * Ethelvoldo Ethereo Ethesio Euberto Eubulo Eucarpio Euchario Euchesio Euclides * Eudoro * Eudoxio Eugendo Eugeniano Eugenio Eugrapho Eulalio * Eulampio Eulogio Eumenio Eumiro * Euniciano Euno Eupergio Euphebio Euphemio * Euphorio * Euphrasio Euphronio Euphrosino * Euplio Euporo Euprepio Eupsychio Eurico Euripides * Eurybio Eusebio Ensico * Eusinio Eustachio Eustasio Eustochio Eustorgio Eustracio Euthalio Eutropio Eutychiano Eutychio Eutymio Euvandio * Evagrio Evaldo Evancio Evandro * Evangelino * Evangelo Evaristo Evasio Evelino * Evelio Evencio Everardo Evergelio * Evergisto EveriIdo * Evermundo Evidosio Evilasio Evodio Evonnio * Evorcio Exaltino * Exantho Expedito Exuperancio Exuperio Ezechias * Ezechiel F Fabiano Fabião Fabio Fabriciano Fabricio Factor * Facundino Facundo Fagundo Famagusto * Famião Fandilas Fantino Faronio Fasciolo Faustiniano Faustino Fausto Favonio * Favorino * Feliciano Felicio * Felicissimo Felino Felisberto * Felix Feliz Felizardo * Fergeolo Fernando Fernão * Ferreolo Ferrucio Festo Fiacrio Fibicio Fidelio Fidenciano Fidencio Fidolo Fiel Filandro * Filderico Filinto * Fingal * Finiano Fioncio Fioniso Firmado Firmino Firmo Flamiano Flaminio * Flausino * Flaviano Flavio Flocello Flodoveu Floremio Florenciano * Florencio Florente Florentino Floreo Floresindo * Florestano * Florestino * Floriano Floriberto Flórido Floridoro * Florimundo * Florindo * Floro Flosculo Flosmarte Forte Fortunato Fradique * Francisco Franco Frandilano Franklin * Fraterno Frederico Fredulpho Friardo Fridiano Fridolino Frigerio Froalengo (5) Froarico Frodoberto Froilão Fronimiro Frontão Fructulo Fructuoso Fruiselo * Frumencio Fuas * Fulberto * Fulco Fulcrano Fulgencio Fulrado Fulviano * Furseu Fusciano Fusco Fusculo G Gabbo * Gabedelio Gabriel Gaesto * Gaiano Galan Galathas Galatheão Galeno * Galerio Galgano Galiero Galileu * Galindo * Galliano * Gallo Gamaliel Gancherio Gandulpho Garcia (6) Gardeato Gaspar * Gastão * Gathaceão Gathello * Gaudencio Gaudioso Gaufredo * Gaugerico Gavino Gedeão Gelasio Gemello Gemil Geminiano Gemino Gencerico * Genciano Gendulpho Genebaldo * General Generoso Genesio Geneveu Gennadio Gens Gentil Genuino Genulpho * Geofredo Geraldo Geranio * Gerardo Gerasimo Gerberto Gereão GerebaIdo Geremaro Gerino Gerlacio Germanico Germano Germino * Germosino Geroncio Geronno Gerundio Gervasio Gervino Getulo Gião Gibello Gibriano Gil Gilberto Gildardo Gildasio * Gildoino Giraldino * Giraldo Gisberto * Gisello * Gisleno Glauco * Glycerio Goar Goato Gobbano Goberto Godardo Godefredo Godo Goerico Gofredo * Gollutho * Gomes * (7) Gomorindo * Gonzalo Gondeberto Gondelio Gondino * Gondolpho Gontrano Gordiano Gordio Gorgonio Gornesildo * Graciano Graciliano Gracindo * Graciniano Grandolpho * Grato Gregorio Grimbaldo Grimoaldo Griseldo * Groelio * Gualdemiro * Gualdim Gualdino Gualfardo Gualter Gualterio Gudevandro * Guerino Guibaldo Guiberto Guido Guildoro * Guilherme Guilhermino * GuillebaIdo Guirando Gumeado * Gumersindo Gumesindo Gummaro Gundemaro * Gundenio * Gunderico * Guniforte Gunthero Gurdino Gurias Gurval Gustavo * H Habacucio Habencio Haduindo * Haggeas * Halesio * Halio * Hamilton * Harmodio * Heberto * Heduino * Hegesippo Heitor * Helanio Helconides Heldrado Helenio * Heleno * Heliberto Helimeno Helio Heliodoro Heliogabalo * Helionidas Helladio Helychio * Hemeterio Henedino * Henneberto Henrique Heracleas Heraclides Heraclio Heraclito * Heradio Herberto Herculano Hercules * Herenio * Hermillo Herminio Hermippo Hermocrates Hermogenes Hermogio Hermolau Herenio * Heribaldo * Heriberto Hermagoras Hermano Hermelando Hermenegildo Hermenerico * Hermenfrido Hermengaudo Hermes Hermeto Hermias Hermigio * Hermon Hernani * Herodião Herodoto * Herophilo * Heros Herosino * Hersendo * Herundino * Hervanio * Hesichio Hesiodo * Hidulpho Hierão Hieronides Hierotheu Hilarião Hilarino * Hilario Hildeberto Hildebrando Hildemano Hilderico * Himario * Himerio Himmemodo Hipparcho * Hippocrates * Hippolyto Hippomenes Homero * Honesto Honorato Honorio Horacio * Hormidas Hornulpho * Hortensio Hortulano Hospicio Huberto Hugo Humbertino * Humberto Hygino Hypacio Hyrcanio I Ibrahim * Icario * Icelo * Idacio * Idalino * Idalio * Idalmiro * Idemão Iderico * Ideu * Idilio * Idomeneu * Idomeu * Ignacio Ilberino * Ilberio * Ildefonso Ildegario Ildemiro * Ilduaro * Ilioneu * IIuminado Ilydio Ilmenio * Ilo * Imberto Imeldo * Inacho * Indalecio Indes Inesillo * Infante Ingeu Injurioso (8) Innocencio Innocente Iphicrato * Iphimenio * Irenarcho Ireneu Irenião Irmino Irnerio Isaac Isacio Isaías Isalio * Isarno Isaurindo * Isauro Isbrido Ischyrião Iseu * Isidoro Isidro Isildo * Ismael Ismalio * Ismenio * Isocrates * Isolino * Israel Ivo J Jacintho Jacob Jacobino Jacome * Jader Januario Jasão Jasmim * Jayme Jeremias Jeronymo Jesuino Joannicio Joanninho João Joaquim Job Jocelyno * Joel Jonas Jonathas * Jordão Jorge Jorio Joroboão * Josaphat Josceranno José Josias * Josino * Josué Joviano Joviniano Jovino Joviro Jovito Jucundiano Jucundino Jucundo Judas (9) Judoco Juliano Julião Julio Juniano Junio * Junquelino * Justiniano Justino Justo Juvenal Juvencio Juventino K Kenerino Kennico L Lacinio * Ladislau Lamberto Lamech * Lampronio * Landelino Landerico Lando Landoaldo Landolpho * Laonico * Largião Largo Larisseu * Latino Latuino Laudato Laureano Laurentino Laurindo * Lauro Lausberto Lauto Laviano * Lazaro Leandro Leão Lector Legonciano Lelio * Lemnio * Leobaldo Leobano * Leobardo Leobino Leocadio * Leocricio * Leodegario Leodicio * Leodilio * Leodolpho Leofredo Leolindo * Leolino * Leomiro * Leonardo Leoncio Leonel * Leoniano Leonidas Leonido * Leonildo * Leonilio * Leoniso * Leontino * Leopardo Leopindo * Leopoldino Leopoldo Leovigildo Leovigitho * Letancio Lethardo Letho Leucio Leucippo * Levinno * Levy * Libanio Liberal Liberato Liberiano Liberio Liberto Liborio Libyssino * Licerio * Liciniano * Licinio Lidonio Lidorio Lifardo Ligysto * Liliano * Lindoro * Lindorpho * Linencio Linneu * Lino Linobio * Lipharião * Lisbano * Literio * Litteu Livino Livio * Ló Lomaro Lomelindo * Longino Longuinhos Lopo Lorildo * Losmenio * Lothario Lotheno Lourenço Lubindo * Lubippo Lucano Lucas Lucencio * Luciano Lucidio Luciliano Lucilio * Lucindo * Luciniano Lucino * Lucio Luciolo Lucrecio * Ludardo Ludgero Ludolpho Ludomiro Ludovino * Ludulpho Lufredo Luglio Luiz Lullo Lumano Luperco Luperio Lupiano Lupicio Lupino Lusitano * Luso * Luxorio Lyboso Lycarião Lycelio * Lycio * Lycurgo * Lydo * Lynceu * Lysandro * Lysio * M Macario Macedonio Machabeu Maciel * Maclovio Macorato Macrino Macrobio Macuro Madeveu * Madiro Magino Maglorio Magnerico Magno Magnolio * Maguncio Majolo Majorico Malaquias Malberto * Malcho Mallulpho Malveu Mamante Mamas Mamede Mamertino Mamerto Mamilliano Mamillo Mammerio Manaheno Manahés Mancio Manços Mandal Manecio Manetto Manfredo * Manlio * Manrico * Manso * Mansueto Manucio Manuel Manuelino * Mappalico Mapril Marão Marçal Marcelliano Marcellino Marcello Marcial Marciano Marcio Marcolino Marcos Marculpho Mardasio Mardocheu * Mardonio Mareas Mareodoco Marfido * Margarido * Marianno Marino Mario Marolo Marsilio * Martim * Martinho Martiniano Martyrio Marutho Masculo Masoriano Massilitano Materno Matheus Mathias Mathildio * Mathurino Matroniano Matuario Maturo Maufredo Maurencio * Mauricio Maurilio Maurino Mauro Maurolico Mauroncio Mavilio Maxencio Maximiano Maximiliano Maximino Máximo Mayolo Mecenas * Medardo Mederico Medulpho Melanio Melasippo Melchiades Melchior * Melibeu * Melicio Mellito Mellono Mem * Memmio Memnon Memorio Menalchio Menalippo Menandro Menardo * Mencio Mendo * Menecrato * Menedemo Menelau * Meneleu Meneu Meneusippo Menigno Menno Menophio * Menulpho Meraldo Mercurial Mercurio Merolo Meroveu * Messiano Metello Methodio Metranio Metrão Metrobio Metrodoro * Metronio Metrophanes Meynardo Michêas Micomero Migdonio Miguel Milas Mileto * Militão Millesio Minervino Minervo Minias Miniato Minucio * MirocIes Misencio * Mithridates * Mitro Mizael Mnesitheu Modario * Modesto Modoaldo Molusdião Mommoleno Mommulo Monas Mondulpho Moninho * Monitor Monophonio * Montano Morando Mosarico * Moseu Moyses Muciano Mucio Mundo Munio Murillo * Muritto Musonio Mycenio Myron Myrtilo * N Nabor Nacario * Nahum Namacio Namphanião Namphasio Napoleão Narciso Narno Narselio * Narses Narseu Narsindo * Narzalo Narzeto Natal Natalino * Nathan * Nathaniel Nauplio Nausto * Nautilio * Naval Navito Nazario Neadio Nearcho Nebridio * Nectario Necterio Nehemias Neleu * Nelson * Nemesiano Nemesio Nemeu * Nemorino * Nemorio Nennio Neolo * Neomedes Neomisio * Neon Neophyto Neopolo Neotero Neoto Nephaleão * Nepociano Nerestano * Nereu Nero * Neslau * Nestabio Nestor Nestorio Neutel Nevolo Nicandro Nicanor Nicasio Nicéas Nicecio Nicello Nicephoro Nicerato Nicetas Niceto Niceu * Nicocio Nicolau Nicolino * Nicomedes Nicostrato Nidio * Nigicio * Nilammon Nilo Nimmio Niniano Nisandro * Niserto Niso * Nisolio * Nithardo * Nivardo Nodino * Noé Nomio Nonego Nonnato Nonno Nonnoso Norbano * Norberto Noresendo * Normano * Novato Numa * Numeriano Numidico Nummio Nuncio Nunilo Nuno Nycteu * Nymphas O Obolo Oceano Ocrisio * Octacilio * Octaviano Octavilio * Octavio Odão Odario * Odefrido * Odenato * Odilão Odilardo Odorico Ofranio * Oggerio * Olau Olavo Olderico Oleno * Olgando Olindo * Oliveiros Oliverio Olivio * Ollegario Olympio Olympiodoro * Olyntho * Omnion Onesandro * Onesimo Onesiphoro Onofre Optaciano Optato Ordonho * Orencio Orestes Orfino * Oriculo Orígenes Orlando Oroncio Orpheu * Orphilio Ortario Orthelio Ortygio Oscar * Osêas Osias * Osmandino * Osmaro Osmundo Ossian * Ostiano Ostindo Oswaldo Othalyro * Othão Othegero Othelindo * Othello * Othemaro Oveco Ovidio P Paciano Paciente Pacifico Pacomio Pacoro * Paduino Palamedio * Palameneu * Palatino Palemon Palladio Pallico * Palmacio Pamerio * Pammachio Pamphalão Pamphilio Panchario Pancraciano Pancracio Panecio * Panormio Pantagatho Pantaleão Pantalemon Panteno Papa (10) Paphenucio Papias Papiniano Papulo Papylo Papyrio Paracodio Paramon Pardulpho Paregorio Parente Páris Parisio Parmenas Parmenio Parthenio Paschanio Paschasio Paschoal Pasicrates Passidio Passiodoro Pastor Patapio Paterio Patermucio Patemiano Paterno Patricio Patrobas Patrocinio * Patroclo Pauliano Paulillo Paulino Paulo Pauperio * Pausides Pausilippo Paxencio Payo Pedro Pegasio Pelagio Pelasgo * Peleu Peleusio Pepino Peregrino Perfeito Pergencio Pergentino Periandro * Pericles * Pero * Perpetuo Perseu * Petrarca * Petronio Pharnacio Phebo Phedro * Phidias * Philadelpho Philagrio Philanto Philappiano Philareto Philastrio Philéas Philemon Phileto Philippe Philo Philocarpo Philodemo * Philogonio Philomeno Philoromo Philostrato * Philothero Philotheu Phinéas * Phlegão * Phocas Phocio Photides Photino Phylaco * Phyleu * Phyllacides * Phyllodocio * Phytalmio * Pião Piatão Piencio Pigmenio Pindaro * Piniano Piniemo Pio Pionio Piperião Pipio Pisistrato * Placidio Placido Platão Platónico Platonides Platurgio * Planto Plechelmo Plexippo * Plinio * Plisthenes * Plutarcho Podalyrio * Podio Poental Polemocrates Pollião Polybio * Polycarpo Polychronio Polycleto Polydoro * Polyeno Polyeucto Polygio * Polymnestor * Polymo * Polyodoro Polyphemo * Polyxeno * Pompeu Pompilio * Pompino Pomponio Ponciano Poncio Pontico Pophronio Porchario Porciano Porcio * Porphyrio Portumno * Possessor Possidio Possidonio * Possino Potamião Potamio Potenciano Potencio Potito Pousano * Povideu Pragmatico Praxiteles * Presidio Pretextato Priamo Prião * Prilidiano Primiano Primitivo Primo Principino Principio Prior Prisciano Priscilliano Prisco Privado Probo Processo Prochoro Proclo (11) Procopio Proculo (12) Prodomeu * Prodomiano * Profuturo Projecto Promacho Prosdocimo Prospero Protasio Proterio Protesilau * Protheu * Proto Protoclo Protogenes Prudenciano * Prudencio Ptolomeu Publiciano Publio Pudencio Pulcherio * Pusicio Pygmaleão * Pyramo * Pyrrho * Pythagoras * Q Quadragesimo Quadrato Quarto Quasimodo * Quelmindo * Quepronio * Querano Querencio * Querido * Questor Quieto * Quiliano Quinciano Quinião Quinidio Quinóco Quintiliano Quintillo Quintino Quinto Quiriaco Quirillo * Quirino R Rabulas Radbodo Rademio * Ramberto Ramesendo * Ramesio Ramiro Randelino * Randoalbo Randolpho * Ranulpho Raphael Rasypho Raul * Raurino * Ravenno Ravirio * Raymundo Raynerio Reatrio Recarano * Redempto Refredo * Regimundo Reginaldo Regulo Reinulpho Remaclo Remberto Remedio Remigio Remo * Remorio Renaldo * Renano Renato Renoberto Renomio Reparato Rephario Residio Respicio Restituto Reticio Reverencio Reveriano Revocato Reynaldo Rhadamantho * Rhadamistho * Rhais Rhecio * Rhodopiano Ribario Riberto Ricardino * Ricardo Richario Rigoberto Rigomero Rioco Riovenno Ripheu * Rixio Rizerio Roberto Robustiano Rodaldo Rodano Rodesindo Rodolpho Rodrigo Rogaciano Rogato Rogelio Rogerio Rolindo * Rollino * Romano Romão Romarico Romeu Romildo * Romo * Romualdo Romulo Roque Rosalino * Rosauro * Roselio * Rosendo Rosco Rosilvo * Rosino * Rostagno Rubim * Rufillo Rufiniano Rufino Rufo Rumilio * Rumino Rustiano * Rustico Rutilo Rutulo Ruy * S Sabarico * Sabas Sabbacio Sabelio Sabino Saborino * Sacerdote Sadoco Sadoth Sagar Salacio * Salamino * Sallustiano Sallustio Salmoneu * Salomão Salonio Salutar Salvador Salviano * Salvino Salvio Samerio * Samonas Samsão Samuel Sancho Sanctino Sandalo Sandraz Santos (13) Saphiro Sapidico Sapor Sarbelio Sarmatha Satullo Saturiano Saturnino Saturno Saturo Satyro Saul * Saviniano Scipião * Scubiculo Sebaldo Sebastião Sebbo Secundario Secundiano Secundino Secundo Secundulo Sedasto * Sedecias * Seguro Selesio Seleuco Seloyno * Sempronio Senador Seneca * Sennen Senoch Sensio Septimio Sequano Seraphim Serapião Sereno Sergesto * Sergio Seridião Serronio Sertorio * Servacio Servadio Servando Servano Servideu Serviliano Servilio Servio * Servo Servulo Sesostris * Setimo Severiano Severim * Severino Severo Sexto Siacrio Siardo Sicario Siculo * Sidonio Sidronio Sifredo Siginardo * Sigisberto * Sigismundo Signo Silano Silas Silencio * Silfrido * Silvano Silverino * Silverio Silvestre Silvino Silvio Simão Simeão Similiano Simitrio Simpliciano Simplicio Simplides Sina Sindimo Sindulpho Sinerio Sinibaldo Sinyto Sirenio Sisberto Sisenando Sisinnio Sisisclo Sisnando Sisypho * Siviardo Sixto Smaragno Sobel Socrates Solano Solario * Solemne Solochano Solon Solutor Sophocles * Sophonias Sophronio Soro Sosias * Sosio Sositheu Sosoneas Sostheneu Sosthenio Soter Spacio Sperato Speusippo Spiridião Stacteu Stapino Statilino * Statuliano Stenio * Strabão * Stratão Stratonico Sturmio Styriaco Suacrio Suario Successo Sueiro * Suetonio * Suiberto Sulpicio Summano * Sunifredo * Superio Surano Suzandro Suzão Syagrio Sygeu * Sylo * Symmacho Symphoriano Symphorino Symphosio Symphronio Synesio Syricio T Taciano Tacito * Talassião * Talma * Talthybio * Tammaro Tancredo * Taraquio Tarquinio * Tasão Tasso Taureo Taurino Telamon * Telchio * Telegono * Telemaco * Telesphoro Teleucio * Tello * Telmesso * Telmo Temeseu * Tercio Terenciano Terencio Tergemino * Tertulliano Tertullino Tertullo Tetradio Teucro * Thacio Thaddeu Thalaleu Thaleu * Thalo Thamel Thamusio * Tharasio Tharsicio Thatuel Thebaldo * Themistio Themistocles Theobaldo * Theocrito * Theoctisto Theodardo Theodato * Theodefrido * Theodomiro Theodo Theodolindo * Theodoreto Theodorico Theodoro Theodosio Theodoto Theodulo Theodulpho Theofredo Theogenes Theogono Theonando * Theonas Theonesto Theoneu * Theonitas Theophanes Theophilo Theophrasto * Theophylacto Theopisto Theopompo Theoprepido Theorio * Theosonio Theotico Theotimo Theotonio Theresto Theseu * Thesidio Thespecio Theuderio Thiago Thilo Thomaz Thomé Thrasêas Thrason Thucydides * Thuderio * Thyestes * Thyrso Tiberino * Tiberio Tibullo * Tiburcio Tichio Ticiano Tigides Tigre Tigrio Tilmano * Timagenio * Timesio * Timolau Timoleão Timon Timotheo Tirynthio * Tito Tobias Tolentino * Torello Toriano Torquato Tortuano Tradulo Trajano * Tranquillino Tranquillo Trefaldino * Tremorio Tresano Treverio Tribinio Trino Triphino Triphylio Tripodo Triptolemo * Tristão * Troadio Trocosendo * Trojano Tropes Trophimo Tructemundo * Trudão Tryphonio Tude Tullio * Turibio Tussano * Tychico Tycon Tyndaro * Tyrannio U Ubaldino * Ubaldo Ubarico * Udolpho Ugolino Ugucião Ulberto Ulfacio Ulpiano Ulrico Ulysses * Umbelino * Umbronio * Unfredo * Urbano Urbicio Urbino * Urias Urminio * Urpiano * Ursicino Ursicio Ursino Urso Usdamino * Usibefo * Usuardo V Valabonso Valencio Valentem Valentiniano Valeriano Valerico Valerio Valorino * Valsenio * Vamberto Vandelino Vandregisilo Vanulpho Varico Varo Veccio Vedasto Venancio Vendimiano Venerando Venero Ventura * Venustiano Venusto Verano Verecundo Veredemo Veremundo Vergilio (14) Veriano Veridiano * Veríssimo Vero Verociano Verulo Vespasiano * Veterio Viador Vicente Victo Victor Victoriano Victorico Victorino Victricio Vigilio Vigor Vilicario Vilmaro Vindemial Vindiciano Vindonio Vinnoco Viriato * Vital Vitaliano Vitalino * Vitellio * Vitruvio * Vivaldo * Vivencio Vivenciolo Volmaro Volusiano Vulgiso Vulsino Vulstano W Walfredo * Walter * Waltheno Wenceslau Wenefredo * Wigberto Wilfrido Willibrodo Winebaldo Wistanno Wistremundo Wladmiro Wolfando Wulfranno X Xenophonte * Xisto Z Zacharias Zacheu Zaleuco * Zamas Zanitas Zarbello Zebedeu Zebinas Zelotes Zenas Zenobio Zenon Zephyrino (15) Zephyro Zeto Zetulio Zocio Zodino * Zoello Zoilo Zomaro Zophimo Zophoro Zopyro * Zoroastro * Zotico Zozimo Zulmiro * NOMES FEMININOS N.B. — Os nomes que não são precedidos do asterisco (*) designam individuos santificados ou beatificados pela Egreja. A Abelamia * Abilia * Abilina * Abrosima * Abundancia Abundia * Acacia * Acidalia * Acrisia Acyllina Ada Adalberta * Adalcina * Adalcinda Adalgisa * Adelaide Adelberta * Adelia Adelina * Adelinda Adilia Adla * Adolphina * Adosinda Adria Adriana * Adventina * Affonsa * Affonsina * Afra Africa * Agamunda * Agapia Agar * Agarista * Agatha Agathoclia Agathonica Agelia * Agenoria * Aglaia Agostinha * Agricia * Agrippina Agueda Aguiberta Aida * Albana * Alberta * Albertina * Albina Alceste * Alcida * Alcidamia * Alcina * Alcippe * Alemena * Alda Aldeberta * Aldegundes Aldetrudes Aldina * Aldira * Aldonsa Aldora * Alêa * Alecta * Alcide Aleixa * Aleixina * Alena Alexandra Alexandrina Alfreda Alfredina * Algiva Alice Alina Alipia * Allyria * Almerinda * Almyra * Alodia Alonsa * Aloysia Alva * Alvarina * Alveria Alysia * Alzira * Amada Amalberga Amalia * Amaltrudes * Amancia * Amandia * Amandina * Amarina * Amarynthia * Amatalidia Ambrosia * Ambrosina * Amelia Amelina * Amena * America * Amicia Amidia * Amina * Ammia Ammonária Anacleta * Anaide * Anaísa * Anastacia Anathilde * Anatolia Anaxandra * Andrelina * Andresa Andromacha * Anelide * Angadresmia Angela Angelica * Angelina Aniceta * Anna Annalia * Annalydia * Anoberta * Anselina * Anselma * Anthia Anthilia Anthusa Antigone Antiopa * Antonia Antoniella * Antonieta * Antonina Anysia Aphrodita * Apollina Apollinaria Apollonia Apparicia * Appia Apra * Aprigia * Aprincia Apronia Aquila Aquilina Arabella * Arabia Aragonta Archangela * Archanja * Archelaide Arcilma * Ardelina * Ardesira * Areta Arethusa * Argentina * Argina Argyra * Ariadne Ariana * Alicia Aricina * Alinda * Arlinda * Armanda * Armandina * Armenia * Arminda * Arminia * Arnaldina * Arnulpha * Arselina * Arsenia * Artemia Artemisa * Artesia * Arthelaide Arthura * Artiga Asarina * Ascensia * Ascla Asella Aspasia * Assucena * Asteria Astréa * Átala * Atalanta * Athalia * Athanasia Athenaíde * Athenaísa * Attála Aucta Auda Aufidia Augia Augusta * Aura Aurea Aurelia Aureliana * Aurelina * Aurora * Ausenda Austreberta Auxilia Auziria * Avelia * Avelina Avia Azalea * Azesia * B Bada Balbina Baldomira * Balduina * Balsamina Baptistina * Barbara Barlababia Barthola * Bartholomêa * Basilia Basilissa Basinia * Bassa Bathilde Bathilla * Beata Beatriz Begga Belarmina * Beldora * Belilla * Belisa * Belisanda * Bellalma * Bellina Belmira * Beltrana * Bemvinda Benedicta Benedictina Benevola * Benicia * Benigna Benilde Benta Berecymthia * Berelinda Berengaria * Berenice * Bernarda * Bernardina Bertha Berthilde * Berthilla Bibiana Bibliades Blanda Blandina Blidonia * Blimunda * Blithilde * Boanova * Bona Bonanza * Bonifacia * Bonina * Bonosa Branca Brancolina * Braulia * Brázia * Brasilia * Brazilina * Brigida Briolanja Brites * C Cacilda Caetana * Calligenia * Callinica Calliope Callisthenia Callixta Calma * Camilla Candida Cantianilla Canulia * Capitola * Capitolina Cardovilia * Cariberta * Caricia * Caridade Carina Carisa Caritina Carlinda * Carlota * Carmelia * Carmelina * Cármina * Carmina * Carminda * Carmosina * Carolina * Casdoa Casimira * Cassandra * Cassia Cassiana * Cassiodora * Casta * Castalia * Castorina Catharina Catullina * Cecilia Celerina Celeste * Celestina * Celia * Celiana * Celimena * Celina * Celinia Celisa * Celsa * Censorina * Cephysa * Cesaria Cesariana * Cesarina Ceserinda * Chama * Chelidonia Cherubina * Chionia Chloé * Chloris * Chrisina * Chrismelia * Chrismunda * Christeta Chiristiana Christilia * Christina Christiniana * Christolinda * Chrysallida * Chrysantha * Chrysanthina * Cisella * Clara Clarencia * Clarinda * Clarisse * Claudia Claudina * Cleandra * Clelia * Clemencia * Clementina * Cleodice * Cleodora * Cleonida Cleopatra Climena * Clivia * Clorinda * Clotilde Cointha Coleta Colombina * Colorina * Columba Columbana * Comba Conceição * Concessa Concordia Condorina * Conrada * Conradina * Consorcia Constança Constantina * Cora * Coralia * Cordelia * Cordolina * Cordula Coresia * Corinna * Corintha * Corisandra * Cornelia Corona Cosmelia * Cosmelina * Craphailde Cremilde * Crescencia Crescenciana Creusa * Crisfalia * Crisolina * Crispina Crispiniana * Crispula * Crymira * Crysphelia * Crystallina * Cucia Cunegundes Custodia * Cydalia * Cydalisa * Cymodocêa Cynira * Cynthia * Cypriana * Cyprilla Cyra Cyriaca Cyrilla Cysbellia * D Dacia * Daciana * Dactilia * Dafrosia Dalia Dalila * Dalma * Dalminda * Damascena Damasia * Damia * Damiana * Daniella * Daria Dativa Davina * Debora * Deidamia * Dejanira * Delia * Delminda * Delmira * Delphina Demetria Deolinda * Derphuta Desdemona * Desideria * Dhalia * Diamantina * Diana * Didia * Didyma * Digna Dina * Diniza Dinorah * Diocleciana * Diodora * Dioguina * Diomeda * Dionysia Dirce * Disciola Doda Domicia Domiciana * Domingas Domitilla Domna Domnina Donaciana * Donalda * Donata Donatilla Donvina Dora * Dordia Dorina * Dorinda * Dorothêa Drosela Duartina * Dula Dulce * Dulcidia * Dympna E Ederia * Ederlinda * Edilbarga Edilberta * Edista * Editha Edmunda * Eduarda * Edulia * Egberta * Egeria * Egira * Eglantina * Elampia Electa Electra * Eleucadia * Eleusina * Eleutheria * Elfleda Eliana * Elisa Elisaria * Elmina * Elodia Elpidia Elvina * Elvira * Emercinda * Emerencia Emerenciana Emerita Emilia Emiliana Emma * Emmelia Emmelina Endrequina Engracia Ennatha Ephisa Epicharia Epiphania Eponina * Erasma Eremberta * Ergina * Erlinda * Ermancia * Ermelina * Ermelinda Ermenilde Ermesenda Ernesta * Ernestina * Erotheide Erycina * Escholastica Esêa * Esladia * Esmeralda * Esmeraldina * Especiosa Esperanza Estanislada * Estella * Estellina * Estephania Esther * Estrella * Esullia * Ethebina * Ethelberga Ethelberta * Ethelinda * Ethelvina * Etherea * Eubula Eudora * Eudoxia Eugenda Eugenia Eulalia Eulampia Eumenia * Eunicia * Eunomia Euphemia Euphrasia Euphrosina Euprepia Eupuria Eurosa Eurybia * Eurydice * Eusebia Eustochia Eustolia Euthalia Eutropia Eva Evangelina * Evarista * Evelia * Evelina * Everilde * Evodia * Exuperancia Exuperia F Fabia * Fabiana * Fabiola Fabriciana * Facunda * Fara Farailde Farsilla Fausta Faustina Favorina * Fé Febronia Fédora * Felicia * Feliciana * Felicidade Felicíssima Felicula Felisbella * Felisberta * Felismina * Felizarda * Fercinta Fernanda * Fernandina * Fidelia * Fidrina * Fina Fionisa * Firmeza * Firmina Flaminia Flausina * Flavia Flaviana Flôr * Flora Flôrbella * Florencia Florenciana * Florentina Floresinda * Florestina * Floriana Floriberta * Flórida Floridora * Florimunda * Florina Florinda * Floripes Fortunata Franca Francelina * Francina * Francisca Fredegunda Frederica * Fredesuinda Fridolina * Frodoberta * Froila Frolina * Fructuosa Fulgencia * Fulvia * Fusca G Gabriella * Gaiana Galathêa * Galla Gasparina * Gaudencia Gavina Gemina * Gemma Generosa Genesia Genoveva Georgeta Georgia Georgiana * Georgina Gerarda * Gerasima * Gerburges Germana Germania Germina * Germosina * Gertha * Gertrudes Gertruria * Gerundia * Gervasia * Getrusa * Gilberta * Gilda * Giralda * Giraldina * Giselda * Gisella Glaphyra Glyceria Glycinia * Goberta Godulia Gomorinda * Gonçala * Gondina * Gorgonia Gornesilde * Graça Gracia * Graciana * Graciliana * Gracinda * Graciosa * Grata Graziella * Gregoria Griselda * Groelia * Grothilde Gualberta * Gualdina * Gudelia Guilhermina * Guiomar Gulnara * Gumersinda * Gundenia H Haduinda * Halesia * Halia * Haydêa * Hebe * Hedda Heduina * Hedwiges Helania * Helconida Helena Helia Heliberta * Helimena * Helina * Heliodora * Helionida * Helladia * Heloisa * Henedina Henneberta * Henriqueta * Heradia * Herberta * Herculana * Herculina * Herenia Heribalda * Hermana * Hermelanda Hermenegilda * Hermenerica * Hermenfrida * Hermengarda * Herminia * Hermione Hermogenia Hero * Herosina * Hersenda * Hersilia * Hersippe * Herundina Hervania * Hervima * Hierothêa Hilaria Hilarina * Hilda Hildeberta * Hildegarda Hilderica * Himaria * Hippodamia * Hippolyta * Hippomenia * Honesta * Honorata Honoria Honorina Hortensia * Huberta * Humberga Humbertina * Humildade Humiliana Hygina * I la Ida Idalina * Idalmira * ldilia * Ignacia * Ignez Ilduara * Illuminada Imelda Imperia * Inesilla * Innocencia Iphigenia Iraíde Irene Iria Irma * Irmina Isabel Isalia * Isaura * Isaurinda * Isidora Isilda * Ismalia * Ismenia * Isolina * Iva * Iveta J Jacintha Januaria Jarilla * Jeronyma * Jesualda * Jesuina * Joanna Joaquina * Jocelyna * Jolenta Jonilla Jorgelina * Josepha * Josephina * Josina * Jovina * Jovita Jucunda Jucundina * Judith Julia Juliana Julieta * Julitta Junquelina * Justa Justina Justiniana * Juvencia * Juventina * K Kerma * Kyola L Laborina * Lacinia * Ladislada * Laire * Lamberta * Landelina * Landerica Landoalda Landolpha Laodice * Latuina * Laura * Laureana Laurentina * Laurinda * Laviana * Lavinia * Lazarina * Lêa Leandra * Leda * Lelia * Leocadia Leocricia Leofreda * Leolina * Leolinda * Leomira * Leonarda * Leoncia Leonia Leonida Leonilda * Leonilia Leonisa * Leonor Leontina * Leopolda * Leopoldina * Leovigilda * Lesbia * Lethêa * Leticia * Leucippe * Levinna Lia * Libania * Libeja Libentina Liberata Liberia Liberiana * Liboria * Liceria Liciniana * Lidonia * Ligêa * Lilia * Liliosa Lilitha * Limbania Lina * Linda * Lindora Lioba Lisbana * Liseta * Livia Lomelinda * Losmenia * Lourença Lubecia Lubinda * Lucencia Lucia Luciana * Lucidia Lucilia Lucina Lucinda * Luciola * Lucioldina * Lucrecia Ludovina * Luiza Luminosa Lutgarda Luz * Luzia Lycia Lydia M Mabelina * Macaria Macra Macrina Madira Mafalda Magdalena Magina Magna Magnencia Magnerica * Malberta Malchia Malvina * Mama Mameltha Mancelina * Manna Mannêa Manuela * Maonia * Marana Marçala * Marcella Marcellina Marcia Marciana Marcionilla Marcolina * Marfida * Margarida Maria Marianna Marieta * Marilia * Marina Marinha Marispala Marqueza * Marsilia * Martha Martinha Martiniana * Marucyna * Marutha Massilitana * Materna Mathia Mathilde Mathurina * Matrona Matutina Maura Maurencia * Mauricia * Mavildia * Mavilia * Maxellenda Maxencia Maxima Maximiana * Maximiliana * Maximina * Mecia * Medêa * Medula Medulina * Megara * Melania Melibêa * Melicerta * Melissa * Mellona * Melusina * Memmia Mena * Menalia * Menalippe * Menodora Mentha * Meralda * Mercedona * Mercuria Merope * Metella * Metrodora Michaella Mictêa * Midia * Milburges Militina Mimosa * Mindina Minervina * Minna * Miquelina Modesta Modoalda * Monegunes Monica Montana Muciana * Muma Musa Mustiola Myra * Myrope Myrta * Mysia * N Nanthilde * Narcisa * Natalia Natalina Nathercia * Nemesia * Neomadia Neomisia Neonia Neophyta Nicerata Niceria Niceta Nicolêta * Nicolina * Nicostrata * Nimmia Nina * Nisandra * Nise * Niserta * Noemia * Nominanda Nonna Norbana * Norberta * Norma * Numisia * Nympha Nymphodora O Obdulia Oblata Obsidiana Oceanira * Ocrisia * Octacilia * Octavia * Octaviana * Octavilia * Oda Odefrida * Odilia Odorina * Odyxe * Ofrania * Ogga * Oggeria * Olaia Olderica * Oldrada Olena * Olga * Olganda * Olinda * Olivia Olympia Olympiodora * Olyntha * Omphalia * Ondina * Onesandra * Onesima * Onofria * Opalina * Ophelia * Opportuna Optaciana * Orbania Orencia * Oréstea * Orfina * Oringa Oriola * Orisia * Ormenia * Orphilia Ortaria * Orthelia * Orthesia * Ortygia * Osanna Oscarina * Ositha Osmandina * Osmanna Osmarina * Osmunda * Ostiana * Ostinda * Othegera Othelinda * Othelina * Othilde Othilia Ouriana P Paciencia Palladia Palmyra * Pamella * Pantagapa Parthenia * Paschasia Paschoa * Patralia Patricia Paula Paulina Paz * Pelagia Penelope * Peregrina * Perina * Perpetua Perseveranda Petronilha Pheba Phedra * Philippa Philomela * Philomena Philonilla Philyra * Photina Pia Piencia Placida Placidia Plautilla Plautina * Pollena Polymnia * Polyxena Pomposa Poncia Porchária Porcia Porcina * Porphyria * Possidonia * Potamia Potamiana Potenciana Praxedes Preciosa * Prepedigna Primavera * Primicia Primitiva Primorosa * Prisca Priscilla Priscilliana * Prosdocia Proserpina * Protasia Prudencia Prudenciana * Publia Pudenciana Pulcheria Purina * Pusinna Q Quaresmina * Quartilla Quelminda * Quieta Quinta Quintilla Quirilla Quiteria R Rachel * RachiIde Radegundes Raingarda Raphaella Rastragena Raymunda * Ravenosa Rebecca * Redempta Refreda Regina Regiola Renata * Renofria Reparata Restituta Revocata Ricardina * Ridenta * Rita Roberta * Rogelia * Rolinda * Rollina * Romana RomiIda * Romula Rosa Rosalba * Rosalia Rosalía * Rosalina Rosalinda * Rosamunda * Rosaria * Rosaura * Resella * Rosenda Rosina * Rosinda * Rosula Roxana * Rufina Rustica Rusticula Ruth * s Sabina Saborina * Salaberga Sallustia Sallustiana * Salomé Salominia * Salonina * Salviana * Salvina * Sancha Saphira * Sara Saturnina Saúla Sebastiana Secunda Secundilla Secundina Secundula Sedopha Segulena Selima * Seloyna * Semiramis * Senhorinha Sephora * Septimia Seraphina Serapia Serena Seridiana Serotina Servilia * Severa Severina * Sibylla Sibyllina Sicaria Sidonia * Sigillinda Sigismunda * Silfrida * Silvana * Silveria * Silverina * Silvia Silvina * Simeana * Simôa * Simplicia * Sirenia Sizaltina * Solanja Solina Soluta * Somnina Sopatra Sophia Sotera Sothêa Speranda Suzanna Sylvandira * Symphorosa Syncletica Syntixe T Taciana Tagilda Talida Tanaíde * Tanca Tarbula Tarsicia Tatta Tauricia Tedifera * Telegona * Telesphora * Telethusa * Tenciana * Tenestina Terencia * Tergemina * Tertulla Tertulliana * Tertullina * Teucria * Thaísa Thalia * Thêa Thecla Thecusa Themistia * Theoctista Theodemira * Theodesta Theodolinda * Theodora Theodorina * Theodosia Theodata Theola Theonia Theonilla Theophana * Theophila Theopista Theoseta Theothilde Theresa Theresina * Thermesia * Thesmophora * Thessalonice Thomazia Thrasilla Thyella * Tiburcia * Tilia * Timoria * Timothea * Titania * Toda * (16) Toscana Tridonia Triglina * Triphina Tritogenia * Trivia * Tryphonia Tryphosa Tullia Tusca u Ubalda * Ubaldesca Ubaldina * Uberilde * Udesira * Udolpha * Ufrisia * Ulberta * Ulfia Ullina * Ulmara * Ulmina * Ulrica * Umbelina Umbronia * Unfredina * Unigena * Urania * Urbana * Urbina * Urganda * Urgelia * Urgemira * Urinthia * Urminia * Urraca Ursicia * Ursula Usca Usdamina * V Valentina Valeria Valeriana Vandelina * Velleda * Venancia * Veneranda Venilia * Venturosa * Verena Veridiana Verissima * Verona Veronica Vestina Veturia Vicencia * Vicentina * Victoria Victoriana Victorina Vinciana Viola Violante Violeta * Virginia * Vissia Vitalina Vivencia Vivina W Walburga Walfreda * Waltrudes Wanda * Wellinska Wenceslina * Wenefrida Wenusca Wereburges Wilgeforte Wulfida X Xantippa Xena Ximena * z Zahara * Zaida * Zêa * Zebina Zelia * Zenaide Zenobia Zephyrina * Zerlina * Zitulia * Zina * Zita Zoé Zora * Zosteria * Zozima Zulima * Zulma * Zulmira * Zydia * FIM. NOTAS (1) Diácono, martyrisado em Tongres. (Véde «Vies des Saints» par J. Ambroise. — Bruxelles, 1805.) (2) É sobrenome, assim como: Sertorio, Murillo, Cicero, Nelson, Cincinnato, Petrarca, Linneu, Collatino e outros, que actualmente estão sendo impostos como nomes de baptismo. (3) Nome catholico, com idêntico na mythologia. Do mesmo modo: Apollo, Mercurio, Saturno, Orestes, Phebo, Ugolino, Nereu, Polyxena, Narciso, Calliope, Aggeu, Achilles, Iphigenia, Jasão, Ia, Alpheu, Patroclo, Ariadne, Priamo, Amphion, Hippolyto, Aristeu, Páris, Antigone, Philemon, Oceano, Hermione, Peleu, Anthia, Proclo, Gorgonia, Hermes, Musa, Nympha e outros. (4) São egualmcnte santificados: Leopardo, Urso, Castor, Leão, Tigre, Phocas, Felino, Taureo, etc. (5) Froalengo, Froarico, Gumeado e Usibefo, prelados portuenses. (V. «Catalogo dos Bispos do Porto» por D. Rodrigo da Cunha e Antonio Cerqueira Pinto. — Porto, 1742.) (6-7) Apesar de muito conhecidos como appellidos, são tambem nomes de baptismo e assim os usaram alguns portugueses iIlustres, entre os quaes Garcia de Rezende, Garcia de Orta, Gomes Eannes de Azurara, Gomes Freire de Andrade, etc. (8) Abbade, martyr. (V. «Flos Sanctorum Augustiniano» por Frei Manuel de Figueiredo. — Lisboa, 1737.) (9) S. Judas Thaddeu, apostolo. (10) Martyr em Lycaonia. (V. «FIos Sanctorum» pelo Padre Diogo do Rosario. Lisboa, 1870.) (11-12) Nomes diversos, posto que de pronuncia semelhante. Refere-se o 1.º a S. Proclo, bispo de Constantinopla; o 2.º a S. Proculo, martyr em Bolonha. (13) Pouco usado em Portugal como nome de baptismo, mas não assim em França e noutros paizes, aonde o seu equivalente é bastante conhecido. (14) É esta a orthographia mais conforme com a etymologia e por isso a adoptamos aqui, escudados com a aucturidade e o exemplo dos nossos mais distinctos latinistas. (15) Geralmente, pronuncia-se e escreve-se ZEFERINO; nós porém, entendemos dever preferir ainda, uma vez a orthographia etymologica, como mais correcta. (16) Foi uma dama d'este nome, D. Toda Hermigues, a bisavó do celebrado Egas Moniz, aio de D. Affonso Henriques. Vários dos nossos antepassados podem ter sido alimentados na primeira infância por amas de leite, com as quais não eram minimamente aparentados. Embora os seus nomes não surjam na nossa árvore genealógica, estas amas foram, pois, importantes para a história da família. Por outro lado, algumas das nossas antepassadas podem até ter sido, elas próprias, amas de leite: quer pontualmente, quer sistematicamente e quase como se fosse uma profissão. Neste texto desvendamos um pouco da história das amas de leite, sob o olhar da Genealogia. Algumas amas de leite de príncipes franceses, em detalhes de gravuras do espólio da BNF: a ama de leite de Luís, Duque da Borgonha (1682-1711); Luís, Duque da Bretanha (1707-1712), filho do precedente, ao colo da sua ama de leite; Napoleão II, o Rei de Roma (1811-1832), filho de Napoleão Bonaparte, também ao colo da sua ama de leite. O papel das amas de leite era de tal modo importante que, no caso daquelas a quem fora incumbida a missão de amamentar grandes figuras da realeza europeia, não raramente elas privavam com toda a família real dentro do palácio e eram representadas nos retratos dessas figuras enquanto príncipes. Ainda assim, quase sempre o seu nome era formalmente omitido, como se o seu trabalho fosse uma honraria que lhes era concedida. Na primeira destas três gravuras, a legenda (não reproduzida) alude mesmo ao "ofício glorioso" de cuidar da infância de tão ilustre pessoa, como era o caso do Duque da Borgonha, neto do célebre "Rei Sol" - Luís XIV de França. As amas de leite são um ofício quase tão antigo como as sociedades humanas, na medida em que desde muito cedo houve a necessidade de amamentar filhos alheios, quer por impedimento biológico ou por questões sociais, entre outras possíveis razões. Se considerarmos as circunstâncias em que era desempenhado este ofício, podemos dividi-lo em: 1) amas de leite domiciliárias ou particulares; 2) amas de leite externas. As primeiras eram contratadas como criadas para trabalharem na casa de uma família com posses, onde exerciam a tarefa específica de amamentar e cuidar de crianças, por vezes também como amas secas, ou seja, continuando a cuidar dessas crianças já numa idade em que não eram amamentadas. Podiam também ser contratadas por uma instituição, como uma Câmara Municipal ou uma Misericórdia, para amamentar crianças expostas à caridade pública. As segundas eram, por norma, mulheres que viviam no campo e que estabeleciam uma espécie de contrato de criação com uma família de posses ou com uma instituição assistencial, ficando obrigadas a acolher o bebé. Eram responsáveis pela sua criação até cerca dos dois anos de idade, altura em que a criança regressava ao seio da família biológica ou à instituição. O tema das amas de leite externas é recorrente na arte europeia, desde, pelo menos, o século XVI. O primeiro exemplo é precisamente do século XVI e do pintor flamengo Maerten van Cleve. Trata-se de um detalhe da pintura "A visita à ama" (Musée des Beaux Arts, Orléans), podendo ver-se um casal de cortesãos em casa da ama de leite, estando a dama com o filho, junto à ama, e ele a pagar o respectivo serviço ao homem posicionado do lado direito. O segundo exemplo, de meados do século XVIII, é um detalhe da gravura "As despedidas à ama", de De Launay, com base em quadro de E. Aubry. Dedicada à Condessa de Merle, embaixadora do Rei de França em Portugal, a gravura mostra o momento em que a criança abandona a casa da ama, com quem, naturalmente, criara uma ligação afectiva, mostrando não querer separar-se da ama, apesar de estar já nos braços da mãe. Pelo modo como as figuras se encontram vestidas, percebe-se uma clara diferenciação social entre a ama e a dama que lhe confiara o filho. O terceiro exemplo é o quadro de Silvestro Lega intitulado "A visita à ama", de cerca de 1870 (Palácio Pitti, Florença). Quer as amas de leite domiciliárias ou particulares, quer as amas de leite externas tendiam a ser oriundas de zonas rurais. Porém, as primeiras geralmente mudavam-se para casas de fidalgos ou burgueses endinheirados. As segundas continuavam a residir no campo, por vezes com condições de habitabilidade algo precárias. Não por acaso, a mortalidade infantil tendia a ser mais alta entre os bebés alimentados por amas externas. Aliás, a opção pelas amas de leite externas foi mais comum até ao século XVIII, sobretudo em França. Na centúria de Oitocentos, e muito devido à influência britânica, a tendência inverteu-se a favor da contratação preferencial de amas de leite particulares. Estávamos já no Romantismo e a privacidade no contexto familiar ganhara mais importância. Esta mudança de tendência também derivou do exemplo dado pelas casas reais. A rainha Vitória de Inglaterra contratou amas de leite para os seus filhos, uma das quais - Mary Ann Brough, que amamentou o príncipe Edward - ficou célebre por ter, posteriormente, assassinado os seus seis filhos. Em Espanha, o rei Fernando VII, ao escolher uma ama de leite da região cantábrica de Vale de Pas para amamentar a sua filha e sucessora, Isabel II, criou em Espanha a moda da contratação das "amas pasiegas". Assim, não é de todo surpreendente que, no século XIX, a contratação de amas de leite particulares se tenha tornado uma marca de status social. Três exemplos de amas de leite oriundas de zonas rurais, representadas com os trajes tradicionais das regiões de proveniência: Francisca Ramón González (ama da filha do rei Fernando VII de Espanha, quadro de c. 1830 por Vicente López Portaña, Palácio Real de Madrid); a ama de Manuel II de Portugal, com o príncipe ao colo; uma ama passeando com a sua patroa na estância balnear de Monte Carlo, no ano de 1905 (espólio da BNF). É claro que a história das amas de leite é mais complexa do que possa parecer à primeira vista. Basta referir que cada território tinha particularidades próprias no que a esse ofício dizia respeito. Por vezes, ser ama de leite nem sequer era um ofício remunerado, mas um trabalho forçado. No continente americano, por exemplo, foi comum a amamentação de bebés da elite branca por escravas negras, tendo este fenómeno dado origem ao conceito de “mãe negra” - uma das imagens mais marcantes da escravidão doméstica sentimentalizada. O tema das amas de leite em postais antigos. Por outro lado, e voltando ao continente europeu, no caso das amas de leite remuneradas, a sua disponibilidade para serem contratadas podia ocultar realidades difíceis. Por vezes, ofereciam-se para tal serviço por terem acabado de deixar um filho recém-nascido na roda dos expostos, directamente ou através de terceira pessoa. Outras vezes, eram mães cujos filhos haviam falecido durante o parto ou muito pouco tempo depois - o que era relativamente comum em outros tempos, atendendo à alta taxa de mortalidade nos primeiros meses de vida. Em outros casos, as amas de leite não expunham os seus filhos à caridade pública, nem tinham a infelicidade de os perder nos primeiros meses de vida e simplesmente aceitavam outras crianças para amamentar se tivessem leite suficiente para tal. Em todos estes casos, era transversal a frágil situação económica das amas: a disponibilidade de leite para amamentar filhos de outras mulheres era um activo que tinha de ser aproveitado, quando o orçamento familiar era escasso. Por isso, e numa época em que vulgarmente as mulheres tinham muito filhos, com intervalos não muito superiores a um ano entre cada parto, ser ama de leite era entendido por várias mulheres quase como uma espécie de profissão, a qual poderia ser exercida ao longo de 10, 15 ou mais anos, podendo ser ainda mais duradoura se considerarmos que várias continuariam a exercer como amas secas já depois de terem tido o seu último filho. No caso das amas externas que simultaneamente amamentavam o próprio filho e eram também pagas para dar o seu leite ao filho de outra pessoa, esta situação propiciava alguma tensão. Quem contratava tinha de ser vigilante face ao comportamento da ama, que, naturalmente, tendia a incidir a atenção no seu filho, preterindo a criança deixada sob os seus cuidados. Essas crianças amamentadas numa mesma época pela mesma mulher, mas sem terem qualquer relação de consanguinidade entre si, designavam-se “irmãos colaços” ou “irmãos de leite”. Em alguns casos, se a ama de leite passava a ama seca, nomeadamente por trabalhar como criada em casa dos pais da criança que amamentara, os irmãos colaços poderiam até criar uma certa cumplicidade entre si, mesmo sendo de díspar condição social: cresciam juntos e brincavam juntos. Mesmo assim, as árvores genealógicas omitem estas ligações, que eram sobretudo afectivas. Exemplos de anúncios a amas de leite: o primeiro do "Diário de Lisboa" de 12 de Março de 1828 e o segundo de "A Persuasão" de 14 de Outubro de 1891. A partir do século XIX, a contratação das amas de leite passou cada vez mais pela publicação de anúncios em jornais, embora tivesse permanecido o tradicional sistema das recomendações: feitas por familiares e amigos, pelas parteiras, ou por médicos (nomeadamente os ligados a hospitais ou às rodas dos expostos). Em cidades de maior dimensão, no século XIX existiram mesmo agências de amas, onde os interessados poderiam contratar as mulheres que ali se dirigiam para oferecer os seus serviços. Nestas agências de amas, os clientes examinavam o aspecto físico das mulheres disponíveis para contratação - procedimento que, sob o olhar actual, pode ser considerado bizarro, mas que era uma forma de garantir a qualidade do serviço. Era mais facilmente seleccionada uma mulher com aspecto sadio, robusto e jovem (mas não demasiado jovem) e que parecesse ter muito leite. As candidatas a amas levavam consigo os seus próprios filhos em amamentação, pois o exame ao estado de saúde destes bebés ajudava a aferir a qualidade do leite da mãe. Em alguns casos, fossem contratadas a partir de agências ou por outros meios, estas mulheres deixavam logo depois o seu bebé entregue a uma parente ou vizinha que tivesse leite. De facto, aquilo que teriam de pagar por tal serviço era compensado pelo valor bastante superior que ganhariam como amas de leite em casa de fidalgos ou burgueses endinheirados. Artigo sobre as amas em Madrid em finais do século XIX e sobre a escolha da ama real de Espanha ("Diário de Annuncios", 5 de Julho de 1886). Três ilustrações referentes às agências de amas em França: entrada da Agência da Direcção Geral das Amas, em Paris (litografia editada em Londres no ano de 1822); interior de uma agência de amas, vendo-se em primeiro plano um médico examinando uma das amas (pintura de José Frappa, finais do século XIX, Musée Assistance Publique/Hôpitaux de Paris); e uma das agências de amas que existiram em Paris na viragem para o século XX, a de G. Pommereuil, em cujas montras lia-se que as amas eram provenientes do campo e poderiam ser examinadas no local (postal ilustrado). Em suma, para a Genealogia e, sobretudo, para a História da Família, a questão das amas é particularmente interessante. E na sua árvore genealógica, haverá alguma mulher que se tenha dedicado a este ofício, com o propósito de obter um rendimento complementar para o orçamento familiar? Inversamente, entre os seus antepassados haverá quem tenha optado por contratar uma ama de leite, de modo a não descurar o que eram então as exigências sociais para os elementos femininos dos estratos mais favorecidos da sociedade? Quem sabe se alguma mulher da sua família não terá até amamentado um rei, um artista, ou uma personalidade marcante... Texto de Joana Medeiros Couto e Francisco Queiroz
No início de 2020, o MyHeritage passou a oferecer um serviço complementar de colorização de fotografias antigas. Entretanto, devido às restrições à mobilidade impostas no contexto do combate à pandemia de COVID-19, o MyHeritage optou por tornar esse serviço temporariamente gratuito. Fomos testá-lo e deixamos aqui a apreciação, assim como alguns comentários adicionais e dicas sobre a colorização de fotos antigas. Em primeiro lugar, refira-se que a colorização de fotografias antigas não é um tema novo e que já há vários anos existem na Internet diversas aplicações com esse fim, algumas das quais gratuitas: em versão de teste, até um certo número de imagens, ou então sem limite de imagens mas com aposição de marca de água e/ou redução da resolução. Ora, a aplicação para colorir imagens disponibilizada pelo MyHeritage é, em geral, melhor do que outras que estão disponíveis. Na comparação que mostramos acima, pode ver-se como a aplicação do MyHeritage consegue perceber com maior facilidade onde está a vegetação, para a colocar em tons de verde, e ao mesmo tempo uniformiza melhor o fundo e separa melhor as cores. ![]() Monda do arroz em Coruche há cerca de cem anos atrás e respectiva versão colorizada (fotografia publicada em SOUSA, Fernando de / QUEIROZ, Francisco / SERÉN, Maria do Carmo et al. – Espólio Fotográfico Português / Portuguese Photographic Heritage. Porto, CEPESE, 2008, URL: http://www.franciscoqueiroz.com/Espolio_Fotografico_Portugues.pdf) Uma vez que a aplicação do MyHeritage em muitos casos é capaz de detectar a vegetação, fornece geralmente boas colorizações em fotografias de exterior, sobretudo se o que é verde tem uma incidência de luz mais ou menos uniforme, como nesta fotografia que mostramos de mulheres a mondar o arroz em Coruche. Contudo, os testes que fizemos à aplicação do MyHeritage permitem também concluir que a cor das roupas é geralmente problemática. Por vezes, surgem todas as vestimentas em tons muito ténues e com cores mais ou menos aleatórias, como se fosse assumida pela aplicação a incapacidade em detectar a cor autêntica mas, ao mesmo tempo, fosse criado algum tipo de coloração, para que o todo da imagem pareça realmente uma fotografia a cores. A fotografia também aqui mostrada de vários desportistas no Oporto Cricket Club em finais da década de 1920 permite deduzir este problema facilmente, pois os vários uniformes eram necessariamente todos iguais entre si, e as listas eram forçosamente da mesma cor de alto a baixo. Ora, a aplicação do MyHeritage (assim como outras aplicações semelhantes) dá como resultado colorações diferentes, às vezes até dentro da mesma lista de um dos uniformes, sendo que, na prática, os vários uniformes surgem com tonalidades desmaiadas e muito parecidas, quando na realidade seriam cores fortes para melhor se distinguirem as equipas. Um conjunto de quatro retratos em formato carte-de-visite que pertenceu ao espólio de uma família da Póvoa de Varzim também evidencia esta incapacidade do software de colorização, visto que se trata de uma só sessão fotográfica e, mesmo tendo sido a imagem carregada já em montagem, a aplicação não conseguiu reconhecer que a faixa na cintura da menina é a mesma em todas as fotos, surgindo por vezes acastanhada e outras vezes preta/azulada. ![]() Desportistas no Oporto Cricket Club há cerca de cem anos atrás (versão colorizada de uma fotografia publicada em SOUSA, Fernando de / QUEIROZ, Francisco / SERÉN, Maria do Carmo et al. – Espólio Fotográfico Português / Portuguese Photographic Heritage. Porto, CEPESE, 2008, URL: http://www.franciscoqueiroz.com/Espolio_Fotografico_Portugues.pdf) ![]() Sessão fotográfica com membros da família Sousa Calheiros da Póvoa de Varzim, possivelmente durante uma viagem que fizeram, atendendo ao timbre do fotógrafo (versão colorizada de uma ilustração publicada em QUEIROZ, Francisco / MOSCATEL, Cristina - Descubra as suas origens. Manual de Genealogia e História da Família. Lisboa, A Esfera dos Livros, 2016, https://genealogiasemsegredos.weebly.com/manual.html) Apesar de a fotografia colorizada com vários desportistas no Oporto Cricket Club apresentar dois deles com mãos de cores diferentes: uma da cor da pele e outra acinzentada, um dos pontos fortes da aplicação do MyHeritage é conseguir detectar não só os rostos como também as mãos, e mesmo as pernas. Este retrato de uma pastora da Serra do Caramulo tirado há cerca de um século evidencia bem essa capacidade. Aliás, a mencionada aplicação consegue fazer essa detecção mesmo em gravuras ou litografias, portanto em imagens não reais. ![]() Pastora do Caramulo há cerca de cem anos atrás e respectiva versão colorizada (fotografia publicada em SOUSA, Fernando de / QUEIROZ, Francisco / SERÉN, Maria do Carmo et al. – Espólio Fotográfico Português / Portuguese Photographic Heritage. Porto, CEPESE, 2008, URL: http://www.franciscoqueiroz.com/Espolio_Fotografico_Portugues.pdf) A aplicação do MyHeritage consegue também colorizar razoavelmente fotografias que não mostrem pessoas, quer vistas urbanas, quer vistas de campo - como a que apresentamos, do sítio de Porto Moniz nos arredores de Leiria (hoje parte integrante da cidade). Também neste género de imagens sem pessoas, a aplicação do MyHeritage consegue colorizar razoavelmente até as litografias, como a que mostramos abaixo, referente a Lisboa. Tal como sucede frequentemente com fotografias de pessoas, nomeadamente ao nível das roupas, também com as fotografias de paisagens a aplicação do MyHeritage tende a não assumir cores fortes, talvez para que, em caso de inverosimilhança, não se note tanto o erro. Porém, se as cores resultantes do processo de colorização não forem incorrectas face à realidade, esta característica da aplicação em análise facilmente pode ser contornada. Damos como exemplo uma fotografia antiga da fachada da Igreja dos Clérigos, no Porto. A aplicação do MyHeritage consegue clarear e azular partes do céu, e ainda distinguir uma árvore ao fundo. Ora, para obtermos uma imagem com cores mais aproximadas da realidade basta-nos utilizar depois um programa simples de edição de imagem e saturar mais as cores - o que é feito num só passo e, em muitos programas de edição de imagem pode até ser feito automaticamente se pedirmos ao software simplesmente para melhorar a imagem. Não poderíamos seguir este passo se a imagem não tivesse sido previamente colorizada. É importante referir que a aplicação do MyHeritage, além de colorizar, corrige os níveis do histograma da imagem, conferindo contraste se a imagem estiver baça. Porém, imagens muito baças à partida frequentemente dão maus resultados de colorização, mesmo tratando-se de retratos. Significa isto que um dos pontos fortes da aplicação em análise - o reconhecimento dos rostos - tende a não funcionar nas muito comuns fotografias da segunda metade do século XIX que estão bastante esbatidas, sobretudo se não forem retratos de corpo inteiro. Apresentamos aqui dois exemplos. Em ambos os casos, mostramos o resultado da colorização a partir da imagem original e o resultado da colorização após tratamento prévio à imagem original para lhe dar maior contraste. Pode verificar-se que, no caso da fotografia feminina em "close up", a aplicação confere alguma cor mas não distingue bem que se trata de um rosto. No caso da fotografia de tipo cartão-de-visita, a aplicação limita-se a alterar ligeiramente o tom sépia, mas não introduz qualquer cor, nem mesmo depois de conferirmos maior contraste à fotografia original. Para todos nós é óbvio que se trata de rostos, mas tudo indica que as aplicações de colorização, em geral, ainda têm bastante margem para evoluir, neste e noutros aspectos. Em alguns casos, os resultados já são muito interessantes e, no caso de retratos, conquanto tenham à partida bom contraste e o fundo seja neutro ou menos nítido que o que está em primeiro plano, de modo a ressaltar as silhuetas humanas, há fotografias antigas que literalmente ganham vida com a colorização, como a de três raparigas beirãs com o tradicional penteado "de martelo", fotografadas há cerca de cem anos atrás (ver abaixo). Portanto, nada como experimentar! ![]() Retrato feminino e versão colorizada, estando em baixo à esquerda uma versão com mais contraste e respectivo resultado da colorização (fotografia pertencente ao espólio da família do último governador de Moçambique e publicada em PORTELA, Ana Margarida / QUEIROZ, Francisco - A Casa de Tralhariz e a Capela do Bom Jesus. Porto, Instituto de Genealogia e Heráldica da Universidade Lusófona do Porto / GEHVID – Grupo de Estudos de História da Viticultura Duriense e do Vinho do Porto, 2008) ![]() Retrato de um homem de relevo na história da Ourém, estando em baixo à esquerda uma versão com mais contraste e respectivo resultado da colorização (fotografia publicada em QUEIROZ, José Francisco Ferreira - A Casa do Terreiro. História da Família Ataíde em Leiria. Volume III: Do Século XIX à Actualidade. Leiria, Fundação Caixa Agrícola de Leiria / Jorlis – Edições e Publicidade, Lda., 2018) ![]() Raparigas de Malpica do Tejo há cerca de cem anos atrás (versão colorizada de uma fotografia publicada em SOUSA, Fernando de / QUEIROZ, Francisco / SERÉN, Maria do Carmo et al. – Espólio Fotográfico Português / Portuguese Photographic Heritage. Porto, CEPESE, 2008, URL: http://www.franciscoqueiroz.com/Espolio_Fotografico_Portugues.pdf) Uma dica final e um conselho: Para evitar a marca de água que, no caso da aplicação do MyHeritage, é gerada no canto inferior esquerdo de cada foto, caso ainda não tenha digitalizado as fotografias que pretende colorizar, ao digitalizá-las não recorte as fotografias pelos limites mas deixe sempre uma margem em branco no rodapé. Depois é só recortar esse rodapé quando estiver colorizada e já não terá qualquer marca de água a atrapalhar. Também pode criar rodapé nas fotografias estando estas já digitalizadas, usando qualquer software simples de edição de imagem e ampliando a moldura para baixo. Não se esqueça que a colorização é um processo sem garantia de autenticidade nas cores, mesmo nos casos em que ela parece mais bem sucedida. Aliás, se pegar numa fotografia a cores e a gravar num ficheiro de imagem em escala de cinzas para depois a carregar na aplicação do MyHeritage (ou noutra qualquer aplicação para colorizar), é muito provável que algumas cores, sobretudo nas roupas, não batam certo com as cores que aparecem na fotografia a cores original. Por conseguinte, a bem do rigor, se pretende usar fotografias colorizadas em livros de família, por exemplo, não se esqueça de mencionar na legenda que a fotografia foi colorizada. Boas colorizações! Francisco Queiroz (projecto "Genealogia sem segredos") No final de Julho de 2019 revelámos aqui uma nova base de dados desenvolvida pelo CEPESE, chamada "DIGIGOV - Diário do Governo Digital (1820-1910)". Já em outro texto demonstrámos como esta base de dados é muito importante para a pesquisa genealógica, em alguns casos contendo informação que não podemos encontrar em outras fontes. Como prometido, neste texto iremos dar algumas dicas para pesquisar na referida base de dados, no sentido de se obter a maior quantidade possível de dados que nos interessem. Não iremos aqui explicar quais os cuidados a ter e quais as estratégias a seguir na pesquisa em bases de dados "online", pois isso levar-nos-ia muito longe. É um tema importantíssimo no panorama actual da pesquisa genealógica e até objecto de abordagem na formação "Genealogia sem segredos", mesmo assim apenas de forma resumida, pois muito há a dizer sobre o assunto. Aliás, estamos a trabalhar para que, brevemente, seja possível a realização de workshops práticos que colmatem as muitas falhas notadas na pesquisa genealógica "online". É que, em geral, quem pesquisa na Internet os seus antepassados não faz sequer ideia de que as informações encontradas frequentemente são apenas uma pequena parte das informações que estão disponíveis. Também na base de dados "DIGIGOV - Diário do Governo Digital (1820-1910)", se não soubermos como pesquisar de modo eficiente, muita da informação que nos interessa não a iremos encontrar. Portanto, neste texto vamos apenas dar dicas especificamente relacionadas com o modo como foi construída a base de dados "DIGIGOV". No próprio interface de pesquisa, existem já algumas instruções. Porém, vamos aqui explicar o porquê dessas instruções e ainda como dar a volta a alguns problemas de compatibilidade entre a semântica inerente à pesquisa e aquilo que podemos querer encontrar. Em primeiro lugar, e como é referido no final do menu do lado direito do interface de pesquisa, deve-se pesquisar com a grafia da época: por exemplo, "parochia" em vez de "paróquia", "Emigdio" em vez de Emídio", "Jacintho" em vez de "Jacinto", etc.. Porém, e sobretudo no caso de nomes próprios e apelidos, convém pesquisar com as duas variantes, pois muitas vezes havia mais do que uma forma possível de os escrever. Assim, se na base de dados "DIGIGOV" procura um antepassado com o nome "Emídio", pesquise não só "Emigdio", como também "Emídio", e ainda "Emygdio". No caso de "Jacinto", pesquise com a grafia antiga "Jacintho" e também com a grafia actual. Irá encontrar resultados pesquisando de uma maneira que não encontrará pesquisando de outra maneira. Em segundo lugar, as muitas experiências que já fizemos com esta base de dados permitiram perceber que, além das normais deficiências do reconhecimento óptico de caracteres (vulgarmente designado como OCR) em jornais antigos - deficiências essas que não iremos aqui abordar em geral, por serem um tema à parte - há uma em concreto que se nota bastante na base de dados "DIGIGOV" e que podemos contornar no sentido de obtermos maior número de resultados que nos interessem. Referimo-nos ao facto de o OCR frequentemente ter assumido que, entre uma inicial maiúscula e um bloco de letras minúsculas, existia um espaço. Por exemplo: se pesquisarmos "Xavier Pereira" e depois "X avier Pereira", os resultados da segunda pesquisa, embora muito menos numerosos, não surgem necessariamente na primeira pesquisa e, quando surgem, é porque a mesma expressão composta repete-se nessa página: uma vez com um OCR deficiente e outra(s) vez(es) com um OCR eficiente. Isto significa que, se pesquisarmos "Jacintho" e "Jacinto" devemos também pesquisar "J acintho" e "J acinto", pois iremos recuperar resultados que não surgem sem introduzirmos o espaço entre a inicial maiúscula e o resto do nome. Em suma, e passando para expressões compostas, se quisermos procurar no "DIGIGOV", por exemplo, um antepassado chamado "Francisco Eleutério", devemos pesquisar, cumulativamente: - com a grafia antiga "Francisco Eleutherio", - com a grafia actual "Francisco Eleutério", - com a grafia antiga mas com espaços entre as iniciais e o resto do nome, primeiro "F rancisco Eleutherio", depois "Francisco E leutherio", e ainda "F rancisco E leutherio", - com a grafia actual mas com espaços entre as iniciais e o resto do nome, primeiro "F rancisco Eleutério", depois "Francisco E leutério", e ainda "F rancisco E leutério". Note-se que, ao pesquisarmos "Francisco E leutherio", "F rancisco E leutherio", "Francisco E leutério" e "F rancisco E leutério", se não colocarmos toda a expressão entre aspas a base de dados pode interpretar esse "E" como operador de pesquisa, equivalente ao sinal "+" e, em vez do que desejamos procurar, vai-nos dar resultados em que surjam as palavras "Francisco" ou "F rancisco" em conjunto com "leutério" ou "leutherio", consoante os casos. Quando o conjunto de palavras ou expressão composta que estamos a pesquisar não contém nenhuma palavra que funcione na base de dados como operador de pesquisa - nomeadamente "E", "OU" e "SEM", conforme é explicado nas instruções contidas no próprio interface de pesquisa - então podemos não usar sequer as aspas, pois a base de dados assume a priori que queremos encontrar resultados para uma expressão composta. Portanto, e pegando agora na lista de operadores de pesquisa constante do próprio interface de pesquisa do "DIGIGOV": - As aspas usam-se para pesquisarmos uma expressão exacta, ainda que a não colocação de aspas tenha o mesmo efeito, desde que na expressão que queiramos pesquisar não surjam pelo meio palavras que a base de dados possa interpretar como operadores de pesquisa (os já referidos "E", "OU" e "SEM"). À partida, em Genealogia, pesquisar expressões compostas parece ser a forma mais indicada para pesquisar, mas não pode ser a única, sobretudo quando a expressão que queremos encontrar tem mais do que duas palavras. É que a probabilidade de haver deficiências de OCR aumenta quanto maior for o número de palavras. Ora, se pesquisarmos, por exemplo, "José Estevão Coelho de Magalhães", basta que o OCR, em algumas das ocorrências, tenha lido um dos "h" como "b" ou um dos "e" como "c" e não iremos encontrar esse resultado na base de dados "DIGIGOV" se pesquisarmos o nome inteiro tal e qual ele deve ser escrito. Portanto, ao pesquisarmos nomes completos compostos por várias palavras devemos começar sempre com a conjugação das duas palavras menos vulgares e, só no caso de surgirem demasiados resultados, então sim devemos acrescentar mais uma das palavras do nome, e assim sucessivamente - se for mesmo necessário para evitar que nos resultados surjam muitos nomes similares que não nos interessam. - O operador de pesquisa "E" usa-se para obtermos ocorrências simultâneas de duas palavras na mesma página, mesmo que elas estejam afastadas uma da outra e mesmo que uma das palavras surja, por hipótese, 40 vezes na página e a outra surja apenas uma vez. Pesquisando "Francisco E Eleutério" (mas sem colocar as aspas, ou o sistema interpretará que queremos obter ocorrências dessa expressão exacta), surgirão todas as páginas em que, além da palavra "Francisco" também surja a palavra "Eleutério", mesmo que não na mesma linha ou no mesmo parágrafo. Este operador não é muito relevante para pesquisa genealógica, sobretudo porque pode ser substituído por um outro, mais complexo mas com a vantagem de ser ajustável em termos de distância entre palavras, como adiante indicaremos. - O operador de pesquisa "OU" usa-se para obtermos ocorrências de uma só palavra ou de duas palavras numa mesma página e, portanto, é menos relevante ainda do que o operador "E", sobretudo quando as palavras são comuns, pois poderão surgir demasiados resultados que não nos interessam. - O operador de pesquisa "SEM" (quase equivalente ao sinal "-" na semântica da Internet) usa-se para obtermos ocorrências de uma palavra em que não haja outra palavra numa mesma página. Trata-se de um operador que, em certos casos, tem utilidade para evitar perdas de tempo, quando as palavras que queremos pesquisar são muito comuns. Por exemplo, se quisermos pesquisar um antepassado sobre o qual apenas sabemos que era conhecido como o "Capitão", mas sabemos também que não era militar de carreira nem integrava as ordenanças, usando este operador de pesquisa podemos obter apenas resultados para a palavra "Capitão" em que, na mesma página, não surjam palavras que lhe estão habitualmente associadas, como "Ordenanças", "Regimento", "Infantaria", ou "Cavalaria". Note-se que os operadores de pesquisa "E", "OU" e "SEM" devem ser usados sem aspas. Inversamente, se quisermos, por exemplo, encontrar referências ao célebre "Geraldo sem pavor" temos de usar aspas para conseguir encontrar algum resultado pois, se não as usarmos, apenas iremos recuperar a palavra "Geraldo" quando a palavra "pavor" não se encontre na página, pois o "sem" do nome "Geraldo sem pavor" é lido pelo sistema como o operador de pesquisa "SEM". Note-se ainda que todos os operadores de pesquisa acima mencionados podem ainda ser usados com recurso a parêntesis para incluir ou excluir expressões compostas. Esta funcionalidade é mais interessante para a pesquisa genealógica do que usar apenas duas palavras separadas por um operador de pesquisa. Retomando o exemplo do tal antepassado sobre quem sabemos não ter sido militar nem membro das ordenanças mas era conhecido como o "Capitão": se pesquisarmos desta forma - (Capitão OU Capitam) SEM "de Ordenanças" - podemos simultaneamente recuperar resultados com duas grafias diferentes para a palavra que nos interessa e ainda por cima evitar uma das expressões que não nos interessa, filtrando os resultados. Outro aspecto importante a considerar no "DIGIGOV" tem a ver com a acentuação e as cedilhas. Devemos evitar pesquisar com acentos, tiles ou cedilhas. A base de dados consegue recuperar o que queremos, pesquisando de uma forma ou da outra. Porém, na prática torna-se mais lento procurar nos resultados se, ao pesquisarmos, colocarmos na palavra que nos interessa os acentos, tiles ou cedilhas, consoante os casos. A título de exemplo, ao pesquisarmos por "Cândido" surgem-nos todos os "Cândido" e "Candido" que o sistema consegue recuperar. Porém, ao abrirmos, um por um, os respectivos ficheiros pdf com as ocorrências, é nos ficheiros pdf que abrimos depois de termos pesquisado "Candido" - palavra que surge sem acento na caixa superior de pesquisa na página - que mais provavelmente iremos recuperar de imediato o que queremos na dita página. Façamos uma experiência simples para demonstrar como a pesquisa sem acentuação permite chegar mais rapidamente à palavra ou expressão que nos interessa dentro do ficheiro pdf: se pesquisarmos "Capitães" vamos obter 18705 resultados no "DIGIGOV". O mesmo número de resultados vai surgir se pesquisarmos "Capitaes". Porém, ao clicarmos logo no primeiro resultado, depois de termos feito esta pesquisa com a palavra "Capitães", o sistema não consegue assinalar no ficheiro pdf a palavra que pesquisámos. Em vez disso mostra-nos o topo da página onde a ocorrência se encontra e, a vermelho, em cima, o campo com a palavra que usámos para a pesquisa. Neste caso, para que o sistema nos indique em que lugar da página está a palavra que queremos, basta simplesmente ir à caixa assinalada a vermelho e... retirar o til! Porém, se começássemoss logo por pesquisar "Capitaes", portanto sem o til, ao clicarmos na primeira ocorrência o sistema apontaria de imediato para a parte da página que continha a palavra. Note-se que, por vezes, mesmo sem usarmos acentuação, sobretudo no caso de pesquisarmos palavras grandes ou expressões compostas, a base de dados recupera ocorrências mas, abrindo-se uma delas ao acaso, o sistema pode insistir em mostrar-nos apenas o topo da página, ficando a vermelho o campo que mostra a palavra ou expressão usada nessa pesquisa, portanto sem surgir sombreada na página a dita palavra ou expressão pesquisada. Nesse caso, é possível que o problema seja de espaçamento entre letras ou palavras. Para que a base de dados nos mostre então o que queremos no meio do texto da página, no campo a vermelho devemos eliminar uma palavra (no caso de expressões compostas) ou, no caso de termos pesquisado uma só palavra, devemos eliminar a última ou a primeira letra e, se a palavra for grande, mais algumas letras ainda, até que esse campo deixe de ficar vermelho e a base de dados nos diga que há um ou mais resultados na página para vermos. Nessa altura, clicamos sucessivamente na seta para a direita, situada logo ao lado direito do campo com a palavra pesquisada, até encontrarmos o resultado que realmente nos interessa. De qualquer modo, se não conseguirmos perceber como alterar a palavra ou expressão pesquisada no campo a vermelho, de modo a esse campo deixar de ficar vermelho e podermos ver a palavra, ou expressão, assinalada no próprio texto do pdf, temos sempre a hipótese de ler o conteúdo da página na diagonal, pois acabaremos por encontrar o que queremos.
Outra advertência parece-nos ser importante no que diz respeito ao "DIGIGOV". Quando fazemos uma pesquisa, a lista de resultados surge com caracteres a negro e a palavra ou expressão pesquisada aparece sombreada a amarelo. Contudo, várias pesquisas podem gerar resultados sem palavra ou expressão alguma sombreada a amarelo e com todos os caracteres a cinza. Ao clicarmos em algum desses resultados apresentados em caracteres cinza, possivelmente vai-nos surgir a vermelho o campo com a palavra ou expressão pesquisada. Para localizarmos a palavra ou expressão na respectiva página do ficheiro pdf devemos então seguir os mesmos procedimentos indicados acima. Em suma, devemos consultar mesmo aqueles resultados que na lista de resultados surjam a cinza e sem estar realçada a amarelo a palavra ou expressão que pesquisámos. É que os resultados apresentados a cinza não são necessariamente falsos positivos, podendo surgir assim por termos usado na pesquisa acentos ou algum caractere que o sistema não reconheça ao tentar recuperar no pdf a localização exacta. Deixamos aqui outra dica importante: se, ao pesquisar uma palavra ou expressão no "DIGIGOV", não surgir lista de resultados, verifique sempre no rodapé se o número de resultados é mesmo zero, pois, por vezes, a base de dados consegue encontrar alguns resultados mas não apresenta qualquer lista. Nesse caso, refrescar a página e voltar a fazer a pesquisa geralmente resolve o problema. Deixamos para o final deste texto com dicas sobre o "DIGIGOV" duas expressões de pesquisa particularmente úteis e que raramente surgem em outras bases de dados. São expressões de pesquisa complexas e, para ambas, o mais fácil é copiar as mesmas a partir do menu do lado direito do interface de pesquisa e colá-las no campo de pesquisa, substituindo depois as palavras que constam na dita expressão a título de exemplo por aquelas palavras que nos interessam pesquisar. Assim evitamos digitar mal a expressão, o que invariavelmente terá como consequência não obtermos os resultados esperados. Uma destas duas expressões de pesquisa é a [APROXIMADO("Termo1")], a qual permite pesquisar também palavras parecidas com aquela que colocamos no campo de pesquisa, incluindo a palavra no plural, o mesmo verbo mas noutros tempos verbais - se a palavra pesquisada for um verbo, e até variações de género. Por exemplo, se pesquisarmos no "DIGIGOV" com [APROXIMADO("Paterna")] são devolvidos resultados com a palavra "Paterna" mas também com palavras como "Paternal", "Paterno", "Paternas", etc. É claro que esta expressão de pesquisa tende a devolver muitos falsos positivos, mas pode ser bastante útil, por exemplo, quando não sabemos a grafia exacta de um nome ou de uma localidade que nos interessa. A outra expressão de pesquisa que deixamos para o final é a [PROXIMO((Termo1,Termo2),distância)]. Trata-se da mais complexa de todas, mas, nos casos mais complicados de pesquisa, também pode ser a mais útil. De facto, permite filtrar resultados que não nos interessam quando pesquisamos palavras muito comuns na imprensa da época - o que não é possível com os operadores de pesquisa já mencionados acima. Por outro lado, com esta expressão de pesquisa podemos filtrar sem que resultados que eventualmente nos interessem deixem de aparecer. Tem também a vantagem de ser uma expressão de pesquisa configurável, pois podemos definir a distância máxima entre as palavras que queremos pesquisar e ainda permite-nos combinar uma palavra isolada com uma expressão composta, definindo a distância entre ambas, ou até mesmo combinar duas expressões! Alguns exemplos: - Se pesquisarmos [PROXIMO((Maria,Carneiro),10)] vamos recuperar todos os conjuntos de palavras em que surge o nome "Maria" e, menos de dez palavras mais à frente, também a palavra "Carneiro". Entre os resultados que surgem contam-se, por exemplo: "Maria Romana, 40 forçuras de carneiro", "Maria Rita Theodora da Conceição Pereira, D. Helena Barbara Carneiro", ou "Maria Nunes Tavares (Viuva Carneiro)". Como se pode verificar, em apenas dois destes três casos estamos perante uma mulher com o primeiro nome "Maria" e o apelido "Carneiro". Porém, se com o modo como configuramos esta expressão de pesquisa surgirem demasiados resultados e se aquilo que queremos pesquisar for o nome de uma pessoa que foi conhecida como Maria Carneiro, Maria de Sousa Carneiro, ou Maria Rita Carneiro, mas sem termos a certeza destes nomes; uma vez que em todas estas hipóteses o "Carneiro" nunca se situa a mais de 3 palavras de "Maria", na expressão de pesquisa podemos substituir o "10" por "4", por exemplo, e com isso diminuímos o número de resultados que não interessam. É que, ao passarmos de 10 para 4, deixam de surgir os mencionados resultados "Maria Romana, 40 forçuras de carneiro" e "Maria Rita Theodora da Conceição Pereira, D. Helena Barbara Carneiro", pois a distância entre "Maria" e "Carneiro" é, nestes dois casos, superior a 4 palavras. Inversamente, se colocarmos um número baixo na expressão de pesquisa e surgirem depois muito poucos resultados, convém colocar um número maior, para abarcar maior número de possibilidades. - Se pesquisarmos [PROXIMO(("Francisco Xavier",Falcao),20)] isso permitirá recuperar eventuais referências a um homem que nos interessa e que sabemos ter-se chamado "Francisco Xavier" e pertencer a uma família "Falcão" mas não sabemos o seu nome completo. Note-se que, nesta expressão de pesquisa, as expressões compostas devem estar entre aspas dentro dos parêntesis. Note-se ainda que esta expressão de pesquisa só consegue recuperar os resultados em que a palavra ou expressão que colocamos em primeiro lugar dentro dos parêntesis também surja em primeiro lugar na página. Por exemplo, se pesquisarmos [PROXIMO((António,Carrapito),5)], vamos encontrar a referência a um hipotético "António Manuel de Sousa Carrapito", mas não encontraremos referência a um hipotético "Manuel Carrapito, filho de António Manuel de Sousa", que pode ser importante para a nossa pesquisa, pois talvez seja da mesma família. Portanto, convém pesquisar com esta expressão invertendo também a ordem das palavras ou das expressões compostas entre os parêntesis. Em suma, além de a base de dados "DIGIGOV - Diário do Governo Digital" ser muito importante por aquilo que contém, apresenta um interface de pesquisa com muitas possibilidades, concebido para permitir extrair o máximo de informação que nos interessa. Os operadores de pesquisa e, sobretudo, as expressões de pesquisa mais complexas constantes do menu do lado direito, parecem à primeira vista complicados. Porém, assim que os assimilamos sem dúvida que nos serão muito úteis. Além de tudo isto, a base de dados "DIGIGOV" tem como outro ponto forte o modo prático como são apresentados os resultados. É gerada uma lista numerada e ordenada cronologicamente com menção ao exemplar do jornal e página, lista essa composta por excertos do texto contendo os resultados e as ligações para os ficheiros pdf, fazendo com que os resultados não demorem a carregar e sejam facimente guardados num ficheiro word, o qual pode ser depois visto com calma, pois clicando nos resultados que nos interessam, um a um, não é necessário voltar à base de dados. Além disso, ao clicarmos nas ligações elas ganham outra cor e isso permite-nos perceber de imediato, numa pesquisa sobre termos semelhantes, se a ligação em causa já foi por nós consultada antes ou não. Outro aspecto bastante interessante da base de dados "DIGIGOV" é o modo como são apresentados os resultados quando existe mais do que um no mesmo número do jornal e/ou na mesma página, pois todos os resultados surgem dentro de um excerto de texto, para melhor enquadramento. Por outro lado, se pesquisarmos, por exemplo, "Montalegre" e, num mesmo número do "Diário do Governo", surgirem dois anúncios ou notícias sobre Montalegre em páginas diferentes, a busca recupera dois resultados nesse número do jornal mas atribui-lhe um único número sequencial. Outro aspecto muito positivo do "DIGIGOV" é o de abrir por defeito uma janela à parte quando clicamos nas ligações, o que permite pesquisas mais intituitivas e rápidas, até porque as janelas que apresentam os pdfs permitem arrastar, seleccionar texto, descarregar em pdf ou em imagem, e até optar por visualizar uma versão com maior resolução. Porém, a funcionalidade que consideramos mais interessante no modo de apresentar os resultados desta base de dados é aquela que nos permite configurar o número de caracteres que deve surgir em cada resultado, até um máximo de 800 caracteres, ficando o termo pesquisado sensivelmente a meio do número de caracteres que escolhemos, quando os resultados são apresentados. Esta funcionalidade é extremamente útil pois, por a distância ser sempre igual numa lista de resultados, permite-nos com facilidade despistar casos de referências repetidas. Por outro lado, um grande número de caracteres para cada resultado permite perceber melhor o contexto em que surgem as palavras pesquisadas e desde logo apurar se determinados resultados interessam ou não, na maior parte das vezes sem termos de ir verificar o contexto no próprio número do jornal onde constam. Aconselhamos, pois, a que a pesquisa seja sempre configurada para apresentar os resultados no meio de excertos de texto com 800 caracteres. No caso de pesquisas com a expressão [PROXIMO((Termo1,Termo2),distância)] em que a distância colocada é superior a 20, convém mesmo que se opte por resultados até 800 caracteres, pois de outro modo alguns resultados podem não surgir na lista de resultados com qualquer texto sombreado a amarelo, o que obriga a abrir a página do jornal para verificar se estamos, ou não, perante um resultado que nos interessa. Os únicos aspectos menos conseguidos no "DIGIGOV", no meio de tantas virtualidades desta importantíssima base de dados, são: - O termos de usar expressões complexas, em vez de formulários com botões que as substituam. - O não serem geralmente recuperados resultados quando, nos jornais, as palavras que nos interessam estão translineadas. Por exemplo, se pesquisarmos "Montalegre" e num dos jornais metade dessa palavra está no fim de uma coluna e a outra metade no início da coluna seguinte, ficando a palavra separada por hífen, muito dificilmente conseguiremos recuperar esse resultado. - O de o sistema não conseguir processar correctamente buscas por palavras adicionadas de pontuação, o que nos pode impedir de pesquisar, por exemplo, abreviaturas ou monogramas. - O de o sistema não conseguir processar correctamente buscas que incluam o "&" comercial. Por exemplo, se quisermos encontrar uma sociedade formada por membros da família Colares, ao colocarmos simplesmente "Collares" surgem muitos falsos positivos, pois há outros "Collares" que não interessam e bastantes referências à freguesia com este nome. Porém, se pesquisarmos "Collares &" para restringirmos a pesquisa, o sistema não consegue recuperar apenas os resultados que incluam também o "&". Aliás, se pesquisarmos apenas com "&" para, por exemplo, encontramos todas as sociedades comerciais mencionadas numa determinada época, o sistema não recupera quaisquer resultados, embora o "Diário do Governo" esteja repleto de referências com o "&" comercial. - O de o sistema não conseguir diferenciar maiúsculas e minúsculas. Esta é, talvez, a maior fraqueza da base de dados. Por exemplo, se pesquisarmos por "Lícia" - nome próprio de uma senhora que viveu em Portugal no século XIX - surgem inúmeros resultados em que a palavra que consta no jornal é "Polícia" ou "Milícia" mas onde o OCR leu um espaço entre "Po" e "lícia" ou entre "Mi" e "lícia". Em praticamente todos estes casos, o "l" é minúsculo, mas, como a base de dados não distingue maiúsculas de minúsculas, torna-se extenuante procurar o que nos interessa, pois há que encontrar o nome próprio "Lícia" no meio de 2391 resultados do "DIGIGOV"! Um outro exemplo: se estamos a estudar um tema portuário e colocamos "porto" na pesquisa, vão surgir milhares e milhares de resultados que não dizem respeito a portos mas sim à cidade do Porto em geral. Chegou a ser testada uma caixa de verificação que permitia diferenciar maiúsculas e minúsculas na pesquisa, mas, por dificuldades técnicas, não veio a ser implementada. Porém, esperamos que no futuro esse problema seja resolvido e a base de dados "DIGIGOV" venha a ter ainda mais funcionalidades úteis, além daquelas que já tem. E agora que já sabe melhor como funciona esta incontornável base de dados, o melhor conselho que podemos dar é experimentá-la, ou então voltar a pesquisar o que já nela pesquisou antes, mas agora com as funcionalidades que aqui indicámos e observando as dicas que demos. É provável que venha a ter agradáveis surpresas. Boas pesquisas! |
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Dezembro 2021
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